Morreu nesta terça-feira, 22 de julho de 2025, Ozzy Osbourne, aos 76 anos. O cantor britânico faleceu em Londres, cercado por sua família, conforme comunicado oficial. Diagnosticado com Parkinson desde 2019 e com saúde fragilizada nos últimos anos, Ozzy havia se despedido dos palcos no início deste mês com o show histórico Back to the Beginning, ao lado da formação clássica do Black Sabbath, em Birmingham.
Figura central na história do heavy metal e do rock mundial, Ozzy Osbourne construiu uma carreira marcada por excessos, reinvenções e, acima de tudo, por uma discografia icônica. Conhecido como o Príncipe das Trevas, ele foi um dos criadores do heavy metal ao lado de Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward no Black Sabbath, banda nascida no final dos anos 1960 que deu uma nova forma à música pesada — sombria, densa e existencial.
Ao longo dos anos 1970, o Black Sabbath lançou álbuns fundamentais como Black Sabbath (1970), Paranoid (1970), Master of Reality (1971), Vol. 4 (1972) e Sabbath Bloody Sabbath (1973). Faixas como “War Pigs”, “Iron Man”, “Children of the Grave”, “N.I.B.” e a própria “Black Sabbath” redefiniram o rock com riffs pesados, letras apocalípticas e uma estética que até hoje ecoa em todas as vertentes do metal.
Demitido do Black Sabbath em 1979 devido ao abuso de substâncias, Ozzy iniciou uma carreira solo que se tornaria igualmente lendária. Com o guitarrista prodígio Randy Rhoads ao seu lado, lançou clássicos como Blizzard of Ozz (1980) e Diary of a Madman (1981), com hits eternos como “Crazy Train”, “Mr. Crowley” e “Flying High Again”. Mesmo após a trágica morte de Rhoads, Ozzy seguiu firme, com discos marcantes como Bark at the Moon (1983), The Ultimate Sin (1986), No More Tears (1991) e Ozzmosis (1995).
Ozzy não foi apenas uma voz. Foi uma força cultural. Criador do festival Ozzfest, responsável por levar o metal a novas gerações nos anos 1990 e 2000, ele também se tornou ícone pop com o reality show The Osbournes, que escancarou sua vida pessoal para o mundo no início do milênio.
O legado de Ozzy Osbourne é incalculável. Sua influência atravessa estilos, gerações e fronteiras. É sentido em toda banda que ousa desafiar o padrão, explorar o sombrio e buscar intensidade emocional na música. Sua voz inconfundível, suas performances teatrais e sua personalidade única o transformaram em um dos maiores ícones que o rock já produziu.
Hoje, o mundo perdeu um gigante. Mas a música de Ozzy Osbourne continuará viva, pulsando alto nos fones, nas caixas de som, nos palcos e nas almas de milhões de fãs.
Descanse em paz, Ozzy. Obrigado por tudo 🖤
Caro João Miguel, a notícia da sua partida me atingiu profundamente, muito mais do que eu imaginava, primeiramente pois, há quinze dias, exatamente no dia 05.07.2025, dia que eu completei 51 anos de vida, você se despedia dos palcos e da música, me emocionando exatamente como da primeira vez, numa madrugada de 1985, quando escutei num programa da rádio marajoara, de minha cidade Belém do Pará, nesse horário incomum, exatamente por ser o único que tocava seu estilo musical, “hole in the sky”, sim, do disco da minha vida (que eu só saberia alguns anos depois) “sabotage”, com sua interpretação magnífica de anjo raivoso que, sempre quando escuto, me faz dar gargalhadas quando dizem que você era “um cantor limitado”; e a verdade é que ainda não caiu totalmente a ficha, afinal eu sempre acreditei que você e keith eram imortais.
ResponderExcluirVocê não foi apenas um músico, uma referência (de coisas boas e ruins) para mim; você foi a trilha sonora da minha existência, a voz que embalou minha infância, a energia que impulsionou minha adolescência e a força que me acompanhou na vida adulta.
Desde os riffs icônicos do sabbath – a melhor banda de todos os tempos– até a sua explosiva e inconfundível carreira solo, sempre inovadora, ditando regras e modas, com alguns dos maiores músicos da história do rock, sua música sempre esteve lá. Ela esteve presente pra mim nos momentos de alegria mais pura, naqueles de pura rebeldia e até mesmo nos dias mais sombrios, oferecendo um refúgio, um grito, uma catarse.
Lembro-me das horas passadas ouvindo cada álbum, lendo cada letra, cada solo de randy (até hoje, “mr. Crowley”, mais lindo solo de guitarra da história, me enche os olhos de lágrimas a cada nova audição), jake, zakk, joe ou gus. Sua arte não era apenas som; era um sentimento visceral, uma honestidade brutal que pouquíssimos artistas conseguiram alcançar. Você nos mostrou que a imperfeição é fascinante, que a loucura pode ser genial e que a vida, apesar de tudo, é uma jornada a ser vivida com intensidade.
Agora, a saudade já aperta o peito, e sei que ela será uma companheira constante, imaginando um mundo que você não mais está. Mas, junto a ela, virá a gratidão. Gratidão por cada melodia, por cada letra, por cada canção, por cada disco, por cada videoclipe, por cada show que eu pude ver, mesmo que em tela. Gratidão por sua arte ter sido um farol na minha escuridão, por ter me feito sentir parte de algo maior, de uma legião de fãs que encontraram em você não só um ídolo, mas um amigo que nunca querias nos deixar na mão.
Seu legado é imenso e imortal. Sua música transcendeu gerações e continuará a inspirar e a eletrizar almas por muito e muito tempo. Você se foi, mas sua voz, sua energia e sua arte, vivem em cada um de nós, que fomos tocados pela sua genialidade empírica, sua sensibilidade e seu talento, que para sempre terá uma eterna morada no mais profundo de meu coração, e nos corações de seus admiradores, obrigado querido joão miguel...
Descanse em paz, você precisava e merecia