Discos Injustiçados: Dream Theater - Falling Into Infinity (1997)


Por Ronaldo Costa
Colecionador
Collector´s Room

Você já deve ter ouvido, lido ou até mesmo falado em algum lugar, quando o assunto era o Dream Theater, coisas como “ame-o ou odeie-o”, “oito ou oitenta” ou “não tem meio termo”. O pior é que, em se tratando da famosa banda norte-americana, a coisa funciona mais ou menos desse jeito mesmo. Tão comum e recorrente quanto as citações acima em relação ao grupo é a afirmação de que o quinteto esbanja técnica mas deixa a desejar quando o negócio é feeling, aquele fator subjetivo que, possivelmente, é o que há de mais importante quando o negócio é fazer música. Mas será que eles não têm mesmo nem um pouco desse tal de feeling? E se chegasse alguém um dia e dissesse que um dos álbuns mais criticados da carreira da banda é justamente aquele que mais tem coração e alma? Pois bem, esse dia chegou.

Eu tenho noção da confusão que estou criando ao escrever essas linhas, já que o Dream Theater é uma banda que tem uma enorme quantidade de fãs, os quais estão entre os mais fiéis que se conhece. Só que tamanha quantidade de fãs rivaliza em número com a também enorme quantidade de detratores do grupo. O problema é que o álbum que vamos comentar aqui, além de não ser visto com bons olhos pelos críticos do grupo, também não é muito bem avaliado por uma boa parcela dos fãs, inclusive aqueles mais fanáticos. Vamos falar hoje sobre o álbum
Fallling Into Infinity, lançado em 19 de setembro de 1997.

A trajetória do Dream Theater até o ano de 1997 lhe gabaritava para ser reconhecido como o grande nome do prog metal mundial. O começo com
When Dream and Day Unite (1989) foi mais do que promissor, com a banda mostrando o embrião da mistura de estilos e influências que se tornaria sua marca registrada através do tempo. Os trabalhos seguintes, Images and Words (1992) e Awake (1994), não só viriam a levar o nome da banda a ser conhecido no mundo e consolidar sua carreira, como também são considerados por muita gente até hoje como as duas melhores obras já realizadas pelo grupo. O EP A Change of Seasons (1995) foi um excelente brinde para o fiel público do Dream Theater, com sua épica faixa-título em meio a ótimos covers de canções de artistas que influenciaram - e influenciam - o som dos caras até os dias atuais.

Nesse meio tempo, ainda durante as gravações de
Awake, a saída do tecladista Kevin Moore seria um fato que, pra muita gente, viria a influenciar de maneira definitiva toda a obra dos americanos nos anos posteriores, já que não são poucos os que consideram que Moore era a força criativa principal por detrás da banda e que seu desligamento do grupo acabou com uma química que eles nunca mais conseguiram reproduzir em trabalhos subsequentes.

Para o lugar de Moore foi chamado o tecladista Derek Sherinian, que já havia tocado com gente como Alice Cooper e Kiss. O primeiro trabalho oficial de Sherinian com a banda foi em
A Change of Seasons, mas este, embora contivesse uma faixa inédita de mais de 26 minutos, não pode ser considerado como um álbum inédito de estúdio. Com isso, a primeira real incursão do músico num álbum de inéditas do Dream Theater se deu mesmo com Fallling Into Infinity.

Bem, a maioria das pessoas concorda que a banda vinha num crescente contínuo desde seu primeiro disco, ainda que as preferências entre o segundo e o terceiro trabalho sejam bem divididas, mas ninguém discorda que são álbuns de um mesmo nível. Com isso, as expectativas para
Fallling Into Infinity eram enormes e as melhores possíveis. Acrescente ainda o fato de que o Dream Theater já deixava de ser uma novidade ou uma revelação e passava a carregar as responsabilidades e cobranças com as quais um grande nome de qualquer estilo musical precisa conviver. Mais que isso, a banda já passava a sofrer pressão para que atingisse certos objetivos em termos comerciais, dado o patamar ao qual haviam sido alçados.

Essa conjunção de fatores, aliada às já conhecidas exigências que os fãs, sobretudo os mais antigos, costumam cobrar de seus ídolos, e ainda somada a alterações um pouco mais radicais que a banda levou adiante em seu som, fizeram com que
Fallling Into Infinity, desde o seu lançamento, já fosse reconhecido como a ovelha negra dentre os álbuns do Dream Theater. As músicas de estruturação mais simplista, um pouco mais melódicas e sem toda a agressividade vista, por exemplo, em Awake, fariam com que a maioria apontasse o dedo para a banda e a acusasse de ter tornado o seu som comercial. Eles próprios nunca fizeram questão de negar com veemência que tivessem sofrido pressão para produzir algo que fosse mais fácil de ser colocado no mercado e mais palatável para uma fatia maior do público.

Desde então, o álbum passou a ser considerado aquilo que cai como uma verdadeira maldição para qualquer fã de vertentes mais pesadas ou mais elaboradas do rock: um disco “pop”. No entanto, ninguém (a não ser a própria banda) jamais poderá dizer até que ponto esse disco foi planejado visando apenas ser um sucesso comercial e com o intuito de abrir portas em mercados com outros perfis que normalmente não se interessariam pelo que o grupo fizera em seu passado até então. Por mais que o álbum seja mais acessível, ele poderia - e deveria - ser visto como uma espécie de evolução, uma busca por novos horizontes, já que esse trabalho, sob hipótese alguma, veio para descaracterizar o som da banda. Pelo contrário, as raízes prog metal podem ser observadas nas canções sem a menor dificuldade.

Por outro lado, a eterna acusação de que seus músicos sempre foram extremamente exibicionistas perde força aqui, já que as músicas são mais simplistas, ainda que o virtuosismo de Mike Portnoy e companhia continue saltando aos olhos (e ouvidos) da primeira à última faixa.

E o principal, o feeling, justamente aquilo que meio mundo fala que o Dream Theater não tem.
Fallling Into Infinity é carregado de sentimento. Embora seja um disco mais calmo e não muito agressivo, as melodias, a entonação do vocal em harmonia com as letras, são aspectos que transmitem uma carga de sentimento maior do que o que eles já haviam feito antes. Não é questão de dizer que o álbum é melhor que seus antecessores, mas sim que este é um disco mais passional.


“New Millennium” mostrou-se uma ótima faixa de abertura, já iniciando com o excelente clima ditado pelo baixo de John Myung. O riff empolgante e a hesitação entre o peso e a introspecção, aliado à já famosa técnica dos músicos, fazem dessa uma excelente música. E Derek Sherinian mostra que tinha muito a dar à banda em termos de técnica e criatividade.

Quem acusa o álbum de ser comercial deve ter começado a pensar assim após ouvir a segunda faixa, “You Not Me”. Música muito bem executada, sobretudo por John Petrucci, mas com um daqueles refrões pegajosos, que são capazes de grudar na sua cabeça durante um dia inteiro, seja onde você estiver e seja o que estiver fazendo.

Quando se iniciam as primeiras notas de “Peruvian Skies”, a impressão é de que teremos uma nova balada, dado o seu início tranquilo e melódico. No entanto, a música vai se tornando pesada, forte, e acaba por desembocar num heavy metal daqueles, que caberia muito bem em
Awake. Excelente canção.

Em “Hollow Years” temos uma balada de verdade, com uma grande letra e um enorme potencial radiofônico, coisa da qual a agressiva “Burning My Soul” passa longe. Esta é, fácil, a mais pesada do disco, onde a banda mostra que velhas influências do universo do metal, como Black Sabbath, Metallica e Iron Maiden, ainda podiam se fazer presentes. O grupo inteiro faz bonito, mas há de se destacar a guitarra de John Petrucci e o excelente trabalho vocal de James LaBrie.

“Hell's Kitchen” destaca-se como talvez a melhor música do álbum, onde a banda mostra todo o seu talento e coesão. Petrucci dá outro show à parte, sobretudo nos solos. Clássico, e que já emenda, na sequência, com outra canção primorosa, que é “Lines in the Sand”. Aqui, o grupo dá ainda mais vazão à sua veia progressiva, com belos arranjos e com outro ótimo trabalho de Sherinian. Além disso, essa é uma das grandes letras da carreira do Dream Theater.

“Take Away My Pain” é uma bonita balada, com mais uma boa letra e uma atmosfera agradável, que acabaria se tornando um dos destaques do disco. “Just Let Me Breathe” é outra faixa que merece destaque, mais pelo instrumental e, principalmente, pelo clima agressivo que emana da canção. A balada “Anna Lee” deve figurar entre as mais famosas de
Fallling Into Infinity. É uma boa música, mas falta alguma coisa, talvez o sentimento tão necessário em uma música com esse tipo de proposta e que pode ser percebido nas outras canções, até mesmo nas mais pesadas do trabalho. Mas não deixa, de toda forma, de ser uma boa canção.

Pra terminar a história somos brindados com “Trial of Tears”, a maior e mais progressiva do disco. Essa é a que mais lembra o som que a banda levara adiante em álbuns anteriores, e também em posteriores. Dividida em três partes, é nessa música que o virtuosismo dos músicos mais aparece, com mais uma performance impecável de John Petrucci, John Myung e Derek Sherinian.


O disco, como era de se supor, foi chamado de “pop”, “comercial” e outras coisas ainda menos elogiosas. Logo surgiram aqueles que identificaram na ausência de Kevin Moore o real motivo daquela suposta mudança de rumos. Até hoje tem quem diga que Kevin era a alma da banda. Derek Sherinian passou a ser responsabilizado por ter modificado sutilmente o som do grupo, numa tentativa de pasteurizá-lo. Falar isso é tão injusto quanto não reconhecer toda a qualidade desse trabalho. Basta ver os discos solo do tecladista ou suas contribuições com outros músicos e perceber que ele não é um instrumentista essencialmente voltado para sons comerciais. Sherinian, na verdade, é responsável pela execução dos momentos mais complexos e, em consequência disso, menos acessíveis de
Fallling Into Infinity. No entanto, ele definitivamente não caiu no gosto de boa parte dos fãs e acabaria por sair pouco tempo depois, sendo substituído por Jordan Rudess.

Tecnicamente falando, embora as canções desse álbum sejam excepcionalmente bem executadas, o Dream Theater tem em sua história trabalhos com maior complexidade instrumental. E então caímos naquela questão de que se a banda abusa do virtuosismo é acusada de ser exibicionista, se faz algo mais simples está mudando a essência de seu som e apelando para um lado mais mainstream. Os Johns (Petrucci e Myung) comparecem com a técnica e competência de sempre. James LaBrie faz bem o seu papel e é, inclusive, o responsável por alguns dos momentos mais empolgantes desse álbum. Mike Portnoy, estranhamente está bem mais contido nesse disco, só que o contido de Portnoy já é suficiente para deixar boquiaberto qualquer um que se liga numa bateria bem tocada.

O famoso feeling que tanto se cobra de todo artista está presente em todas as faixas desse álbum, em algumas de forma mais intensa. Só que falar isso é algo totalmente subjetivo, pois o mesmo som que pode hipnotizar um grupo de pessoas pode não representar absolutamente nada para outras.

Falling Into Infinity consegue ao mesmo tempo ser coeso e heterogêneo. É um trabalho que traz em si uma grande diversidade, com várias possibilidades e influências diferentes a serem exploradas. Aqueles que defendem o disco dizem que ele talvez seja o único onde não existem momentos sonolentos derivados das viagens instrumentais da banda. Com o lançamento do ainda mais polêmico Train of Thought (2003), muita gente até passou a pegar mais leve nas críticas a Fallling Into Infinity, voltando sua fúria para o dito “álbum new metal” do Dream Theater, só que isso é conversa para um outro dia. Entretanto, não é difícil achar quem ainda coloque Falling Into Infinity entre os discos indesejáveis da banda.

A verdade é que, com esse trabalho, os norte-americanos mostraram que são capazes de esbanjar técnica sem ter que apelar para malabarismos instrumentais. Mostraram que são capazes de colocar boas doses de sentimento em uma obra. Mesmo que se considere que as músicas da banda não trazem emoções à flor da pele, deixaram claro que virtuosismo e intensidade podem sim andar lado a lado, e ainda provaram que não é porque um trabalho pode ser classificado como comercial que ele é necessariamente ruim. Qualidade é algo que não tem nada a ver com isso, e sim com sinceridade e crença naquilo que se está fazendo.

Este não é o melhor disco da carreira da banda, mas é, sem dúvidas, um álbum essencial em sua discografia, que lhe propiciou a oportunidade de evoluir e alçar outros vôos, como em
Scenes From a Memory (1999) e Six Degrees of Inner Turbulence (2002). Justamente por não ser merecedor de tantas críticas é que este disco é mais um que entra nessa lista de obras injustiçadas historicamente no rock e no metal. Se você concorda ou não, isso você deverá dizer, de preferência após pelo menos mais umas duas ou três audições do álbum.


Faixas:
1 New Millennium 8:20
2 You Not Me 4:58
3 Peruvian Skies 6:43
4 Hollow Years 5:53
5 Burning My Soul 5:29
6 Hell's Kitchen 4:16
7 Lines in the Sand 12:05
8 Take Away My Pain 6:03
9 Just Let Me Breathe 5:28
10 Anna Lee 5:52
11 Trial of Tears 13:05

Comentários

  1. "Matou a pau" Ronaldo!
    Falling Into Infinity é um discão. Concordo com você quando diz que é o disco com mais felling dos caras. Talvez as estruturas musicais sejam mais simples, mas é muito coeso. Para mim o melhor disco do DT ao lado do Awake e Scenes.

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  2. Muito bom o texto, Ronaldo. Entretanto, tenho que discordar de algumas partes.

    Sem dúvida o álbum possui músicas boas, como "lines in the sand", "hollow years" e, principalmente, "trial of tears" (inclusive, a levada logo em seguida ao solo do John Petrucci, "Still awake...", nesse som é antológico). Porém, não é nenhuma injustiça afirmar que é, até então, o disco mais sem inspiração do grupo, com algumas poucas passagens notáveis.

    Música é algo muito subjetivo de se discutir, afinal, cada um possui sua própria visão e sentimento diferente ao ter contato com ela, mas, vindo de uma crescente dos três álbuns anteriores, salta aos olhos que algo de errado havia na banda.

    Afirmar que FII seria um álbum com mais feeling que os anteriores também me parece uma falácia. Ora, tivemos "wait for sleep", "another day", passagens altamente emocionais em "take the time", "space dye vest", "lifting shadows...", "inocence faded" e em tantas outras. Claro, muitos momentos de malabarismo instrumental, porém, afirmar que se trata de materiais sem sentimento por conta de algumas passagens também me parece uma afirmação livre de maior reflexão.

    É inegável também que, entre os três primeiros álbuns e "Scenes From a Memory", o FII está totalmente fora de contexto. Bom, mas são somente opiniões de um amante do trabalho do grupo.

    Abraços

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  3. Este disco é em minha opinião melhor que o muito bom mas "exagerado" Images and Words...me parece que no falling into infinity os musicos estão mais maduros...uma pena que a turne do mesmo foi em sua maior parte uma lastima...já que o Labrie contraiu sérios problemas em suas cordas vocais

    Abraços

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  4. Acho o Fallinf Into Infinity um disco mediano. Eu, como fã do Dream Theater, quero ouvir passagens instrumentais longas e complexas em seus discos, e não o contrário, e então talvez por isso eu não curta muito o FII.

    Lembro que, ao lançar o álbum seguinte da banda, o Scenes from a Memory, o Mike Portnoy disse que o Dream Theater estava apostando tudo no SFAM, e que se não desse certo a banda acabaria devido aos inúmeros problemas ocorridos durante a turnê do FII e a baixa venda do play.

    Acho grupo sensacional, sou um grande fã do trio Portnoy, John Petrucci e Jordan Rudess, e gosto muito do som dos caras.

    Meu top#5 do DT:

    Metropolis Pt. 2: Scenes From a Memory (1999)
    Images and Words (1992)
    Awake (1994)
    Six Degrees of Inner Turbulence (2002)
    Train of Thought (2003)

    Gosto bastante do TOT, principalmente por ser um disco pesadíssimo e com um clima sombrio que me agrada bastante.

    E vocês, quais são os seus discos preferidos do Dream Theater?

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  5. Quando eu comecei a ouvir o Dream Theater foi com o Images and Words. Lembro-me de ser o único da miha turma que gostou da banda. O resto não entendia a proposta dos caras. Mas depois que saiu o FII eu não gostei do disco. Nas primeiras vezes eu não tinha gostado de NADA mesmo. E curiosamente meus amigos começaram a gostar das músicas. Depois de um tempo eu mudei de opinião em relação à algumas músicas. Eu gosto da banda, mas alguns discos deles para mim são muito chatos. TOT (excetuando a excelente As I Am), Systematic Chaos e Octavarium são esses discos. O ultimo é melhor que esses. Se for comparar o FII é melhor que esses três. Mas é claro que é a minha opinião

    Top 5
    Images and words
    Scenes From a Memory
    Awake
    Six Degrees of Inner Turbulence
    Change of Seasons

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  6. Eu já acho os dois ultimos dicos deles medianos...com várias passagens que mais parecem colagens do que músicas realmente estruturadas...mas claro que isto pode ser momentaneo...já que o DT é uma banda que faz vc mudar de opinião quando seus discos são escutados mais vezes....

    meu top five momentaneo

    1. Train of Thought
    2. Live at Budokan
    3. Six degrees of Inner Turbulence
    4. Metropolis pt 2
    5. Awake

    e claro indico um disco que pra mim é uma bomba e nunca deveria ter sido lançado

    1. O ao vivo da turne do Falling to Infinity que eu nem lembro o nome e nem quero lembrar pq eu odeio este disco .....heheheh

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  7. Ah, topo 5 eh fácil:

    -Scenes from a memory/Images and words/Awake (não necessáriamente nessa ordem)
    -Octavarium
    -Six Degrees

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  8. Não é um dos meus preferidos da banda, na verdade ignorei ele até conhecer o DT mais à fundo.

    Porém acredito que um ponto ainda não debatido aqui é o fato da gravadora ter feito uma grande pressão sobre a banda com o intuito dela fazer um som mais comercial.

    No bootleg Falling Into Infinity Demos é apresentada a estrutura que o álbum realmente teria, onde músicas como Raise The Knife (de mais de 11 minutos, que foi tocada no show Score) e Metropolis Part II (versão instrumental com mais de 22 minutos de duração) seriam incluídas.

    A banda planejou um álbum duplo com mais de 140 minutos de duração, coisa que foi negada pela gravadora, que contratou inclusive um compositor para auxiliar a banda.

    Foi isso que fez Portnoy e Petrucci produzirem todos os álbuns posteriores do DT, que saíram ao agrado da banda, e não da gravadora.

    Apesar das controvérsias, o álbum possui músicas excelentes, mas talvez saísse muito melhor se fosse produzido pela banda...

    Se quiser pode dar uma olhada no meu blog, seu comentário será muito bem vindo!

    http://figurinhasdorock.blogspot.com/

    abraço!

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  9. Já tinha lido este texto no whiplash, mas como lá não dá para comentar, foi bom ele ter aparecido por aqui...

    Fui "conhecer" o DT quando comprei praticamente toda a discografia da banda de uma só tacada numa loja de Porto Alegre. Até então, só conhecia o "A Change Of Seasons" e o "Once In A Livetime", mais uma ou duas músicas. Portanto, não tinha muitos "pré-conceitos" sobre a banda e seu passado quando ouvi o FII. Eu gostei muito dele desde a primeira vez que ouvi, pois as músicas, embora mais simples, tinham muito "feeling" (o qual é difícil de categorizar, por ser um sentimento que nem sempre é igual de pessoa para pessoa...). Tinham músicas pesadas, baladas, viagens instrumentais, prog, metal, pop, tudo misturado em um disco com a qualidade lá em cima...

    Em discos posteriores a banda se "entregou" ao virtuosismo, e muitas faixas não fizeram sentido. Ao mesmo tempo, muitos clássicos foram gravados. Mas isto não desmerece o FII como um dos discos mais regulares em sua totalidade quando se fala de qualidade (seja ela alta, baixa ou mediana), que, para mim, está lá em cima...

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  10. Meu Top 5:
    1) Scenes From A Memory
    2) Systematic Chaos
    3) Falling Into Infinity
    4) Black Clouds And Silver Linings
    5) A Change Of Seasons

    Top 5 ao vivo:
    1) Live Scenes From New York (por ter o Scenes e "A Change Of Seasons" inteiros)
    2) When Day And Dream Reunite (pela cersão de "Metropolis pt 1" com Sherinian e Dominici)
    3) Chaos In Motion (pela versão integral de "In The Presence Of Enemies")
    4) Score (pelas versões com orquestra de "Six Degress" e "Metropolis pt 1")
    5) Live At Budokan (por ser triplo. Os outros que restaram são ou duplos ou simples...)

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  11. Fala Ronaldo,

    Parabéns pela coluna! Além de belas análises de álbuns injustiçados, seu texto é muito legal.

    Baseado na sua coluna, resolvemos fazer um MOFODEU escolhendo os discos injustiçados das grandes bandas dos anos 60 e 70.

    Espero que o programa faça juz a coluna.

    Abraço,

    Vitor Bemvindo
    MOFODEU
    www.mofodeu.com

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