O som dos Ramones era o oposto do que dominava as paradas dos anos 1970. Enquanto o rock progressivo se perdia em solos épicos e complexidade técnica, Joey, Johnny, Dee Dee e Tommy Ramone apareceram com algo radicalmente diferente: canções diretas, rápidas e barulhentas, construídas sobre três acordes, vocais desafinados, letras simples e batidas aceleradas.
“Blitzkrieg Bop”, a faixa de abertura, já começa com o icônico “Hey! Ho! Let’s go!” – um grito de guerra que sintetiza toda a filosofia da banda. Outras músicas como “Beat on the Brat”, “Now I Wanna Sniff Some Glue” e “Judy is a Punk” combinam senso de humor ácido, crítica social e uma estética adolescente e caótica.
Produzido por Craig Leon, o álbum foi gravado em apenas uma semana com um orçamento apertadíssimo (cerca de US$ 6.400). O resultado é uma sonoridade que soa quase como uma demo, com a bateria estalando, guitarras distorcidas em alta rotação e vocais sem firula. Essa abordagem, longe de ser uma limitação, tornou-se a assinatura do estilo punk nascente. Mesmo sem grande sucesso comercial na época, o disco teve um impacto cultural profundo. Foi a fagulha que inflamou as cenas punk em Londres e em todo o mundo. Bandas como The Clash, Sex Pistols e The Damned beberam diretamente dessa fonte.
Hoje, quase 50 anos depois, Ramones ainda soa fresco, urgente e irreverente. Está constantemente nas listas de melhores álbuns de todos os tempos e é estudado como um marco histórico não apenas do punk, mas da música popular moderna.
Mais do que um disco, Ramones foi um manifesto estético e ideológico. Uma declaração de guerra contra a mesmice, que continua ecoando em cada nova banda que se recusa a seguir regras.
Sensacional! melhor definição dos Ramones que eu já vi. esse album é uma Obra Prima do Punk Rock. com sua capa icônica e uma sonoridade simples, cru e direta que definiu a sonoridade do Punk. Ramones forever!
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