Degustar um novo álbum do Agalloch é sempre prazeroso. E desafiador, acima de tudo. Existem bandas que fazem o básico e são geniais. Existem bandas que forçam uma certa complexidade e jogam tudo pelo ralo. Exatamente no meio do caminho, existe esse quarteto de Portland, nos Estados Unidos, que é dono de uma musicalidade impressionante e que consegue a façanha de ser rebuscado e objetivo ao mesmo tempo. É justamente isso que difere o som de John Haughm e cia. Uma mescla de black metal, folk e post-rock que trilha por caminhos tortuosos e obscuros, mas que chega nítido e redondo ao tímpano daqueles que mergulham sem temor em seus trabalhos. Luz e sombra que se apresentam por meio de uma sinestesia encantadora e eficaz. Tem sido assim há quase 20 anos. E é assim novamente neste belo The Serpent & The Sphere . Ainda que haja uma tendência natural em apreciar com mais fervor os primeiros (e hoje clássicos) discos do Agalloch - Pale Folklore (1999),...