Lançado em 9 de setembro, Patient Number 9 é o décimo terceiro álbum do vocalista e, assim como o anterior, foi produzido por Andrew Watt. Porém, ao contrário de Ordinary Man (2020), que trazia um som mega processado e a voz de Ozzy duplicada em praticamente todas as canções, o novo disco tem um som muito mais orgânico e “verdadeiro”, e essa é uma qualidade que faz uma diferença enorme no resultado final.
Um dos atrativos de Patient Number 9 é trazer Ozzy ao lado de alguns dos maiores guitarristas que o rock já viu. Participam do álbum Jeff Beck, Mike McCready, Eric Clapton e Josh Homme, além dos parceiros de longa data Zakk Wylde e Tony Iommi. No baixo temos Duff McKagan, Robert Trujillo e Chris Chaney (Jane’s Addiction), enquanto a bateria é dividida entre Chad Smith e o falecido Taylor Hawkins. A presença desses convidados coloca o trabalho em um nível superior e parece ter inspirado Ozzy e Watt nas composições, que contam com parcerias com vários dos músicos presentes no disco. Traduzindo: Patient Number 9 é o melhor álbum de Ozzy em anos, e o meu preferido desde Ozzmosis (1995).
Há um frescor nas composições e uma força na interpretação de Ozzy como há muito não ouvíamos. E isso, mais uma vez, é louvável em um artista que enfrenta o que o vocalista está enfrentando. Não há pena, não há autocomiseração. O que temos é energia, experiência e feeling, ingredientes que trabalham juntos em todos os aspectos do disco, da composição das músicas ao resultado final. Muito superior a Ordinary Man, Patient Number 9 entrega um tracklist sem momentos dispensáveis, onde se destacam faixas como a música título (com Jeff Beck), “Immortal” (com Mike McCready esmerilhando), a pesadíssima “Parasite” (com Zakk Wylde), “Mr. Darkness” (novamente com Wylde), “Evil Shuffle” (puro Black Sabbath com Zakk Wylde brilhando) e a pegada mais acessível de “Dead and Gone”, além, é claro, das duas canções com Tony Iommi, as pedradas “No Escape From Now” e “Degradation Rules”.
Patient Number 9 é um álbum surpreendente, e um disco que Ozzy Osbourne estava devendo aos fãs há um certo tempo. Pode ser que seja o seu álbum de despedida, ou o Madman pode nos surpreender mais uma vez com um novo trabalho. E, se realmente for o seu último disco, fecha de maneira sublime uma das mais inacreditáveis trajetórias que o rock presenciou.
o album não é tão ruim mas, infelizmente, está longe de ser bom, apenas um pouco melhor que o anterior mas, ambos, são as piores obras de uma carreira linda, brilhante e inesquecível, de um cara astuto, esperto, esforçado, empiricamente muito inteligente e com alguns talentos específicos bem aflorados, enfim, o Madman de nosso mundo, de nossa era, de nosso tempo, e que fará uma falta incomensurável em nossas vidas quando nos deixar o que, tristemente, parece estar próximo e, também por isso, a despeito da qualidade bastante questionável dos dois ultimos albuns, seu trabalho, sua dedicação e sua superação diante de tantas problemas de saúde devem ser objeto de admiração, regozijo, alegria e, de forma nenhuma, pena.
ResponderExcluiro disco em questão tem algumas musicas realmente boas, diferentemente de "ordinary man" que tinha bem pouca coisa aproveitável; mr. darkness é a melhor em minha modesta análise (pesada, vigorosa, com refrão ganchudo e boa interpretação vocal), dead and gone é ótima em um estilo um pouco mais pop e diferente do som tradicional que ele vem produzindo, principalmente neste século, além das duas com participação de tony iommi (degradation rules e no escape from now) que também nos remetem, mesmo que um pouco distantes, a ecos sabbáticos.
fora elas temos várias razoáveis e uma penca de faixas bem fracas como, por exemplo, evil shuffle, tão constrangedora como it's a raid, por exemplo, do album anterior mas, além de tudo isso, uma coisa tem que ser pontuada: a péssima influencia do produtor andrew watt neste ponto da carreira do madman contribuindo, e muito, para a falta de qualidade de seu trabalho. um cara que iniciou sua carreira de forma bem bacana, tocando com glenn hughes e jason bonham num combo chamado california breed que, infelizmente, não deu em nada, e chegou a fama e fortuna como produtor de artista pop e rap bem ruinzinhos, inclusive trazendo um de seus "pupilos", o ridículo post malone, para participar vergonhosamente em "ordinary man".
este cidadão toca guitarra base e compõe com ozzy a maioria das canções desses dois ultimos albuns, além de produzi-los mediocremente o que, em minha visão, contribui sobremaneira para a baixa qualidade artística e sonora deles, uma pena mas uma escolha errada, em uma carreira cheia de escolhas certeiras e geniais.
de qualquer forma é ótimo ele ainda está por aqui e trabalhando, nos brindando ainda com alguns momentos de seu talento que pra sempre terá uma eterna morada em meu coração e nos corações de seus admiradores, obrigado querido joão miguel...
É simplesmente um dos melhores álbuns de Rock dos últimos tempos!
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