The Harp, primeiro álbum da banda baiana Auro Control, é uma das grandes surpresas de 2024, principalmente se você for fã de power e prog metal. Produzido por Thiago Bianchi, o disco entrega uma sonoridade cativante e conta com as participações especiais de Jeff Scott Soto, Aquiles Priester, Felipe Andreoli, Fabio Laguna (responsável por todos os teclados) e do próprio Bianchi, além de um coro com a participação de diversos vocalistas de cena baiana de metal e rock.
Na ativa desde 2021, o Auro Control é formado por Lucas de Ouro (vocal), Lucas Barnery (guitarra), Diego Pires (guitarra), Thiago Baumgarten (baixo, também no Hibria) e Davi Brito (bateria). The Harp foi lançado no final de maio no Brasil, Europa, Estados Unidos e Japão. A edição brasileira saiu pela Metal Relics e Voice Music em um digipack de três faces com verniz localizado na capa e encarte de dezesseis páginas com todas as letras, resultando em um lindo projeto gráfico que enche os olhos. A bela capa foi criada pelo vocalista Lucas de Ouro.
The Harp é um álbum que agradará de imediato os fãs do Angra da fase Temple of Shadows, ainda que não seja tão extremo e veloz quanto o clássico da banda paulista. A estreia do Auro Control apresenta variações entre as músicas e um apuro técnico impecável na execução, com algumas faixas aproximando-se mais do power metal (como “Feel the Fire” e “Ride of the Phoenix”, com participação de Aquiles Priester), enquanto outras exploram sonoridades associadas ao prog metal (como a música título, com participação de Felipe Andreoli e da cantora baiana Aiace). A canção em que Jeff Scott Soto divide os vocais com Lucas, por exemplo, entrega um refrão pegajoso que é puro hard rock.
O disco é muito consistente, com o grande destaque indo para Lucas de Ouro, que se mostra um vocalista muito versátil e com grandes recursos. As guitarras também brilham – Lucas Barnery é muito talentoso e mostra isso em solos belíssimos, repletos de melodia e feeling, e a cozinha se beneficia da experiência de Baumgarten e do inegável talento de Brito nas baquetas. O tracklist é sólido, ainda que a parte final soe ligeiramente inferior às faixas iniciais. Destaques para o metal melódico clássico apresentado em “Feel the Fire”, a cativante “Not Alone”, a bela “The Harp”, “Runner” e “Breaking Silence”, com participação de Thiago Bianchi.
Uma ótima estreia de uma banda que mostra talento em todas as áreas, da execução à composição, resultando em um disco que irá certamente conquistar muitos fãs para o grupo e aponta para um futuro repleto de possibilidades.
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