Review: Sweet Oblivion – Sweet Oblivion (2019)



Geoff Tate saiu do Queensrÿche em 2012, banda onde foi frontman por mais de trinta anos e gravou discos clássicos como Operation: Mindcrime (1988) e Empire (1990), fundamentais para tornar o quinteto um dos grupos mais influentes , importantes e populares do metal dos anos 1980 e 1990. Desde então, gravou cinco discos: o solo Kings & Thieves (2012), Frequency Unknown (2013, que saiu como Queensrÿche em uma época em que o vocalista teve o direito do nome da banda) e os três álbuns do Operation: Mindcrime – The Key (2015), Resurrection (2016) e The New Reality (2017).

Enquanto o Queensrÿche se reconstruiu com Todd La Torre assumindo o posto que foi de Tate e gravou álbuns sólidos desde então – Queensrÿche (2013), Condition Human (2015) e The Verdict (2019) -, Geoff não conseguiu voltar para o posto que é seu de direito: o de uma das maiores vozes da história do metal. Até agora.

Lançado na metade de junho, o álbum de estreia do Sweet Oblivion é o melhor trabalho de Geoff Tate em muitos e muitos anos. Ao lado do cantor está uma banda formada exclusivamente por instrumentistas italianos: Simone Mularoni (guitarra e baixo), Emanuele Casali (teclado) e Paolo Caridi (bateria). O disco tem uma sonoridade límpida mas sem abrir mão do peso e apresenta muito bom gosto nas composições, que podem ser classificadas como uma amálgama entre prog metal e hard. Há uma interação constante entre a guitarra de Mularoni e o teclado de Casali (ambos fazem parte da banda italiana de power prog DGM), criando tanto solos empolgantes como harmonias que cativam.

Entre as músicas, destaque para a ótima “True Colors” (uma excelente abertura para o disco), as pontes melódicas e o ótimo refrão de “Sweet Oblivion” (que estruturalmente lembra “I Don’t Believe in Love”, do álbum Operation: Mindcrime), a mid-tempo “Behind Your Eyes” e a avalanche de melodia de “The Deceiver”.

Com o Sweet Oblivion, Geoff Tate recoloca a sua carreira no caminho certo e entrega um dos discos mais legais de sua longa trajetória.

Lançamento nacional via Hellion Records.

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