Eat a Peach foi o primeiro álbum da The Allman Brothers Band sem o guitarrista Duane Allman, falecido em 29 de outubro de 1971 em um acidente de moto. O disco traz uma mistura de canções inéditas gravadas em estúdio e gravações ao vivo, essas últimas ainda com Duane. O álbum é o sucessor do antológico At Fillmore East, lançado em julho de 1971 e considerado um dos melhores ao vivo de todos os tempos. Produzido por Tom Dowd, Eat a Peach foi lançado em 12 de fevereiro de 1972. Originalmente duplo na versão em vinil, é o terceiro trabalho de estúdio e o segundo live da banda.
As gravações de estúdio foram realizadas entre setembro a dezembro de 1971 no Criteria Studios, em Miami, antes e depois da morte de Duane Allman, enquanto as gravações ao vivo vieram das famosas apresentações da banda no palco do Fillmore East. O álbum contém uma versão de mais de trinta minutos de "Mountain Jam", dividida entre os lados 2 e 4 do vinil. O tracklist traz canções clássicas como “Melissa”, onde Gregg Allman canta com o coração a música favorita de seu falecido irmão. Outros pontos altos são “Ain’t Wastin’ Time No More”, “Blue Sky” e “Little Martha”, além das versões ao vivo de “One Way Out” e “Trouble No More”.
A arte da capa foi criada pelo artista W. David Powell. Ele tinha visto cartões postais antigos em uma drogaria em Athens, na Geórgia, um deles retratando um pêssego em um caminhão e uma melancia em um vagão. Acreditando que eram perfeitos para um álbum da Allman Brothers, comprou os cartões e pintou a arte imaginando "uma sensação de céu matinal". A parte interna da capa inclui um elaborado mural apresentando uma paisagem fantástica com fadas e cogumelos – referência à droga psicodélica, uma das favoritas dos músicos. No momento em que a arte foi finalizada, Duane Allman ainda estava vivo e o título não havia sido definido. Como resultado, o álbum acabou sendo lançado sem o título na capa, o que era uma abordagem incomum para bandas da época.
A The Allman Brothers Band construiu uma das trajetórias mais mitológicas do rock norte-americano, e Eat a Peach foi um dos capítulos mais importantes dessa história. Um trabalho de superação que mostrou a força criativa do grupo, que transformou a dor pela morte de um de seus principais integrantes em um dos seus trabalhos mais marcantes.
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