Review: Evergrey – Escape of the Phoenix (2021)


O Evergrey é uma banda que merece um reconhecimento muito maior do que aquele que efetivamente possui. Na estrada desde 1995, o quinteto sueco chega ao décimo-segundo capítulo de uma discografia consistente e repleta de excelentes álbuns. O som do grupo iniciou no prog metal mas foi adquirindo elementos sombrios e características emocionais ao longo dos anos, construindo assim uma identidade bastante particular.

Escape of the Phoenix é o primeiro trabalho após a “trilogia das águas” da banda, que levou sete anos para ser concluída e é composta pelos álbuns Hymns for the Broken (2014), The Storm Within (2016) e The Atlantic (2019). Após um projeto tão ambicioso, o Evergrey soa mais livre no novo disco, e isso se traduz na exploração não só de novos temas líricos mas também em uma sonoridade mais solta.

O grande trunfo do Evergrey é o vocal único de Tom S. Englund. Com um timbre agradável e sempre carregado de muita emoção, o vocalista entrega interpretações intensas e conduz a banda com suas composições. O outro ponto forte é a guitarra de Henrik Danhage, com solos e harmonias de muito bom gosto, além de melodias bastante sentimentais. Musicalmente, há pouco do prog dos primeiros anos, aqui substituído por um heavy metal contemporâneo e com uma qualidade que nos leva de volta ao primeiro parágrafo deste review: essa banda merece muito mais reconhecimento, e motivos para isso não faltam.

Canções excelentes como “Forever Outsider”, “A Dandelion Cipher”, “Escape of the Phoenix”, “Leaden Saints” e “Run” são acompanhadas por momentos mais calmos como “Stories”, “In the Absence of Sun” e “You From You”, onde o destaque vai para o vocal de Englund e para os solos de Danhage, que apresentam até mesmo uma certa influência de David Gilmour. Curiosamente, o ponto mais fraco é justamente a única canção que traz um convidado especial, “The Beholder”, onde a presença de James LaBrie, do Dream Theater, praticamente não é sentida em uma composição que fica abaixo das demais.

Escape of the Phoenix é um disco que merece atenção, gravado por uma banda que já deveria ser presença obrigatória nas coleções e playlists de todo fã de metal.

Comentários

  1. Vou pesquisar....se tem solo de guitarra e bom vocal já me interessa, só falta ter pedal duplo.... abçs.... valeu....

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  2. Eu acho o "Recreation" Day uma obra prima!
    Preciso conferir esse novo disco!

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  3. De fato, uma banda que merece um reconhecimento maior.

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  4. Sou fã dos primeiros disco , ainda não conheço esse e fiquei muito interessado depois da resenha!

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