A HQ, publicada no Brasil pela Editora Nemo e que acaba de receber uma nova edição (formato 24x17, lombada quadrada, capa couchê 336 páginas, tradução de Fernando Scheibe) apresenta o país asiático de uma forma que não estamos acostumados a ver aqui no Brasil. A visão que temos do Vietnã, sejamos sinceros, é a que nos foi mostrada pelos filmes norte-americanos: uma terra selvagem, com florestas densas e úmidas, miserável e rebelde. Na verdade, o Vietnã que conhecemos na obra de Thi Bui é uma nação com toques aristocráticos, que durante décadas esteve sob domínio da França e absorveu os costumes europeus em sua cultura, ao mesmo tempo em que tenta equilibrar essas influências externas com a busca natural por uma identidade pátria.
Bui conta em O Melhor Que Podíamos Fazer uma história tocante e nada sutil, mergulhando nas origens contrastantes de seus pais e em como o casal construiu uma família improvável e acabou migrando para os Estados Unidos. Seu texto é forte e extremamente emocional, não economiza em momentos marcantes e que podem até chocar o leitor, mas que são essenciais para dar vida a uma HQ autêntica, densa e cativante. Sua arte é bastante expressiva, com o uso constante da cor laranja ao lado do preto, criando uma atmosfera toda própria.
Se você gosta de quadrinhos que abordam temas autobiográficos, O Melhor Que Podíamos Fazer é uma leitura pra lá de recomendada.
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