Rolling Stones e os 40 anos de Let it Bleed


Por Marina de Campos e Rodrigo de Andrade
Os Armênios

Fazem exatos 40 anos que o
Let it Bleed foi lançado na Inglaterra. Nos EUA, o disco chegou às lojas um dia depois. E hoje, mesmo tendo passado tanto tempo, o álbum continua como um monolito, um dos melhores e mais importantes títulos na extensa discografia dos Rolling Stones.

É um trabalho extremamente peculiar e o último lançamento da banda nos anos 60. Não era apenas uma transição de décadas, mas no interior do próprio grupo. Era o primeiro disco de inéditas após a saída de Brian Jones - primeiro líder e fundador dos Stones, falecido na metade daquele ano -, apesar dele figurar em duas faixas. Também, Let it Bleed marcava a estreia de seu substituto: o jovem Mick Taylor, que também apresentava suas habilidades em apenas duas faixas.

Mesmo sendo um composto de faixas oriundas de momentos diversos, sem uma unidade criativa por trás do grupo, ninguém sequer se atreve a acusá-lo de ser "apenas um apanhado de canções". Cada momento tem um brilho tão forte que ofusca. Apesar de todo seu entorno - ou justamente por causa dele - Let it Bleed foi criado em meio ao período mais fecundo da história da banda. E redefiniu seu espírito e trajetória - fazendo dos Stones um grupo ainda mais sombrio e decadente - para a década seguinte.

Nesse especial, em comemoração aos 40 anos dessa obra, traçamos um breve histórico de Brian Jones, figura fundamental na trajetória da banda, que sai definitivamente de cena nesse álbum. Na sequência, há uma análise detalhada do disco, faixa por faixa. Segue uma breve resenha de outros artefatos - filmes, discos, livros, compactos - que retraram o momento e se relacionam organicamente com esse importante trabalho dos Stones. Por fim, um documento original de época, uma significativa resenha jornalística, que extrapola o campo da crítica e se assenta dignamente no âmbito do jornalismo literário, demonstrando que, desde o seu surgimento, Let it Bleed já se firmou como uma peça artística chave na história da música e a obra símbolo do final dos lendários anos sessenta.

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