Discos Injustiçados: Iron Maiden - The X Factor (1995)


Por Ronaldo Costa
Colecionador
CFollector´s Room

Pronto, só faltava essa. Já estava demorando até alguém querer falar bem desse disco. Deve ser mais um fã cego querendo arrumar justificativa pra tudo o que o Maiden faz. Será que o sujeito que escreveu esse texto não tem nada melhor a fazer do que ficar procurando cabelo em ovo ou tentando explicar o inexplicável?”.

Eu imagino que muitos dos que passarem o olho nessa matéria já estarão pensando assim a essa altura. Dos que ainda não estão, alguns vão fazê-lo antes de terminar de ler a resenha. Eu sei bem do vespeiro em que estou enfiando a mão ao redigir essas linhas. Muitos acharão até mesmo que é algo totalmente dispensável e fora de propósito, mas como a seção trata de álbuns que algumas pessoas consideram injustiçados, aqui nós temos mais um que é citado como exemplo por muita gente. No entanto, seria o primeiro disco da polêmica passagem de Blaze Bayley pelo Iron Maiden um trabalho realmente menosprezado de forma injusta? É dessa discussão que estão todos convidados a participar. De qualquer forma, vamos em frente, pois talvez você entenda e até concorde com o que está escrito aqui.

No começo da década de 90, após o lançamento de
Fear of the Dark, o mundo do metal foi sacudido por uma notícia devastadora para uma enorme quantidade de fãs: Bruce Dickinson anunciava que deixaria o Iron Maiden para se dedicar a sua carreira solo. E agora? Não podia ser verdade! Afinal, como imaginar a Donzela sem seu frontman de tantos anos? A tristeza provocada pelo anúncio tornava-se ainda pior quando se tentava fazer prognósticos sobre o futuro da banda, já que ... quem seria capaz de ocupar o posto? Seria aquele o fim de uma das maiores bandas da história do heavy metal?

A curiosidade em saber se o grupo continuaria e quem seria seu novo vocalista aumentou quando Steve Harris resolveu promover um concurso para decidir quem seria responsável pelo microfone do conjunto. A peleja era aberta para quem se achasse com capacidade para tal. No entanto, Harris tinha conhecido alguns anos antes uma banda - na época quase anônima - chamada Wolfsbane, que tinha um tal de Blaze Bayley nos vocais. O baixista teria ficado impressionado com o desempenho do cantor. O que muita gente diz é que o posto de vocalista do Iron Maiden foi decidido pelo chefão independente de concurso, audições e do que quer que fosse, num episódio lamentável.

Entretanto, marqueteiros que são, Steve e a banda não perderiam a oportunidade de fazer um enorme movimento em torno do nome do grupo. Com isso, a história foi adiante. Entre os fãs, apareceram todo tipo de suposições e sugestões, desde artistas já consagrados até revelações. Rob Halford, Michael Kiske e muitos outros se viam no meio das especulações. De fato mesmo, entre os que eram considerados a sério para o posto, figuravam nomes como o do brasileiro Andre Matos - então no Angra - e o de Doogie White (que iria para o Rainbow), que chegou a ser anunciado como finalista ao lado de Bayley. No fim, a decisão foi a mais improvável e suscitou muitos comentários sobre a veracidade do tal concurso.

Decidido o nome do substituto, era hora de colocar tudo para funcionar novamente. As coisas não estavam sendo fáceis para Steve Harris. A saída de Bruce Dickinson criou um enorme problema para o chefe e sua banda, que, como todos sabem, é seu projeto de vida. Como se já não bastasse isso, o baixista ainda passava por um processo de separação, de forma que aquele momento era até de certa depressão para Steve. Boatos na época davam conta de que foi cogitada inclusive a possibilidade de a banda encerrar suas atividades. No entanto, Harris decidiu passar por cima de tudo aquilo e, com o apoio de seu velho companheiro Dave Murray, começou a reconstrução do Iron Maiden com o mesmo afinco de alguém em início de carreira.

A banda se mandou para o estúdio particular de Harris e começou o processo de composição de um novo álbum. E começou do zero, pois a história diz que o grupo só iniciou as composições após a chegada do novo vocalista. O plano era que todos dessem vida as suas ideias para reuni-las e aproveitar o que surgisse de melhor. Dessa forma, não seria apenas Bayley que teria que se adequar ao estilo do Maiden, mas o grupo também se adaptaria segundo o estilo do cantor, que poderia inclusive contribuir com novas ideias e composições.


A Donzela demorou muito para lançar material inédito após a chegada do novo vocal, já que Blaze ficou fora de combate por um bom período devido a um acidente de moto. No entanto, quando lançou o disco, talvez nem imaginasse o rebuliço que isso causaria, sob os mais diversos aspectos. Após tantos anos com Bruce Dickinson, cuja voz se identificava com o som da banda de forma espantosa, o mundo conhecia um novo Iron Maiden, que se mostrava com o enigmático nome
The X Factor.

Epa, e agora? Um álbum do Maiden sem Bruce e Adrian Smith? Sempre após um novo lançamento do grupo, alguns críticos e mesmo alguns fãs costumam torcer o nariz de início, considerando que tal trabalho já não tem mais a energia e qualidade de algum anterior. De
Somewhere in Time (que já mereceu uma resenha nessa seção) em diante, isso é algo que foi se tornando cada vez mais evidente a cada novo álbum. Entretanto, não tem nada, mas absolutamente nada, que chegue perto do que foi a recepção a The X Factor. A estreia em oitavo lugar nas paradas inglesas, pior posição da banda desde Killers, já acendia um sinal amarelo na frente de Harris e companhia. O próprio Blaze conta que não se continha em alegria por um álbum cantado por ele ter chegado a tal posição nos charts do Reino Unido, mas o restante da banda não demonstrava essa empolgação toda. Muitos poderão dizer que seu sucessor, Virtual XI, teve acolhida ainda pior, mas a questão é que no disco de 1998 muitos já não esperavam grande coisa.

Outro fato curioso sobre esse décimo disco da banda é que ele, de início, não teve uma aceitação muito boa, mas ainda conseguiu agradar a alguns fãs. Com o passar do tempo, foi sendo cada vez mais criticado e ridicularizado e, a partir de certo momento não bem estabelecido, foi se tornando um pouco melhor avaliado, a ponto de se encaminhar a passos largos atualmente para se tornar um disco cult, daqueles que nunca serão considerados obras-primas, mas que sempre terão seguidores fiéis e cada vez mais numerosos.

De fato, o ‘fator X’ não é uma obra-prima. De forma alguma é objetivo da matéria querer classificá-lo como tal. E por não ser uma obra-prima, acaba que também não é superior a vários dos álbuns que a banda já tinha em sua discografia. Apesar de gosto ser uma coisa subjetiva e individual, essa é, inegavelmente, a opinião da maioria dos fãs da banda. A questão que se pretende discutir então é a seguinte:
The X Factor é realmente a coisa ruim e desqualificada que tanto se falou? Será que o diabo é tão feio quanto o pintam?

O Iron Maiden, que tanta gente gosta de criticar, usando o argumento de que a banda segue fórmulas prontas, cai na mesmice, tem medo de se arriscar, trazia um trabalho muito diferente de qualquer coisa que já tivesse lançado. A própria escolha de Blaze Bayley como vocalista já era uma mudança radical de estilo. Pois não é que esses mesmos que reclamavam da pouca afeição da banda a mudanças reclamaram das mudanças também? Estão lá as cavalgadas, os duetos de guitarra, os solos, mas
The X Factor é, sem dúvida, o disco mais melancólico, sombrio e obscuro da história do grupo. Não era tão pesado enquanto distorção, mas o clima era pesado. Algumas letras também fugiam um pouco ao Maiden clássico, falando mais sobre temas que refletiam o próprio estado de espírito dos compositores.

Só que a saraivada de críticas que esse trabalho sofreu foi muito além de sua temática e seu clima. A coisa já começou pela capa. Após tantos discos, singles e todo tipo de material trazendo os clássicos desenhos de Derek Riggs com o monstro-mascote-ícone Eddie, eles resolvem inovar e trouxeram na capa um Eddie mais humanizado, quase que um boneco. A ideia, que no começo até parecia legal, depois de certo período já não era tão bem sacada assim. Embora isso nada tenha a ver com a música ou a qualidade de um CD, teve gente que já não curtiu a coisa desde aí. A produção, assinada por Steve Harris e Nigel Green, não era nenhuma maravilha, sobretudo quando lembramos os trabalhos de Martin Birch. E o principal, as músicas, será que também são tão ruins assim?

O álbum se inicia de forma totalmente atípica para os padrões do Iron Maiden. Acostumada com aberturas rápidas, velozes e enérgicas para seus discos, a banda iniciava o novo trabalho com uma música de mais de onze minutos, introduzida por um coro de canto gregoriano e um instrumental lento, com um dedilhado de guitarra acompanhado pelo baixo e sons de teclado. O grupo viria a usar e abusar desse expediente em todo o seu trabalho posterior, inclusive após o retorno de Bruce Dickinson e Adrian Smith, mas, na época, essa estruturação não era tão constante assim. “Sign of the Cross” é uma epopéia, cadenciada, com excelente instrumental, várias quebras de ritmo, linhas melódicas entremeadas por riffs pesados, partes lentas se alternando com passagens mais rápidas e uma linha vocal que se encaixa muito bem no clima sombrio da música. Por que dizer então que uma canção assim seria ruim? A prova final da qualidade dessa música viria anos depois, quando muita gente considerou que a canção na voz de Dickinson ganhava ares de clássico.


“Lord of the Flies” transita entre o heavy metal simples e o hard rock, com bons riffs e outro vocal bem encaixado de Bayley. A terceira música, “Man on the Edge”, remete ao clima um pouco menos sombrio que a banda mostrava em seus áureos tempos. Uma música mais rápida, mais ao estilo Iron Maiden e, por isso mesmo, uma das mais queridas pelos fãs nessa fase.

A melancolia e o tom obscuro retornam em “Fortunes of War”, faixa que traz uma excelente interação entre o clima do instrumental e a ideia que a banda queria passar com a letra, além de evoluir para uma pauleira na sua segunda metade. Já em “Look for the Truth” Blaze Bayley erra a mão em alguns momentos.


E o que dizer então da simplicidade das melodias de “The Aftermath”, que são justamente sua maior qualidade. “Judgement of Heaven”, que algumas pessoas adoram e outras tantas não suportam, traz grandes qualidades em sua cadência, na melodia vocal e no refrão em tom de lamento.

“Blood on the World’s Hands” é um dos pontos mais altos do disco, desde a intro com o baixo de Steve Harris até seu tom ao mesmo tempo agressivo e dramático. “The Edge of Darkness”, assim como “Man on the Edge”, traz resquícios da sonoridade antiga da banda, sendo assim também uma das mais queridas pelo público em geral, ainda que nunca tenha sido trabalhada pela banda. “2 A.M.” é uma espécie de balada, que se não traz nada de extremamente belo ou empolgante, também não tem nada que a comprometa enquanto boa música, sendo inclusive aqui um dos momentos onde Blaze mostra potencial. A derradeira faixa é a mais fraca. “The Unbeliever”, apesar de alguns bons momentos numa passagem melódica no meio, não convence muito.


Gers e Murray, se não são Smith e Murray, ainda mostram um bom entrosamento. Steve Harris colocou o baixo numa altura impressionante na mixagem final, mas isso até combinou com a sonoridade do disco. Nicko McBrain sempre foi um cara que jogou para o time. Seu trabalho nesse disco não tem a exuberância dos tempos de
Piece of Mind, mas se encaixa perfeitamente na nova proposta da banda.

É compreensível que um fã do grupo, sobretudo os mais antigos, se assustasse e não aceitasse tais mudanças. Quem se lembrava da crueza dos dois primeiros discos e da fase clássica com Bruce realmente teria dificuldades em se acostumar com o estilo sombrio, introspectivo e cadenciado desse novo Iron Maiden.

Confesso que eu mesmo, como fã desde a fase mais clássica da banda, não aceitei bem aquela nova realidade. Com o passar dos anos, após várias audições do álbum, após amadurecer um pouco e me abster de radicalismos, passei a tê-lo em conta como um excelente trabalho. A questão aqui não é colocar uma opinião pessoal como se fosse uma verdade absoluta, mas trazer para a discussão um tema que já foi levantado em várias ocasiões e que se encaixa bem com a proposta dessa seção. Um disco, para ser bom, tem que ser melhor que os anteriores, ou ser bom é uma qualidade intrínseca a algo?
The X Factor não é o melhor trabalho da Donzela, não se equipara a obras como Piece of Mind e Powerslave, só que também não merece tanto desdém e crítica como se observa. Ele é um trabalho de grande qualidade, que seria a grande obra na discografia de muita gente. Não são poucas as bandas que sonhariam com um álbum assim em seu currículo. Dentro desse disco existem várias passagens instrumentais excepcionais e, inclusive, algumas boas linhas vocais. Se o clima sombrio, melancólico e pessimista, associado a uma maior cadência e lentidão nas músicas, o afastam das características mais marcantes do grupo, é fato também que justamente esse aspecto lhe confere uma originalidade e alma própria impressionantes.


Muitos que criticam o trabalho falam que na voz de Bruce Dickinson o álbum seria maravilhoso, o que significa dizer que, então, as músicas são boas. Outros já dizem que ninguém o salvaria. Um grande problema foi o momento histórico em que foi concebido, tanto da banda quanto do cenário heavy metal. E ser lançado sob o nome Iron Maiden faz com que a pressão e o rigor ao se analisar o trabalho sejam elevados à estratosfera.

Outra coisa que fez parte de seu insucesso foi o vocalista. Não por Blaze Bayley ser ruim, pois isso ele não é. O cara tem uma carreira solo para provar isso. Mas os problemas de Bayley começam por seu estilo ser diametralmente oposto ao de Bruce, sob o que se quiser analisar, e trazer um estilo totalmente diferente ao Maiden era algo quase impossível. “
Ah, mas Bruce tem o estilo totalmente diferente do Paul Di’Anno e se deu bem na banda”. Sim, mas a questão não é ser parecido ou diferente do antecessor, mas ter um estilo que se encaixe ao som do grupo. Arrisco dizer que não haveria vocalista nesse mundo que pudesse agradar aos fãs do Iron Maiden substituindo Mr Air Raid Siren - talvez só alguém com estofo como um Dio ou um Halford.

O maior dos problemas de Blaze não foi o que ele fez no estúdio e, sim, o que fez ao vivo. Faltava-lhe experiência, vivência num palco grande e um pouco mais de carisma no início. Ele é um ótimo vocal para heavy metal, mas não tem grande versatilidade, seu tipo de voz não permite grandes variações e exige que as músicas sejam bem encaixadas no seu estilo, o que era tudo o que o Iron Maiden não tinha como oferecer. Além disso, fazê-lo cantar as linhas vocais altíssimas de Bruce era algo que não tinha como dar certo. Desafinava ao tentar alcançar os tons mais altos, se atrapalhava, perdia até mesmo o tempo das músicas. Então vão dizer, se o cara fez isso tudo, como falar que ele é bom vocalista? Cantando composições que se enquadram em suas características ele sempre entregou excelentes performances. Não há explicação para o porquê de Steve Harris não ter percebido isso antes de chamá-lo para o grupo. 99% dos fãs (eu incluso) preferem Bruce na banda e festejaram sua volta como se estivessem adorando uma divindade. Isso é uma coisa. Agora, querer crucificar Bayley - como, aliás, foi feito - e responsabilizá-lo pelo fato de o grupo não ter atingido o mesmo sucesso de outrora nada mais é do que maldade.

Agora sim, você já pode esbravejar, praguejar, discordar de tudo o que foi escrito aqui. Faça isso mas, de preferência, após dar uma outra ouvida em
The X Factor. Quem sabe alguém que ainda não descobriu o bom álbum que existe escondido entre tantas críticas possa fazê-lo agora? Tenho certeza que, da mesma forma que muita gente não comunga das ideias expostas acima, outros tantos concordam com boa parte do que foi dito. O importante é que cada um possa dar a sua opinião. Até uma próxima.


Faixas:
1 Sign of the Cross 11:17
2 Lord of the Flies 5:03
3 Man on the Edge 4:13
4 Fortunes of War 7:23
5 Look for the Truth 5:10
6 The Aftermath 6:20
7 Judgement of Heaven 5:12
8 Blood on the World's Hands 5:57
9 The Edge of Darkness 6:39
10 2 A.M. 5:37
11 The Unbeliever 8:10


Comentários

  1. Parabéns pela matéria, sempre achei um disco bastante injustiçado pois gosto bastante desse disco contagiante e heavy metal.

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  2. Cara, Parabéns!
    Concordo com você quase que integralmente.
    The X Factor não é um disco clássico do Maiden, mas é um puta lançamento.

    A banda estava bem coesa e eu até gostei dos vocais do Blaze. E é verdde o que escreveu: fatav-lhe experiência ao vivo para segurar, principalmente as composições mais antigas da banda. Mas isso aconteceu até com o Bruce, pois Paul D'ianno até hoje é lembrado como o melhor vocalista do Iron por um grande número de fãs.

    E, sim, sou eterno defensor do Bruce no Iron, mas temos que reconhecer: nesse disco, o Blaze trabalhou muito bem. Em estúdio.

    Abraços,

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  3. Muito bom o texto: analítico e crítico, parabéns!

    Esse foi o primeiro CD que comprei na vida, foi o início de minha coleção que hoje já está bem numerosa, só por isso, já tenho um carinho especial por ele.

    Na época, eu era vocalista de rock e fiquei muito feliz com Blaze pois finalmente teria condições de cantar uma música do Iron Maiden no tom certo, rsss.

    No geral, gosto do álbum e concordei com seu ponto de vista.

    Abraço!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Bom disco...

    Caiu bem nos meus ouvidos.... o nome que está impresso na capa pouco importa....

    e para os que acusam o Iron Maiden de não mudar ouçam então o primeiro disco Iron Maiden e depois o Final Frontier

    Abração
    Fábio

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  6. Nossa quanta gente gosta dele hahahahahhaa

    Eu sou um Profundo defensor do blaze bayley...

    o disco possui ótimas musicas, tem um clima bastante pesado, é um otimo lançamento da banda !!!

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  7. Acho The X Factor um bom disco, infinitamente superior a Virtual XI. Daria um 7 ou 8 para ele. Faz tempo que não o escuto, mas a minha música preferida sempre foi "Fortunes of War".

    O principal problema de Blaze eram os shows. Postura estática, totalmente contrária ao hiper ativo Bruce Dickinson. E, claro, o fato de ser simplesmente impossível para ele cantar faixas como "The Trooper", "Hallowed Be Thy Name" e mais uma lista imensa ao vivo. Tenho um single, que não lembro qual é agora, com uma versão ao vivo de "The Evil That Men Do" cometida por Blaze que é absolutamente terrível, constrangedora e ruim de doer.

    Mas gosto de seus discos solo. Silicon Messiah, lançado por ele em 2000, é um senhor álbum de heavy metal, com músicas excelentes.

    O problema de Blaze é que ele não tinha condições de ser o substituto de Bruce Dickinson, e só foi efetivado no posto pelo fato de o Steve ser um cabeça dura ...

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  8. Sempre fui um grande defensor desse disco, soaria até repetitivo dar maiores explicações aqui. Inclusive alguns pontos citados como negativos no artigo para mim são positivos, caso da produção, que apesar de diferente do que o Maiden fazia com Martin Birch, soa muito bem, adaptada à época e com timbres muito agradáveis. "The Unbeliever" pode não ser das melhores do disco, mas conta com uma performance excelente de Harris.

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  9. Os shows com o Blaze deveriam conter apenas material da época dele e do Paul Dianno....

    Abraços

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  10. Ótima resenha! Este disco me arrepia até a alma e é bom saber o tanto de gente que também pensa assim.
    As músicas da fase Blaze, inclusive algumas do Virtual XI, são excelentes e a prova disso foi a inclusão de Sign of the Cross e The Clansman na Brave New Tour e a fantástica Lord of The Flies, responsável por me tirar lágrimas dos olhos durante o show do Pacaembu da Dance of Death World Tour.

    Gostaria muito de ver o Maiden colocando outras músicas da fase Blaze para serem cantadas pelo Bruce. Algo épico como Lightning Strikes Twice ou Blood On The World's Hand.

    Para concluir, não posso deixar de dizer algo polêmico porém que sempre pensei.
    Aquela versão ao vivo com o Blaze de Afraid to Shoot Strangers (Best of the Beast duplo), que acabou por originar o clipe desta música, é de chorar. Que coisa maravilhosa! Sempre me emociona. E digo mais. A música ficou melhor do que quando cantada pelo Bruce. Para quem nunca ouviu, peço que procurem o clipe no Youtube e chequem se eu estou exagerando ou se pode-se confirmar tal afirmação. hahah

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  11. Bom disco. Melhor que o "No Prayer...", mas acho inferior ao Virtual XI, disco esse que considero bem subestimado. Reconheço que ele é estranho, bem estranho numa primeira olhada. Mas quando se embarca na atmosfera dele, tudo soa melhor.
    O problema foi que não escolheram os teclados apropriados, um mellotron seria ideal!

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  12. Olha Leandro, lendo o seu comentário confesso que, imaginando "The Angel and the Gambler" com um mellotron ou um hammond, a coisa muda totalmente de figura e a música poderia ficar bem interessante.

    Abraço.

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  13. Ótima matéria, sem sombra de dúvidas!
    Eu sempre gostei muito desse disco, bem mais do que do No Prayer... e o Fear of...
    Blaze e o Maiden nesse disco merecia mais respeito, pois é um trampo fenomenal!

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  14. Uma coisa que eu acho, Cadão, é que o grande problema dos discos mais "diferentes" do Maiden é que eles têm boas ideias, porém mal executadas e mal resolvidas. Talvez porque a banda tenha muitos compositores cada um com uma visão e ainda tem a opinião do produtor. Tem várias músicas consideradas ruins pelos fãs que escondem coisas maravilhosas, mas por problemas de arrajos e de produção não tiveram essa qualidade evidenciada.
    Será esse o problema de uma banda com muitas cabeças?

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  15. Se tem uma coisa que eu duvido muito que exista hoje em dia no Iron Maiden é "opinião do produtor".

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  16. Leandro, o Iron Maiden realmente tem vários compositores, mas pelo que eu conheço da banda, apesar dessas várias criativas, só vai adiante a ideia que é aprovada pelo Steve. Ele é quem manda no negócio, e, como tal, colhe os elogios e também as críticas sobre os caminhos sonoros que o grupo seguiu.

    E mais: tem muita gente criticando a produção do The Final Frontier, colocando a culpa pelo som do disco exclusivamente no Kevin Shirley. Do jeito que o Steve controla as coisas, o disco só saiu daquele jeito porque ele quis ou aprovou aquela sonoridade. A não ser que eu esteja muito enganado, o Shirley só obedece o que o Harris manda.

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  17. Por incrível que pareça resumindo:

    Eu acho o The X Factor e o Virtual XI ótimos albuns, não os melhores do Maiden, mas dos melhores, inclusive eu acho que o grande injustiçado seja o Virtual XI.

    O problema todo do Maiden nesses álbuns são tão numerosos quanto a quantidade de fãs da banda, pois, além da própria, cada um fora dela tem uma opinião: fãs, mídia, produtores, gravadora, etc.

    Na verdade o menor dos problemas do Maiden nessa época era o álbum em si, mas todos os problemas juntos ecoaram nas vendas e na receptividade que tanto o The X Factor quanto o Virtual XI tiveram.

    Se você lembrar bem, em 95 a mídia americana começava a decretar a morte do rock/metal, na Europa o grande hype era da música eletrônica, e até entre os bangers europeus os estilos de metal dos anos 80 era uma coisa ultrapassada. Assim, não existia mercado americano que só queria saber da última moda, e na Europa só tinha público as bandas de black, doom e death melódico, pois nem o death tradicional ia bem.

    Por tudo isso, mais o momento pessoal dos integrantes do Maiden, que efetivamente sempre se preocupou com obter sucesso ( = ser bem sucedido) eu acredito que eles ariscaram dar vazão a toda aquela negatividade.

    Assim o primeiro impacto dos fãs foi ao ouvir o álbum, completamente diferente de qualquer trabalho anterior, mas o grande boom foi ao ver de perto, pois é evidente que o Blaze não tem condições de cantar The Trooper, inclusive o fato da inamovibilidade do Blaze ao vivo não era falta de experiência mas sim falta de condições, pois ele parado já desafinava nas músicas do Bruce, imagina correndo. Por isso os shows eram um fracasso, pois ele não corria nem cantava como o Bruce.

    Assim se você equalizar que diferente do Brasil, que espera meses, anos, a espera de um show de divulgação, na Europa lançou o álbum hoje de manhã de noite tem show, o impacto negativo das apresentações ao vivo se refletiram imediatamente na venda dos álbuns, e passional como os fãs da Donzela são na mesma hora que um show é ruim tudo na banda é ruim.

    O porque do Steve ter escolhido o Blaze era obviamente o de retomar a identidade do nome Iron Maiden com a figura dele, pois estava atrelada demais ao Bruce. Dessa forma ele tentou se afastar ao máximo daquela identidade pretérita, buscando também ao vivo nas composições era Bruce dar um tom mais sombrio às músicas através do Blaze, ao mesmo tempo em que ele de certa forma se espelhava no sucesso do Van Halen na transição Lee/Hagar. O diferencial foi que o Hagar sabiamente (e ainda assim causou a fúria de inúmeros fãs) evitou comparações, simplesmente não cantando músicas do Lee. O problema é que o Blaze não tinha o poder do Hagar, que já era um nome de peso com o Montrose.

    Depois de tudo isso, e resolvidos os problemas pessoais na cabeça do Steve veio o Virtual XI. No Virtual XI a tentativa era a de adaptar o Maiden antigo ao Blaze, com uma sonoridade/imagem atualizada (que se pode constatar através do encarte futurístico do CD e do enrubrecedor clipe de The Angel & the Gambler), com uma produção quase pop, com melodias mais cativantes, menos sombrias e relativamente pouco peso.

    O grande problema é que o Maiden antigo na cabeça dos fãs é intrinsicamente ligado à voz do Bruce, e Steve viu isso, tanto que convocou o Bruce de volta, pois músicas como The Clansman, que passaram meio batidas, tomaria outra proporção no gogó privilegiado do Dickinson. Outro problema foi a música de trabalho, que nem mellotron nem um hammond salvariam, pois o problema não é o teclado é a composição, tentaram uma melodia fácil com um refrão grudento, mas que na verdade só resultou numa música de quase 10 minutos que se fossem resumidos ao que é mostrado no clipe ainda assim seria uma música chata.

    Como já está muito grande e eu cansei vou deixar a defesa do Virtual XI pra outra oportunidade.

    Só uma curiosidade, o mais insatisfeito com a passagem do Blaze foi o Nicko, que ficava realmente puto quando o Blaze desafinava, perdia o tempo ou não alcançava o tom, ou seja, quando o Blaze era Blaze.

    Abraços.

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  18. Júlio, interessante e esclarecedor o seu comentário. Lembro que, quando a banda passou pelo Brasil promovendo o Virtual XI, o Janick não escondeu de ninguém o seu descontentamento com a performance do Blaze ao vivo. Enfim, ele foi o cara errado no lugar errado.

    Mas insisto: seus discos solo, para quem não conhece, merecem ser ouvidos, pois são ótimos álbuns de heavy metal.

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  19. Ricardo,

    Eu discordo, eu acho que ele foi o cara certo no lugar certo.

    Graças a ele o retorno do Bruce teve muito mais valor e foi até antecipada (graças também ao fato do Bruce junto ao Adrian com o Accident of Birth e o The Chemical Wedding estarem finalmente decolando), do que teria sido caso fosse um André Matos por exemplo.

    Graças ao Maiden conheci um dos vocalistas mais carísmaticos que se tem notícias, nos shows ele dá a alma, diferente do Bruce que nasceu para isso, nele vemos o verdadeiro esforço.

    Enfim, eu gosto muito tanto do trabalho dele no Iron quanto solo, e até do pouco que já ouvi do Wolfsbane.

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  20. Júlio, interessante o seu ponto de vista. Pensando por essa ótica, talvez fosse realmente necessário que Steve e Bruce dessem um tempo um do outro, para assim perceberem que tem que trabalhar juntos realmente.

    E, com um vocalista de maior estirpe, esse hiato não seria ocupado por um substituto - como foi o caso do Blaze -, mas sim por um cara que conseguiria contruir o seu espaço dentro da banda e no coração dos fãs, coisa que o Blaze não conseguiu.

    Abraço.

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  21. Li vários comentários falando sobre a "imobilidade" do Blaze nos shows não ter agradado aos fãs, mas pra mim essa comparação não tem cabimento, pq o DiAnno era paradaço (e quero deixar que nunca vi uma apresentação do Blaze, portanto não estou comparando) ea gurizada curtia muito. Acho que o problema do Blaze é justamente o fato de ele não ter voz para cantar os clássicos da era Dickinson, que é o mesmo que ocorre hoje por exemplo com Ian Gillan e Geddy Lee. Chega a ser vergonhoso a baixa de tonalidade das canções originais para que ambos possam cantar as músicas que eles mesmos cantavam há anos atrás. O próprio Bruce falhou um monte durante a Back Somewhere In Time, mas como o cara é hiper-super-tri carismático, passou despercebido(inclusive algus mais fanáticos disseram que ele estava inovando na técnica de cantar).

    Acho esse fanatismo cego até meio irritante de certa forma, o que tem que ser avaliado na minha opinião é a capacidade vocal do cara, e não se ele pode cantar tal canção. Virtual XI e X Factor são bons discos, e como o Cadão disse, os discos solo do Blaze são muito bons. Não tem como comparar com a fase áurea e é quase a mesma coisa com o Ripper Owens no Judas, os discos são otimos, mas nem perto do Sin After Sin ou do Sad Wings ...

    Apenas concluindo, honestamente acho que o Bruce força demais ao vivo. Tudo que é musica ele levanta o braço esquerdo e faz o MESMO gesto, como se as canções tivessem sempre a mesma mnsagem (!!!!!). Ta, alguem vai dizer que ROTAM ele interpreta o personagem e talz, mas presta atenção que tu vai ver o braço esquerdo levantado da mesma forma que ele canta Can I Play With Madness, Fear Of The Dark, Iron Maiden, .... Mas que ele é carismatico e levanta a galera, isso sem sombra de duvidas é real

    Joguem as pedras, mas eu prefiro muito mais o DiAnno!!

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  22. Mairon
    O braço esquerdo levantado do Bruce não é questão de interpretação. Isso é técnica vocal mesmo. Sei lá...ele deixa o pulmão mais aberto ....não sei, não sou especialista nisso. Pode reparar que ele faz o gesto toda vez que precisa alcançar notas mais altas. Pode reparar que ele faz isso desde sempre.
    É o mesmo que faz o Halford quando abaixa a cabeça e segura o microfone com as duas mãos. Cada um tem uma técnica...

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  23. Eu não vejo problema nenhum em cantar diferente ao vivo... estudio é estudio.... show é muito diferente...o cara as vezes faz 4...5 shows por semana...a voz não aguenta e tem que baixar o tom mesmo... fora o desgaste do tempo ... estas coisas tem que ser consideradas .... fora vocalistas que tem que cantar material dos outros... mas enfim as pessoas muitas vezes julgam a qualidade de uma apresentação ao vivo se o som é próximo ao CD...eu já penso diferente.... se quer o som exato do CD põe ele pra ouvir no aparelho de som.... gosto muito de arranjos diferentes, improvisações, formas diferentes de tocar o material ao vivo... e entendo também quando o vocalista não é capaz de reproduzir os tons do estúdio pois esta muitas vezes é uma condição artificial....

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  24. Cara...assassinei o portugues no final do post...foi mal

    Abraços

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  25. Fábio, a questão do Blaze era que ele era incapaz de cantar ao vivo as músicas do Bruce, por não conseguir alcançar os tons originais das mesmas.

    Também adoro discos ao vivo onde tenho versões diferentes das de estúdio, afinal é pra isso que serve um álbum ao vivo. Mas a discussão aqui é outra: a incapacidade de Blaze Bayley reproduzir nos shows o que foi gravado por Bruce Dickinson. Sei que são vocalistas diferentes, com timbres diferentes, e a culpa por isso cabe à banda, mais precisamente ao Steve, por não saber escolher um cara para o posto que, no mínimo, fosse capaz de cantar os antigos sucessos da carreira do Maiden ao vivo.

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  26. Mas Cadão, ai fica a pergunta: e se o DiAnno tivesse voltado? Ele conseguiria cantar The Trooper?? Como seriam os shows com o Dianno estático segurando a bengala e cantando Phantom of the Opera???

    E outra, quem seria ideal para cantar as canções da era Dickinson? Michael Kiske? André Mattos??? Axl Rose (hehehe, esse ultimo obviamente estou exagerando)

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  27. Bruce Dickinson é único. Doogie White seria uma boa opção.

    E Paul Di´Anoo é um loser de marca maior. Fazem mais de duas décadas que ele fala mal do Iron Maiden, e até hoje sobrevive fazendo covers da banda. Isso pra mim é sinônimo de mal caráter.

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  28. Tudo bem, mas ele foi citado para assumir o lugar do Dickinson. Será que a reação dos fãs de Dickinson com Dianno, que pode ser o que for, mas é um cara que deu o pontapé inicial junto com o Harris, não seria a mesma que a que tiveram com o Blaze? E se fosse, isso não seria uma falta de respeito? Afinal, se o Al Atkins voltasse para o Judas, não poderia se dizer nada contra ele, ou até mesmo o coitado do Tony Martin no Sabbath, que jamais teve condições de cantar Sabbath Bloody Sabbath ou Paranoid por exemplo, mas fez bons discos e matou no peito o fato de estar na linha de frente de uma importante banda.

    creio que o erro não foi do Harris ter escolhido o Blaze, acho que o erro é dos fãs que só querem ver (ou melhor ouvir) o Dickinson cantando as canções do Iron, e qqer outro que entrasse no lugar dele iria sofrer a mesma reação por causa disso.

    Tipo, eu tb acho q as musicas do Blaze ficaram melhor com o Dickinson, mas admiro o trabalho do Blaze.

    Enfim, to metendo meu bedelho numa area q nem é a minha, e talvez sendo até repugnante por isso, mas acho q a ideia de unanimidade perante algo não é valida. Se fosse assim, jamais teriamos o Burn (outro bom exemplo, afinal, vcs conseguem imaginar o Coverdale cantando Child In Time??)

    Abração e ta faltando a ceva com polenta recheada para aumentar o nivel do papo

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  29. Mairon, na minha opinião, se fosse um bom cantor, não haveria problemas.

    E em relação ao Iron Maiden e ao Bruce Dickinson estamos falando de duas divindades do heavy metal, só isso.

    Existem momentos em que a brilhante frase de Nelson Rodrigues - "toda unanimidade é burra" - não se aplicam, e esse é um deles.

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  30. Mas o Blaze é um bom cantor, ai que esta. Lembrei de outro exemplo, o coitado do Trevor Horn. Na turne do Drama, até copo de "liquidos desconhecidos" o cara levou na cabeça, varias vezes saiu chorando do palco e querendo largar a musica, tudo pq, pq a gurizada só queria a voz cintilante do Anderson cantando Going for the One, Roundabout, i've seen all good people. INJUSTIÇA TREMENDA! O Drama é um baita disco, diferente do que o Yes fez, tudo bem, mas é um discaço, e fica jogado aos tigres pq não tem o Anderson. Peguem os discos do Buggles. Pop fácil, direto, mas com um cara que cantava muito bem, melhor que qqer outro do estilo (perdendo ahco q so para o magrao do Depeche Mode). Sorte que o Trevor matou no peito e virou um excelente produtor.

    Como não acho o Iron divindade termino por aqui meus comentários, mas que é legal esse papo de alto nível, isso é (como faz falta isso no dia-a-dia)

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  31. Pois é Mairon, em nenhum momento eu disse que o Blaze é um mau cantor, tanto que gosto bastante, e elogiei, os álbuns solos dele. O fato é que ele não era o cara indicado para substituir Bruce Dickinson, que eu acho ser insubstituível no Iron Maiden, não só pelo talento vocal, mas pela relação que criou com os fãs e pela própria identidade que o grupo criou. Resumindo: Iron Maiden sem Bruce Dickinson não é Iron Maiden!

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  32. Blz Cadão, entendi. Muito bom o tópico e o pap, com certeza vou sentir falta disso nesse mes, mas ja rendeu. Abração e vamo q vamo gurizada

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  33. Infelizmente fica constatada a verdade.... Bruce e Iron Maiden se tornaram sinônimos...então fica dificil pra qualquer um assumir os microfones.... talvez só alguem com moral similar...tipo um Dio...poderia assumir o posto sem tanta "histeria" da maioria dos fãs...mas na minha opinião o repertório ao vivo com o Blaze foi errado.... the trooper jamais poderia ter sido cantada....mesmo the evil that men do e outras do tipo run to the hill.... o repertório deveria ter sido baseado em coisas mais da época do Dianno e faixas mais cruas como Afraid to shoot strangers.... é tudo uma questão de escolha...por exemplo prowler e sanctuary não ficam boas na voz do Bruce...pra que toca-las então....

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  34. ...por exemplo prowler e sanctuary não ficam boas na voz do Bruce...pra que toca-las então...

    Eu sou pela total exclusão de músicas dos dois primeiros discos dos shows com Bruce Dickinson. Adoro o cara, mas assim como não gosto de ver Blaze cantando "The Trooper". também não gosto de Bruce cantando "Prowler" e "Wrathcild".

    Bela lembrança de Trevor Horn, gosto pacas do "Drama"... o problema de Trevor parece ter sido o fato dele tentar emular Jon Anderson, coisa na qual ele até foi bem sucedido em estúdio, mas que denota uma certa falta de personalidade.

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  35. Excelente matéria e excelentes comentários. Tem vários pontos esclarecedores, mas ainda tenho dúvidas quanto à contratação do Blaze.

    Não me entra na cabeça que durante audições, ensaios e a gravação de um disco a banda não tenha percebido que ele não era o cara ideal pra cantar as músicas do Bruce.

    O Fabio disse que na época o Blaze só deveria cantar suas músicas e as do Di´Anno... putz, isso seria impossível. É impraticável para qualquer banda abrir mão de seus clássicos, que só da época do Bruce representavam 10 anos de estrada até então.

    Gosto do Blaze da maneira dele e algumas músicas do Dickinson ele mandou bem. O problema é que os deslizes nas apresentações ao vivo pesaram demais e são o seu estigma até hoje.

    Acho muito bom o que ele gravou com o Maiden e toda a polêmica que ele causou até que contribuiu pra carreira solo depois. Como ele próprio já disse: "Melhor ser ex-vocalista do Iron Maiden do que do A-ha".

    O problema é que com tudo isso ele ganhou muito mais detratores do que admiradores. É bem difícil dar um veredito pra "Era Blaze".

    Fato é que nenhuma banda pode abrir mão de seus clássicos, então, talvez, Blaze Bayley não fosse o mais indicado para o posto.

    Eu disse que, apesar da polêmica, ser lembrado como ex-vocalista do Iron Maiden ajudou na carreira solo, então como afirmar em seguida que ele não deveria ter entrado na banda?

    Acho que a experiência do Steve Vai ajuda a responder essa questão. Steve Vai substitui o Malmsteen quando este saiu do Alcatrazz e acabou sendo comparado e criticado por muita gente.

    Tempos depois, Steve Vai chegou a recomendar pro Joe Satriani não entrar no Deep Purple. Segundo Vai, ao substituir alguém famoso você sempre estará a mercê de fãs e jornalistas que não param de fazer comparações.

    Hoje em dia até o André Mattos acha melhor nunca ter entrado no Maiden, pois reconhece que a situação é venenosa. Aliás, depois de tudo isso quem não reconheceria?

    Por outro lado, a tentação de fazer parte de uma banda desse porte é enorme. Qual músico profissional negaria uma proposta dessa? Até mesmo nós que somos meros ouvintes se tivéssemos certo talento pra coisa e de repente houvesse a possibilidade de abraçar uma oportunidade parecida, quem diria "NÃO"?

    Eu só posso responder por mim e provavelmente eu diria não, levando em conta o fardo desse tipo de substituição. Mas as lombrigas ficariam bem atiçadas, isso não posso negar.

    Blaze Bayley é um cara injustiçado, mas não tenho pena dele. Ele aproveitou a oportunidade que teve e isso estava de acordo com os interesses da banda - ou só do Steve Harris, que seja.

    No fim das contas o Iron Maiden fez o melhor que podia naquela ocasião e fez do jeito que quis. E isso é o mais importante. Acho que a banda teve dignidade artística nesse tempo topo sem se render a modismos e sem se deixar fazer refém dos fãs. Claro que a demissão do Blaze foi consequência da reprovação do público, mas aí já é outra história.

    Pelo menos no que se refere à arte e aos seus protagonistas, The X Factor tem muitos méritos.

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  36. Francisco, esse aspecto da liberdade artística esteve sempre presente na carreira do Iron Maiden. Uma prova disso é o último disco dos caras, The Final Frontier, onde a banda fez o que quis e alcançou um ótimo resultado.

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  37. Pois é, Ricardo. Ainda não comprei o The Final Frontier, mas acredito que seja tudo isso que dizem.

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  38. Hummmmm.... ainda acho que se tocassem Killers, Another Life, Wratchild, Running Free, Charlot the Hornet, Phantom of the Opera, Iron Maiden, Afraid to Shoot Strangers, Bring your Daughter to the Slaughter, Drifter.... entremeadas com outras da fase Blaze o pessoal não reclamaria não .....

    Abraços

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  39. Como ele próprio já disse: "Melhor ser ex-vocalista do Iron Maiden do que do A-ha".

    Claro... se o coitado já não conseguia cantar direito a maioria das músicas cantadas pelo Bruce, imaginem só ele tentando interpretar canções como "There's Never a Forever Thing", "Scoundrel Days" e "Hunting High and Low"??? Pobre Blaze... chamariam Morten Harket de volta em um instante...

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  40. Gostei de cara do The X factor, justamente pela voz de Blaze que é totalmente diferente da de Bruce. As músicas ficaram um pouco mais carregadas de uma melancólia que não era tão comum no Iron. Mas ao vivo... era que nem tentar explicar baton na cueca p esposa :) Sem chance, basta ver um video famoso do Iron tocando The Trooper com Blaze e um cara fica frescando de blaze o tempo tudo. triste mas real... Mas algumas músicas ficaram legais com Blaze, como Afraid To shoots... E todas de Paul. E depois do Iron ele solidificou a melhor carreira de um ex vocalista do Iron. Bruce começou bem, mas depois ficou com medo dos "fâ$" e começou a voltar ao Iron com o Accident. E Paul...Bem é o Paul e vai morrer cantando Running Free coitado.

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  41. Fazia um bom tempo que não ouvia nada do The X Factor. Ontem coloquei o DVD do Rock in Rio e assisti "The Sign of the Cross" novamente. Essa música é muito boa, com um clima sombrio sensacional, passagens instrumentais empolgantes. Enfim, sonzaço!

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  42. Parabéns pela postagem. Infelizmente cada vez mais álbuns como esse estão sendo "injustiçados" na música.

    Gostei da parte de "Sign of the Cross", tinha esse mesmo pensamento que você colocou. Com Blaze a música é uma, com Bruce (no Rock in Rio) é uma música completamente diferente, um verdadeiro clássico.

    E aliás, é uma das minhas músicas preferidas do show.

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  43. Estou Ouvindo alguns bootlegs da época pra conferir se Blaze era mesmo tão ruim assim....depois volto aqui e dou o meu veredito....heheheheehhe

    Abração

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  44. Fabio, estou fazendo o mesmo que você e nunca consigo mudar de opinião. O Blaze cantando as músicas do Bruce é sofrível.

    Sinto vergonha alheia em alguns momentos.

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  45. E quanto ao Nicko tocando as músicas da época do Clive Burr...


    O que acham????

    Acho que fica bem diferente também (e prefiro com Clive Burr.

    Saudações,

    Izaias.

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  46. Boa lembrança, Izaias. Acho o Nicko bem mais técnico que o Clive Burr, mas as músicas gravadas pelo Burr tem uma bateria com mais pegada, na minha opinião.

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  47. Prefiro o Clive Bur.... baterista mais potente e agressivo... o som do Iron com ele ficava mais legal...pricipalmente ao vivo...

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  48. Fábio, acho que o termo é exatamente esse: o Clive era um baterista mais agressivo, enquanto o Nicko é mais técnico. E eu prefiro o Maiden com o Nicko.

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  49. EU CONCORDO COM TUDO!

    O X FACTOR É UM DISCO DIFERENTE!

    O IRON PODERIA TER ACABADO SE ALGUEM PARECIDO COM O BRUCE TIVESSE ASSUMIDO O VOCAL, A BANDA TERIA CAIDO NO RIDICULO...

    PARA UM DISCO DE ESTUDIO O X FACTOR É PERFEITO...

    MAS ENCARAR O IRON MAIDEN NO PALCO E AO MESMO TEMPO O PULICO DO IRON, DEFINITIVAMENTE NAO ERA UMA TAREFA FACIL PARA BLAZE...

    MAS O BOM DE TUDO É QUE A BANDA NAO PAROU, APESAR DE TANTOS BARRACOS , CRITICAS E ECT...

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