Review: Death by Starvation – Death by Starvation (2013, reedição 2019)



Com apenas um disco lançado, além de singles e um split ao lado do Vazio, o Death by Starvation é um nome conhecido e celebrado por quem acompanha o metal extremo brasileiro. E com justiça, já que o álbum de estréia da banda paulista é realmente merecedor de todos os elogios.

Esse trabalho foi relançado recentemente pela Cianeto Discos em uma bela edição em CD, com excelente qualidade gráfica que valoriza ainda mais o som do trio formato por músicos que se apresentam apenas com as enigmáticas denominações II (vocal e guitarra), IV (baixo) e III (bateria).

Death by Starvation, o álbum, traz sete faixas espalhadas por 44 minutos. Cinco delas são composições próprias e o tracklist é completado com versões para “Hate”, do Impaled Nazarene, e “The Stallion”, do Bathory. O som é um black metal com alguns ingredientes de death, executado com a fúria característica do gênero. A produção, assinada por Francisco G. Bueno e Kexo, faz o som soar ao mesmo tempo cru e poderoso, sem aquela sonoridade sufocante e abafada que costumamos encontrar em álbuns das bandas norueguesas de black, por exemplo.

O primeiro (e infelizmente até agora único) álbum do Death by Starvation é um grande trampo que conversa com os primórdios do black metal, porém consegue soar atual sem usar elementos estranhos ao gênero. O poderia da tríade guitarra, baixo e bateria é sentida em ótimas músicas como “Egoism, Mark of the Wise Man”, “Notabatur Inedia Mortem”, “Eluding the Grasp of Possibility” e na linda “Silence, Thereafter”, isso sem falar nas acachapantes versões.


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