No início dos anos 1970, cantar soul music nos dream teams da Motown, da Atlantic ou da Stax (gravadoras que, na época, dominavam o filão do pop negro) já garantia cinquenta por cento de chance de se fazer sucesso. Curtis Mayfield não tinha contrato com nenhuma delas, mas não estava nem aí. Depois de passar treze anos com o grupo vocal The Impressions, compondo hits como "People Get Ready" e "Keep On Pushin"', o soulman de Chicago achou que já era tempo de apostar no próprio taco. Fundou um selo, o Curtom Records, e largou o velho grupo. Em fevereiro de 1970 chegava às lojas Curtis , seu primeiro álbum solo. O público respondeu bem, abrindo caminho para Curtis/Live! (1971) e Roots (1972), álbuns que solidificaram a alternativa de Mayfield ao já estabelecido padrão sonoro da Motown. Suas letras, recheadas de temas ainda polêmicos, como racismo, paz e ecologia, produziam um contraste perturbador com os vocais agudos, reforçados por violinos ou riffs orq...