Após três anos, o Twenty One Pilots retorna com Clancy, seu sétimo disco. O sucessor de Scaled and Icy (2021) ganhou caprichada edição brasileira em um digipack de três faces acondicionado em uma luva protetora com detalhes em alto relevo, o que dá um acabamento bem legal para o álbum, além de trazer um longo encarte de vinte páginas.
Musicalmente, o duo formado pelo cantor Tyler Joseph e pelo baterista Josh Dun executa um pop rock que trilha caminhos bastante variados, o que faz com que o disco seja bastante interessante de se ouvir. As treze faixas trazem elementos de hip hop, eletro rock, pop punk e até mesmo aproximações com a dance music, com um resultado final que agradará quem possui a cabeça mais aberta e não é muito fiel a estilos específicos.
Entre as canções, destaco a abertura impactante com “Overcompensate” (com vocais rapeados bem legais), “Backslide”, a ensolarada “Midwest Indigo” (com ecos de Blink-182), “Vignette” e “Snap Back”. No entanto, devo confessar que gostei de todo o tracklist, que soou bem consistente aos meus ouvidos.
Com uma sonoridade inegavelmente plural, o Twenty One Pilots corre o risco de ser definido, apressadamente, como um grupo sem uma identidade claramente definida. No entanto, é justamente essa variedade que torna a banda interessante.
Clancy não vai mudar o mundo e muito menos os caminhos do mercado musical, mas manterá a banda no nível de sucesso crescente que os norte-americanos vem alcançando. Em uma realidade repleta de fenômenos efêmeros como é a atual indústria da música, isso já é uma vitória e tanto.
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