Por Thalles Breno
Colecionador
Draconian Times (1995)
Fenomenal foi a primeira palavra que me ocorreu para descrever esse disco. Mais uma vez os ingleses do Paradise Lost são dignos de receber o título de pioneiros ao conceber essa obra-prima da música pesada/melancólica (não confudir melancolia com tristeza gratuita!). A primeira vez foi quando lançaram o mega clássico "Gothic", considerado pai do estilo que mais tarde surgiria rotulado como gothic metal (termo não aceito pelos góticos mais puristas).
Nesse álbum o Paradise dita as regras do que se tornaria o já citado gênero, com composições emocionantes, cativantes e complexas, porém bem acessíveis e com uma veia um pouco mais heavy metal em relação aos outros trabalhos. bem mais sombrios.
Destaques imediatos para a vigorosa "The Last Time", que conta com um vídeo bem legal; "Forever Failure", música forte e profunda; "Enchantment", que abre o disco de forma soberba; e todo o repertório do disco.
Obrigatório não só para fãs do estilo, mas para qualquer fã de música pesada!
Observação pessoal: vibrei quando li a entrevista com o Vitão Bonesso na coluna Collector's Room do Whiplash feita pelo nosso amigo Cadão, ao perceber que no quarto do Vitão tinha um quadro com a capa do "Draconian Times" (risos). Saber que o Vitão aprecia o disco me deixou orgulhoso enquanto fã do Paradise Lost.
Icon (1993)
Anterior ao "Draconian Times", esse trabalho marca um novo direcionamento musical do grupo, principalmente nos vocais de Nick Holmes, que estão mais limpos, abandonando o gutural outrora muito usado, dando ao ouvinte uma prévia discreta do que seria o grande "Draconian Times". As músicas estão bem "viajadas", pesadas e com uma beleza ímpar! Esse disco também foi o último trabalho com o grande baterista Matthew Archer, substituído pelo não menos excelente Lee Morris, que ficou no grupo até o ao vivo "At the BBC" (2003).
Os destaques ficam por conta da ótima faixa de abertura, "Ember Fire", a viajante "Joys of the Emptiness", a mezzo rápida "Dying Freedom" e a densa e clássica "True Belief".
Grande trabalho!
Gothic (1991)
Segundo full lenght dos britânicos, esse álbum é um marco na história do heavy metal mais sombrio, uma vez que une o peso do metal com toda a melancolia gótica, dando origem a uma música muito pesada, diversas vezes arrastada e soturna. É como se fundisse o death metal mais old school com o doom metal. Muitos consideram esse disco como o marco zero do que viria a ser chamado de gothic metal, hoje praticado por bandas como Moonspell, Crematory, Amorphis, entre outras. Tal termo, no entanto, não é visto com bons olhos pelos góticos mais puristas, como já dito anteriormente.
O álbum traz músicas que se tornaram verdadeiros hinos do estilo, e recentemente o grupo voltou a tocar músicas desse disco ao vivo, coisa que não fazia há um bom tempo, como por exemplo a mais que clássica "Eternal", possuidora de um grande riff de teclado; a faixa que da nome ao disco, "Gothic", que traz vocais femininos junto com os de Nick Holmes, coisa que para a época não era tão comum, pois não existia essa avalanche de bandas que adotam essa linha vocal "a bela e a fera" (recurso mais que saturado hoje em dia); "The Painless", bem cativante; além de todo o set.
Obra que merece ser ouvida pelos fãs de metal extremo em geral (mas não espere blast beats).
O Paradise Lost é uma banda que beira a genialidade. Gothic Metal antes da invenção do termo, perceberam e souberam usar como ninguém influências tão díspares como Sisters of Mercy e Metallica, injetando uma elegância criativa que faltava no rock dos anos 90. Grandes artistas, que todo mundo que curte música bem feita e cerebral deve conhecer.
ResponderExcluirÓtima banda mesmo cara. Recomendadíssima.
ResponderExcluirAmigo, sou fã do Paradise Lost e concordo que é uma banda como poucas. Mas você chamar o Matthew Archer de "grande baterista" é forçar a barra. O cara não tocava nada, o trabalho de bateria do Paradise até o Icon não passa de mediano. O Lee sim, trouxe um outro nível à banda. No mais, é sempre bom ver que tem gente que ainda posta álbuns do Paradise, mesmo que sejam os mais óbvios. Abraço!
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