Review: Volcanova – Radical Waves (2021)


O Volcanova é um trio islandês de stoner rock, e Radical Waves é o seu primeiro disco. O CD saiu no Brasil pela Hellion Records em edição com capa de acrílico e encarte com 12 páginas trazendo as letras. Destaque para a capa, criada pelo artista Skadvaldur.

Musicalmente, o que ouvimos é um stoner sujo, chapado e inegavelmente influenciado pelo clássico Master of Reality (1971) do Black Sabbath, e também por referências mais recentes como o High on Fire e até mesmo o Red Fang. Porém, com um detalhe nada animador: o som não é nada original e não possui as características que fazem cada uma das referências citadas soarem únicas.

Radical Waves vem com dez faixas que entregam uma enxurrada de riffs “iommianos”, vocais gritados e andamentos com poucas variações. As letras falam sobre situações do cotidiano dos músicos – Samuel Asgeirsoon (vocal e guitarra), Thorsteinn Arnason (baixo) e Dagur Atlason (bateria) – e primam pelo bom humor, causando um contraste interessante com o peso instrumental.

Entretanto, o resultado final é um álbum com poucos momentos de destaque. Entre eles está “Stoneman Snowman”, canção praticamente instrumental que alia um peso digno do Black Sabbath com boas melodias. Ela é acompanha por “Sushi Man”, onde a banda divaga sobre as semelhanças entre preparar o típico prato japonês e as técnica para fechar um recheado baseado. O andamento cadenciado torna o peso de “M.O.O.D.” ainda mais evidente, com o trio desacelerando e mostrando que deve ter alguns álbuns do Sleep em casa.

Em um cenário dominado por nomes mais criativos e inovadores, o Volcanova tem uma longa estrada pela frente e precisa evoluir bastante para conquistar o seu espaço. Aos interessados, a banda lançou este ano o seu segundo álbum, Cosmic Bullshit.


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