Mudanças de sonoridade fazem parte da história do rock. Um sem número de grandes bandas experimentou novos rumos ao longo de sua história, com resultados tanto bons quanto ruins. Um dos maiores exemplos é o U2: do som messiânico e épico dos primeiros discos que conquistou milhões de fãs em clássicos como The Joshua Tree (1987), o grupo se reinventou de maneira sublime em Achtung Baby (1991), experimentou até não poder mais em Zooropa (1993) e Pop (1997) e retomou o caminho do pop no espetacular All That You Can’t Leave Behind (2000). O Vespas Mandarinas obviamente não é o U2, e isso faz uma grande diferença. Em seu segundo álbum, a banda de Chuck Hipolitho e Thadeu Meneghini deixa totalmente de lado o rock cheio de energia e cativante do ótimo disco de estreia, Animal Nacional (2013), e entrega um som descaradamente pop e insosso. Não temos mais riffs, não temos mais refrãos chicletes, não temos mais nada de interessante. O que surge é uma música que traz influências de...