Reassistindo a trilogia O Senhor dos Anéis


Não lembro a última vez em que havia assistido à trilogia O Senhor dos Anéis. Mas o momento em que vivemos, onde Os Anéis do Poder e A Casa do Dragão reativam os poderes de sedução das obras-primas da dupla R.R. – J.R.R. Tolkien e George R.R. Martin – me levou a mergulhar novamente nos filmes de Peter Jackson.

É surreal como a adaptação cinematográfica conduzida pelo diretor neozelandês entre 2001 e 2003 mantém sua força e magia intactas. Na verdade, se formos pensar, nem é surpreendente, pois uma parcela considerável da humanidade é fascinada pela obra de Tolkien desde 1954, quando o livro A Sociedade do Anel foi originalmente publicado. E podemos ir um pouco mais para trás ainda, pois O Hobbit, que apresentou o universo e conceito da Terra-Média, chegou às livrarias inglesas em 1937.

Tolkien foi um gênio da literatura, e Jackson é um gênio do cinema. As mais de nove horas da trilogia completa – A Sociedade do Anel (2001), As Duas Torres (2002) e O Retorno do Rei (2003), todos disponíveis no Prime Video – mantém conceitos e ideias do escritor ao mesmo tempo em que adaptam seus escritos e deixam aspectos de fora, mas como isso foi realizado em uma época onde as redes sociais estavam apenas engatinhando fomos poupados dos chiliques nerdolas, que atualmente estão em crise profunda e tremendamente ofendidos por verem um elfo negro e uma anã não barbada em Os Anéis do Poder.

É interessante perceber como, ao reassistir a trilogia, memórias foram sendo reativadas à medida em que a história era contada. Imagino que a última vez em que assisti aos três filmes tenha sido há mais de dez anos, então haviam apenas resquícios da história em minha memória, enquanto longos trechos estavam totalmente esquecidos e me proporcionaram reviver a sensação única de ter uma espécie de primeiro contato outra vez.

Outro ponto é como mudei minha percepção sobre os filmes. O fechamento da série, com O Retorno do Rei, desde sempre foi o meu favorito, mas agora mudei essa percepção e prefiro As Duas Torres, que mesmo posicionado no centro de uma trilogia e sem o benefício de apresentar um novo mundo ou concluir uma história, me conquistou por elementos absolutamente fantásticos e memoráveis como a Batalha pelo Abismo de Helm, o resgate do Rei Théoden e todo o seu arco que alcança o ápice no terceiro filme, o retorno de Gandalf como um Mago Branco e a jornada do trio Aragorn, Legolas e Gimli na luta contra Sauron.

O Senhor dos Anéis é uma obra grandiosa, e os filmes de Peter Jackson são igualmente monumentais. Revê-los só reacendeu o meu amor pela obra de Tolkien, com direitos a respingos também no universo de George R.R. Martin, não só pelas semelhanças em alguns pontos das histórias mas, sobretudo, na percepção de como espada e fantasia é um gênero que permanece absolutamente fascinante em um mundo tão tecnológico e focado muito mais no virtual do que no real, como o nosso.

Comentários

  1. Pois é, imagina eu que tenho tanto o Hobbit quanto o Senhor dos Anéis em versão estendida. E li os livros ainda por cima. Certa feita um ex-colega de trabalho chegou a perguntar se eu não lia élfico.🤪 A obra de Tolkien é cativante. Então, o negócio é curtir.

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  2. Li Senhor dos Anéis e assisti à trilogia com muita empolgação. Ambas as obras, no Cinema e na Literatura têm os seus méritos - cada um de seu modo - e são extremamente elogiáveis, sem nenhuma ressalva. Apesar de eu não ser um fã extremos do filme/livro, considero Senhor dos Anéis uma das maiores criações ficcionais já criadas.

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  3. a versão estendida das Duas Torres torna um filme muito bom em excelente. A trilogia do Hobbit eu não gosto, muita gordura, vários personagens sem carisma e o pior de tudo: o filme 3 é muito ruim.

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