Review: Giant – Shifting Time (2022)


Formado em 1987 em Nashville, o Giant é uma veterana banda norte-americana de hard rock que tem sua história abreviada por dois hiatos. O primeiro ocorreu em 1992, após o lançamento de apenas dois discos – Last of the Runaways (1989) e Time to Burn (1992) -, enquanto o segundo ocorreu em 2010, depois de mais dois discos colocados no mercado – III (2001) e Promise Land (2010).

Doze anos depois, o Giant está de volta e com nova formação. Do line-up original temos apenas o baixista Mike Brignardello e o baterista David Huff, que ganharam a companhia do vocalista Kent Hilli (Perfect Plan) e do guitarrista John Roth (na banda desde 2009 e que também tocou com o Winger e o Black Oak Arkansas). O quarteto gravou o álbum Shifting Time, lançado na Europa e Estados Unidos pela Frontiers Records, e que no Brasil saiu pela Sinigami Records.

Shifting Time traz doze canções que passeiam entre o AOR e o melodic rock e trazem aquela sonoridade caracteristicamente associada à Frontiers, além de momentos que chegam a lembrar a fase glam do Whitesnake, principalmente pelo timbre da voz de Kent Hilli. Produzido por Huff e Brignardello ao lado de Alessandro Del Vecchio, espécie de hit maker da gravadora italiana, o álbum deve agradar fãs dos gêneros citados ainda que não lembre, em sua maior parte, a sonoridade dos álbuns antigos do Giant.

Destaque para a enorme performance vocal de Hilli e para as excelente guitarras de Roth, que tornam canções como “Let Our Love Win”, “Don’t Say a Word”, “Highway of Love” (com um tempero country em sua introdução) e “I Don’t Wanna Lose You” bem legais de se ouvir. Como convém a um disco do estilo, há um grande número de baladas entre as faixas, das quais destaco “The Price of Love” e “Anna Lee”.

A edição brasileira disponibilizada pela Shinigami conta com encarte de doze páginas e todas as letras, tudo com ótima impressão e papel de alta qualidade, como de costume nos lançamentos da gravadora.

Enfim, um álbum agradável de ouvir, principalmente pra quem é fã do que se chamava de “rock de FM” há algumas décadas atrás.


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