Por Ben Ami Scopinho
Marca de Caim
O ambicioso “Framing Armageddon (Something Wicked Part I)”, lançado no ano passado, foi o reflexo de uma incômoda fase que já vinha se estendendo há tempos para o Iced Earth, em especial pela rejeição de parte do público em relação ao esforçado Tim Owens. Tanto que não é novidade para ninguém que, depois de liberado o álbum, o pobre Owens foi demitido, e quem preencheu seu posto foi o amado ex-vocalista Matt Barlow.
Mesmo com a questionável decisão em se mudar a voz para a sequência de um disco conceitual, “The Crucible Of Man” segue com uma abordagem bem semelhante à primeira parte, seja com o uso de elementos orquestrados, seja com coros nos refrões ou em outras passagens das composições. Os esforços do guitarrista carrasco (ops!) Jon Schaffer geraram boas canções, mas ainda assim permanece uma incômoda aura burocrática dispersa sobre parte do repertório.
E olha que houve uma melhoria em vários pontos ...
Esta continuação está mais direta e pesada, com melhores solos (convenhamos, a primeira parte se mostrou pífia neste sentido, certo?) e, por mais que Owens tenha feito um excelente trabalho, é inegável que o carismático Matt Barlow seja a voz correta para o Iced Earth. Seu estilo permanece praticamente inalterado desde que ele deixou o conjunto, e a forma como mescla linhas agressivas e melodiosas o transforma em parte vital na sonoridade da banda.
Há quatro grandes canções em “The Crucible Of Man”: "I Walk Alone", “Crucify The King”, “Divide And Devour” (temos uma boa veia thrash aqui, enfim!), além da bonita balada “A Gift Or A Curse”. Na seqüência, também se destacam “Sacrificial Kingdoms” e "Harbinger Of Fate", com sinos sendo um incremento e tanto à composição.
Enfim, se o leitor apreciou “Framing Armageddon”, com certeza não terá o que reclamar de “The Crucible Of Man”, pois é uma continuação sensata, ainda que incomparável com o que a banda liberou em sua fase áurea. Para aqueles que não abrem mão da linha mais thrash mesclada ao power metal adotada no passado, bom, será necessário esperar pelo próximo álbum de inéditas, torcendo para que a dupla Schaffer e Barlow venha focada em algo fundamentalmente pesado, com aqueles riffs ganchudos e melodias apaixonantemente épicas, que tantos vêm sentindo falta. Enquanto isso...
Formação:
Matt Barlow - voz
Jon Schaffer - guitarra
Troy Seele - guitarra
Freddie Vidales - baixo
Brent Smedley - bateria
Faixas:
Matt Barlow - voz
Jon Schaffer - guitarra
Troy Seele - guitarra
Freddie Vidales - baixo
Brent Smedley - bateria
Faixas:
1. In Sacred Flames - 1:29
2. Behold the Wicked Child - 5:38
3. Minions of the Watch - 2:06
4. The Revealing - 2:40
5. A Gift or a Curse? - 5:34
6. Crown of the Fallen - 2:48
7. The Dimensional Gauntlet - 3:12
8. I Walk Alone - 4:00
9. Harbinger of Fate - 4:43
10. Crucify the King - 5:36
11. Sacrificial Kingdoms - 3:58
12. Something Wicked (Part 3) - 4:31
13. Divide and Devour - 3:15
14. Come What May - 7:24
15. Epilogue - 2:20
2. Behold the Wicked Child - 5:38
3. Minions of the Watch - 2:06
4. The Revealing - 2:40
5. A Gift or a Curse? - 5:34
6. Crown of the Fallen - 2:48
7. The Dimensional Gauntlet - 3:12
8. I Walk Alone - 4:00
9. Harbinger of Fate - 4:43
10. Crucify the King - 5:36
11. Sacrificial Kingdoms - 3:58
12. Something Wicked (Part 3) - 4:31
13. Divide and Devour - 3:15
14. Come What May - 7:24
15. Epilogue - 2:20
iced earth é foda demais, com ou sem o burlow, curt o trabalho do owens tbm!
ResponderExcluirEsse eu ainda irei conferir, mas confesso que fiquei um pouco desapontado com os últimos trabalhos. Embora o Tim Owens seja um grande cantor, não se encaixou ao estilo do Iced Earth. Vamos ver como soa agora com o retorno do Matthew Barlow!
ResponderExcluir