O álbum Coverdale-Page, lançado em 15 de março de 1993, é o único trabalho da colaboração entre o lendário guitarrista Jimmy Page (Led Zeppelin) e o vocalista David Coverdale (Whitesnake, ex-Deep Purple). A união dos dois músicos gerou grande expectativa na época, especialmente pela semelhança do timbre vocal de Coverdale com o de Robert Plant, o que fez muitos fãs enxergarem o projeto como uma tentativa de recriar a sonoridade do Led Zeppelin. No entanto, Coverdale-Page se sustenta por si só como um álbum de hard rock sólido, com excelentes performances instrumentais e vocais.
O álbum apresenta uma fusão bem equilibrada entre o peso e a sofisticação do Led Zeppelin e o hard rock mais acessível do Whitesnake dos anos 1980. A produção tem um som encorpado, com riffs marcantes e um groove característico da guitarra de Page. O blues e o hard rock dominam as composições, com passagens acústicas e arranjos bem trabalhados, remetendo a diferentes fases das bandas anteriores dos músicos.
Destaca-se a bateria poderosa de Denny Carmassi, ex-integrante do lendário Montrose, banda que revelou Sammy Hagar. Com passagens marcantes pelo Heart e pela banda solo de Stevie Nicks, Carmassi trouxe sua pegada forte e precisa para Coverdale-Page. Mais tarde, ele voltaria a trabalhar com David Coverdale nos álbuns Restless Heart (1997) — inicialmente lançado como um projeto solo do vocalista e depois incorporado à discografia do Whitesnake — e Into the Light (2000). No baixo, a responsabilidade foi dividida entre Ricky Phillips (do Styx) e Jorge Casas, com o próprio Jimmy Page assumindo o instrumento em uma das faixas, demonstrando sua versatilidade além da guitarra.
Apesar da alta qualidade musical, Coverdale-Page teve uma recepção mista na época. Enquanto alguns fãs elogiaram a performance dos músicos e a química entre eles, outros criticaram a parceria, acusando David Coverdale de imitar Robert Plant e vendo o álbum como uma tentativa frustrada de reviver o Led Zeppelin – o que, convenhamos, não está muito longe da verdade.
Com o tempo, Coverdale-Page ganhou reconhecimento como um álbum de hard rock sólido e recheado de bons momentos, destacando-se pela virtuosidade de Jimmy Page e a potência vocal de David Coverdale. A parceria, no entanto, durou pouco, pois Page voltou a colaborar com Robert Plant em 1994 com o lançamento do ao vivo No Quarter, encerrando qualquer possibilidade de continuação do projeto.
Coverdale-Page é um trabalho um tanto subestimado e que merece ser redescoberto. Ele entrega um hard rock de alta qualidade, cheio de riffs marcantes, vocais intensos e uma produção caprichada, ainda que não esconda em nenhum momento a vontade de soar como o Led Zeppelin. Para fãs de Led Zeppelin, Whitesnake e do rock dos anos 1970 e 1980, este disco é uma verdadeira joia que mostra o talento de dois gigantes do gênero.
album que jimmy plágios...ops...page tem vergonha de falar, sempre o diminuindo muito, alegando que fez apenas pela "insistencia de coverdale que buscava alguma credibilidade naquela época", devia ter vergonha de ter sido o ladrão musical que sustentou muito da obra de sua banda (exatamente e comprovadamente , pericialmente e judicialmente, 32% dessa obra) e que sustenta sua vida até hoje, pois nada fez de relevante após o fim do zeppelin, excetuando um pouco esse disco que é bem interessante
ResponderExcluircorrigindo e/ou complementando, os projetos com black crowes e com robert plant nos 90s também são ótimos, de resto é ordinário, the firm sem foco e genérico, carreira solo que beira o sofrível
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