Review: Visions of Atlantis - The Deep & The Dark (2018)


The Deep & The Dark marca uma nova fase na carreira da banda austríaca Visions of Atlantis. Na ativa desde 2000, o grupo está lançado o seu sexto disco, que ganhou versão nacional através da Hellion Records. A nova fase citada no início faz referência ao fato de The Deep & The Dark marcar a estreia, em estúdio, da vocalista Clémentine Delauney, ex-Serenity. Na banda desde 2013, Clémentine só agora tem a sua voz eternizada em um álbum do grupo.

Musicalmente, o que temos aqui é um symphonic metal com vocais femininos que apresentam momentos operísticos. Clémentine soa como uma espécie de Tarja Turunen mais contida, e a própria concepção musical do Visions of Atlantis remete ao Nightwish, porém sem chegar perto do brilhantismo e da inventividade da banda finlandesa. As dez músicas trazem o teclado com bastante evidência, sempre dividindo o protagonismo instrumental com a guitarra. A alternância entre a voz de Clémentine e Christian Samer reforça o aspecto “beauty and the beast” da banda.

O resultado dessa receita é um som familiar, porém um tanto contido. Não há nada necessariamente novo em The Deep & The Dark, ainda que a banda alcance bons momentos como na grudenta “Return to Lemuria”, que tem tudo para virar um hit. De modo geral, o quinteto soa como uma espécie de Nightwish mais suave, sem tantos aspectos sinfônicos e com um peso apenas mediano.

Além de “Return to Lemuria”, curti também o clima meio étnico de “Ritual Night” e as agressivas “The Silent Mutiny” e “The Grand Illusion”, ambas com a guitarra bem à frente.

De modo geral, The Deep & The Dark traz algumas boas músicas e conta com músicos ótimos, notadamente Clémentine Delauney, porém trata-se de um disco indicado apenas para quem é fã de symphonic metal e anda com saudade de algo na linha da banda de Tuomas Holopainen.

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