Among the Living (1987) é o terceiro álbum do Anthrax e um dos discos mais icônicos do thrash metal. Considerado um dos pilares do gênero ao lado de clássicos do Metallica, Slayer e Megadeth, este disco consolidou o som característico da banda: rápido, agressivo e com um toque de humor e referências à cultura pop.
O título e a faixa de abertura, Among the Living, foram inspirados no livro A Dança da Morte, de Stephen King. A letra faz referência ao vilão Randall Flagg, um tema recorrente na obra do autor. “A Skeleton in the Closet”, outra das canções do disco, também é inspirada em King, desta vez em O Aprendiz. Essa conexão com o universo literário e cinematográfico sempre esteve presente na música do Anthrax, algo que os diferenciava de outras bandas de thrash da época. Outra característica marcante do álbum é a influência do hardcore punk, especialmente no ritmo acelerado das músicas e nos backing vocals gritados. Isso se tornou uma assinatura do Anthrax, ajudando a definir o estilo que seria conhecido como crossover thrash.
"Among the Living", um verdadeiro hino do thrash metal, abre o álbum com uma explosão de riffs e velocidade. A introdução cadenciada dá lugar a um riff frenético e uma letra inspirada no universo de Stephen King. "Caught in a Mosh" é uma das músicas mais conhecidas do Anthrax, com um riff poderoso e uma letra que captura o espírito dos mosh pits. O groove da guitarra e a bateria explosiva fazem desta uma das faixas mais energéticas da banda. "I Am the Law" é uma homenagem ao Juiz Dredd, personagem icônico dos quadrinhos britânicos. A música tem um tom quase épico, com um refrão marcante e um ritmo que mistura peso e melodia. Já "Indians" se tornou um dos grandes clássicos da banda e traz uma crítica sobre a opressão dos povos indígenas nos Estados Unidos. E "Efilnikufesin (N.F.L.)", com um título que, lido ao contrário, significa "Nice Fuking Life", fala sobre a trágica vida e morte do ator John Belushi, com o tom sarcástico característico do Anthrax.
A produção de Among the Living ficou a cargo de Eddie Kramer, conhecido por trabalhar com o Kiss e outros gigantes do rock. O som é mais polido que os discos anteriores da banda, mas sem perder a agressividade. A guitarra de Scott Ian está mais afiada do que nunca, enquanto Charlie Benante entrega uma performance de bateria impressionante, cheia de viradas rápidas e pedal duplo. Joey Belladonna, por sua vez, traz um vocal melódico e potente, contrastando com a crueza instrumental.
Among the Living não apenas ajudou a definir o som do Anthrax, mas também solidificou o Big Four do thrash metal, junto com Metallica, Slayer e Megadeth. Muitas das músicas deste álbum continuam sendo presença obrigatória nos shows do grupo, e sua influência pode ser sentida em várias bandas de metal e hardcore que surgiram depois. Um dos melhores álbuns de thrash metal de todos os tempos, unindo peso, velocidade e um senso de humor único. Se você gosta de thrash e ainda não ouviu esse disco, está perdendo um dos maiores clássicos do gênero.
Bela matéria. Discaço aí!! Um dos precursores do thrash. E se não me engano a capa tem um referência do filme Poltergeist.
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