Meus discos preferidos de Neil Young


Nascido em Toronto em 12 de novembro de 1945, o canadense Neil Percival Young é uma das maiores lendas do rock. Compositor do mais alto nível e um guitarrista que alia selvageria e sensibilidade como poucos, construiu uma obra gigantesca que, até o momento, conta com 45 álbuns de estúdio, 12 discos ao vivo, 4 trilhas sonoras e dezenas de títulos nos mais variados formatos – e estamos falando apenas de sua carreira solo.

No texto e no vídeo abaixo, apresento os meus cinco álbuns favoritos de Neil Young.


Comes a Time (1978)

Nono álbum de estúdio de Neil Young, lançado pela Reprise Records em outubro de 1978. É um disco folk com elementos de country, com predominância de violões e pouquíssimas guitarras. As letras falam sobre fracassos amorosos e questões do cotidiano. J.J. Cale faz uma discreta participação, e a Crazy Horse participa de algumas faixas. Indicado para quem é fã da sonoridade de Harvest (1972), pois os dois discos conversam muito entre si.

Destaque para “Goin’ Back”, “Comes a Time”, “Look Out For My Love” ( das minhas preferidas de Young) e “Lotta Love”.

Freedom (1989)

Décimo sétimo álbum de Neil Young, lançado em 2 de outubro de 1989. O disco relançou a carreira de Young após uma década sem sucesso de crítica e público, marcada por álbuns medianos e experimentais lançados durante os anos 1980.

O disco anterior do canadense, This is Not For You (1988), marcou o seu retorno para a sua gravadora original, a Reprise Records, após deixar a Geffen.

Freedom foi aclamado tanto pela crítica quanto pelo público, e traz canções ótimas como “Crime in the City”, “Eldorado” e “On Broadway”, além de abrir e fechar com versões acústicas e elétricas do hino “Rockin’ in the Free Word”, remetendo às versões de “My My Hey Hey (Out of the Blue)” e “Hey Hey My My (Into the Black)” presentes, respectivamente, em Rust Never Sleeps (1979) e Live Rust (1989).


Zuma
(1975)

Sétimo álbum de estúdio de Neil Young, foi lançado pela Reprise Records em novembro de 1975. Co-creditado à Crazy Horse, marcou a estreia da nova encarnação da banda que o acompanharia em vários álbuns nas décadas seguintes, com a chegada do guitarrista Frank Sampedro no lugar de Danny Whitten, morto em 1972 de overdose. Os amigos Stephen Stills, Graham Nash e David Crosby fazem discretas participações.

Destaque para “Cortez the Killer”, um dos maiores hinos de Young e uma obra-prima da guitarra, além de ótimas canções como “Don’t Cry No Tears”, “Danger Bird” e “Stupid Girl”.


Ragged Glory
(1990)

Décimo oitavo álbum de estúdio de Neil Young, lançado pela Reprise em 9 de setembro de 1990.

Sexto disco gravado ao lado da Crazy Horse. As sessões aconteceram em abril de 1990 no rancho de Neil Young, na California. Eles tocaram algumas canções várias vezes por dia durante algumas semanas, gravaram tudo e escolheram as melhores. É um álbum pesado que conversa tanto com Everyboydy Knows This is Nowhere (1969) quanto com Zuma (1975), com direito a longos solos de guitarra.

Destaque para “Country Home”, “Fuckin’ Up”, “Over and Over”, “Love to Burn” e “Mansion on the Hill”.


On the Beach
(1974)

On the Beach é o quinto álbum de Neil Young, lançado pela Reprise Records em julho de 1974. Foi inspirado por seus sentimentos de retiro, alienação e melancolia em resposta ao sucesso estrondoso de Harvest, de 1972.

É um álbum voltado para a guitarra e que traz participações de nomes como David Crosby, Graham Nash, Rick Danko (baixista da The Band) e a cozinha da Crazy Horse, Billy Talbot e Ralph Molina.

O disco permaneceu indisponível em CD até 2003, quando uma versão remasterizada foi finalmente lançada.

Destaque para “Walk On”, “Revolution Blues” (uma das minhas preferidas da obra de Young) e as longas “On the Beach” e “Ambulance Blues”.

Comentários