Por Ricardo Seelig
Colecionador
Collector´s Room
Esse único registro do grupo norte-americano Marcus é um dos mais raros e obscuros álbuns do hard rock setentista. Natural de Detroit, a banda era formada pelo vocalista Marcus Malone, pelo trio de guitarristas-solo Gene Bloch, Randall David e Jack Weber, pelo baterista Dandy "Star" Holmes e pelo lendário baixista Tim Bogert, ex-Cactus, Vanilla Fudge e Beck Bogert & Appice.
O álbum é uma pedrada, um verdadeiro clássico perdido. A qualidade de suas oito composições espanta e nos faz pensar como uma banda tão fantástica como essa não alcançou uma repercussão maior. O fato é que a gravadora do grupo, a United Artists, investiu muito pouco, praticamente nada, na promoção do álbum, o que, somado ao fato de o LP ter sido lançado em pleno auge da disco music e com uma capa que mais remete a um trabalho de funk do que de hard rock, fez com que as lojas norte-americanas colocassem o play na seção de funk e r&b, "escondendo-o" dos ouvintes de música pesada, que certamente iriam pirar com o trabalho.
Marcus, o álbum, abre com "Black Magic", um soco no estômago que rouba o riff de "Space Truckin´" do Deep Purple, tocado aqui com um timbre de guitarras pesadíssimo, bem na linha de "Miss Misery", do Nazareth. De cara já fica escancarado o poder de fogo do paredão de guitarras formado por Bloch, David e Weber, e o talento de Marcus Malone, dono de um timbre muito agradável.
O disco prossegue com "Salmon Ball", que coloca um certo tempero funk no heavy rock dos caras. "Kelly" é uma bonita balada, onde o destaque são os ótimos vocais de Malone. O clima volta a ferver com "Gypsy Fever", outra que explora, com grande talento, o resultado da união do funk com o hard.
Uma das melhores vem a seguir. "Pillow Stars" já abre com um peso gigantesco, parecendo aqueles sons tão habituais em álbuns de grupos da New Wave of British Heavy Metal. Mas, quando pensamos que um riff irá entrar e detonar tudo, somos supreendidos por um andamento meio jazzy, que evolui para grandes melodias de guitarra, com Malone cantando em tons bem altos, acompanhado por ótimos backing vocals. Um heavy metal sensacional!
Um ótimo riff introduz "Highschool Ladies Streetcorner Babies", com um andamento que nos leva de volta aos trabalhos lançados pelo Aerosmith nos anos setenta. "Dream Wheel" tem elementos do que viria a ser conhecido como AOR, com ótimos coros. E, fechando o disco, "Rise Unto Falcon" chega a lembrar algo de Judas Priest.
Extremamente difícil de ser encontrado, o vinil original recebeu uma reedição em CD em 2000, lançada pela gravadora inglesa Zoom Club, e mesmo essa versão é um tanto rara de se conseguir.
Esse único registro do grupo norte-americano Marcus é um dos mais raros e obscuros álbuns do hard rock setentista. Natural de Detroit, a banda era formada pelo vocalista Marcus Malone, pelo trio de guitarristas-solo Gene Bloch, Randall David e Jack Weber, pelo baterista Dandy "Star" Holmes e pelo lendário baixista Tim Bogert, ex-Cactus, Vanilla Fudge e Beck Bogert & Appice.
O álbum é uma pedrada, um verdadeiro clássico perdido. A qualidade de suas oito composições espanta e nos faz pensar como uma banda tão fantástica como essa não alcançou uma repercussão maior. O fato é que a gravadora do grupo, a United Artists, investiu muito pouco, praticamente nada, na promoção do álbum, o que, somado ao fato de o LP ter sido lançado em pleno auge da disco music e com uma capa que mais remete a um trabalho de funk do que de hard rock, fez com que as lojas norte-americanas colocassem o play na seção de funk e r&b, "escondendo-o" dos ouvintes de música pesada, que certamente iriam pirar com o trabalho.
Marcus, o álbum, abre com "Black Magic", um soco no estômago que rouba o riff de "Space Truckin´" do Deep Purple, tocado aqui com um timbre de guitarras pesadíssimo, bem na linha de "Miss Misery", do Nazareth. De cara já fica escancarado o poder de fogo do paredão de guitarras formado por Bloch, David e Weber, e o talento de Marcus Malone, dono de um timbre muito agradável.
O disco prossegue com "Salmon Ball", que coloca um certo tempero funk no heavy rock dos caras. "Kelly" é uma bonita balada, onde o destaque são os ótimos vocais de Malone. O clima volta a ferver com "Gypsy Fever", outra que explora, com grande talento, o resultado da união do funk com o hard.
Uma das melhores vem a seguir. "Pillow Stars" já abre com um peso gigantesco, parecendo aqueles sons tão habituais em álbuns de grupos da New Wave of British Heavy Metal. Mas, quando pensamos que um riff irá entrar e detonar tudo, somos supreendidos por um andamento meio jazzy, que evolui para grandes melodias de guitarra, com Malone cantando em tons bem altos, acompanhado por ótimos backing vocals. Um heavy metal sensacional!
Um ótimo riff introduz "Highschool Ladies Streetcorner Babies", com um andamento que nos leva de volta aos trabalhos lançados pelo Aerosmith nos anos setenta. "Dream Wheel" tem elementos do que viria a ser conhecido como AOR, com ótimos coros. E, fechando o disco, "Rise Unto Falcon" chega a lembrar algo de Judas Priest.
Extremamente difícil de ser encontrado, o vinil original recebeu uma reedição em CD em 2000, lançada pela gravadora inglesa Zoom Club, e mesmo essa versão é um tanto rara de se conseguir.
O fato é que, indiscutivelmente, Marcus é um disco obrigatório e que agradará em cheio quem curte um inspirado e competente heavy metal com sabor setentista.
Faixas:
A1. Black Magic - 5:50
A2. Salmon Ball - 6:15
A3. Kelly - 4:00
A4. Gypsy Fever - 6:15
Faixas:
A1. Black Magic - 5:50
A2. Salmon Ball - 6:15
A3. Kelly - 4:00
A4. Gypsy Fever - 6:15
B1. Pillow Stars - 5:44
B2. Highschool Ladies Streetcorner Babies - 5:06
B3. Dream Wheel - 3:42
B4. Rise Unto Falcon - 6:31
B2. Highschool Ladies Streetcorner Babies - 5:06
B3. Dream Wheel - 3:42
B4. Rise Unto Falcon - 6:31
show de bola, conheci o som do Marcus no podcast.
ResponderExcluirValeu man. Curtiu o som da banda?
ResponderExcluirPretendo tocar mais coisas perdidas nos próximos podcasts, aguarde.
Abraço.
Esse álbum é maravilhoso do início ao fim... Escuto ele sempre que possível e obrigatório para qualquer fã do estilo. Perfeito. 👏🏻👌🏻
ResponderExcluirMuito bom parabéns pelo blog
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