Por Ricardo Seelig
Olá Fábio. Como você conheceu a Collector´s Room?
Olá! Bom. conheci através do Whiplash, e nos shows sempre existem comentários sobre a Collector´s, que aliás acompanho sempre.
De onde você é e o que você faz?
Morei em Brasília por vinte anos, cidade onde conheci o metal, porém sou natural de Recife e sou Coordenador de Logística.
Quando você começou a se interessar por música?
Precisamente no fim de 1982, quando tive o primeiro contato com o rock. Até então era mais fã de futebol. O primeiro disco que comprei foi no ano seguinte, o Bomber do Motorhead, e também o Tokyo Tapes do Scorpions, portanto comecei bem (risos)!
Quantos discos você tem?
Tenho por volta de 200 LPs, 300 DVDs, várias fitas K7, mais de 1.000 CDs, e acredito que mais de cinquenta pictures.
Você prefere o vinil ou o CD?
Gosto muito do CD, mas sou um eterno apaixonado pelo vinil, inclusive voltei a comprar bastante coisa. Fala sério, esses relançamentos em LPs de 180 gramas são demais, mas o que amo de verdade são os pictures discs.
Dando uma olhada na sua coleção, uma característica que chama a atenção de imediato é o grande número de picture discs. Onde você costuma comprar esses itens?
Pois é, tenho muita coisa do Venom, Motorhead, Ozzy, Anthrax, Dio, Accept, Sabbath, Maiden, Kiss, Destruction, etc. Já passam de cinquenta unidades, contando também os shapes. Compro em sites de leilão e na loja de um grande amigo, o João Marinho, dono da Blackout Discos aqui em Recife, que tem muita raridade, tanto quanto na Galeria do Rock.
Você usa algum produto específico, ou tem alguma dica, para conservar os seus discos?
Às vezes, quando observo que algum CD está sujo – o que é raro -, passo sabão neutro, mas os vinis sinceramente nunca limpo. E acredite, tenho os mesmos desde os anos 80 e estão novinhos em folha até os dias de hoje.
Não conheço um colecionador que não tenha no mínimo uma mania em relação à sua coleção. Quais são as suas?
Bom, todas às vezes que estou no meu quarto ouvindo música vou várias vezes ao banheiro lavar as mãos para poder manusear as capas e encartes (risos)! É que fico louco quando fica aquela marca preta dos dedos nos encartes ou capas. Cada louco com a sua mania!
Você comentou comigo que as suas bandas preferidas são Motörhead e Ozzy Osbourne. Quantos itens você possui de cada um deles? E o que o atraiu nesses dois artistas especificamente?
Bom, falar em Motörhead para mim é como falar da minha família (risos)! Sou fanático e amo essa banda desde o primeiro momento que a escutei, afinal um dos meus primeiros discos foi o Bomber. Fui inclusive no primeiro show deles, em 1989 no Maracanãzinho, e mais outros três! Tenho cerca de 100 CDs apenas do Motörhead em várias versões européias, americanas, 16 pictures, 30 LPs , fitas K7, isso sem falar nas versões do Bomber, Iron fist, Ace of Spades e Overkill.
E o Ozzy não fica atrás. Amo o Mr Madman também, tenho toda a coleção em vinil - inclusive do Blizzard of Ozz ao The Utimate Sin todos na versão japonesa com OBI. Entre os pictures, o meu favorito é o “Mr Crowley”. Ah, não posso deixar de falar do Speak of the Devil em vinil japonês triplo com encarte - é lindo demais!
O que me atraiu no Lemmy foi a personalidade e, principalmente, o fato de ele nunca ter traído seus fãs. Ou seja, é puro rock and roll! E quanto ao Ozzy, o que mais admiro é a sua persistência ao deixar o Black Sabbath e ter conseguido alcançar o sucesso novamente.
Você também tem a capa do Bomber, do Motörhead, tatuada no braço. Conta pra gente como rolou essa história.
Ah sim, foi com um grande amigo de Brasília, precisamente em 1984. Como é o meu disco favorito do velho Lemmy,nada como deixar no meu corpo para sempre.
Além de Motörhead e Ozzy, você possui também bastante material de grupos como Dio, Venom, Judas Priest, Accept e Metallica, entre outros. Na sua opinião, qual a importância dessas bandas para a música pesada?
Não preciso falar muito, pois o Venom foi o pai de milhares de bandas, assim como o Priest. Minha referência no metal é especificamente os anos 80. Tenho 42 anos e desde os meus 14 escuto esses grupos. A importância dessas bandas, principalmente para a música pesada, é a seguinte: hoje a gente escuta um monte de barulho, mas nada chega aos pés do Venom, e acho muito injusto o não reconhecimento dessa maravilhosa banda. Achei muito legal um dia desses uma entrevista do Kery King dizendo que escuta Venom até os dias de hoje. Cara, isso é demais! Enfim, long live Cronos, Halford, Udo, Lips, Ozzy, Butler, Lemmy, Biff Bifford, Angus, Blackmore, afinal de contas são meus heróis até hoje.
A morte de Ronnie James Dio chocou todo mundo. Como foi pra você?
Cara, ontem mesmo eu estava no meu quarto chorando ouvindo o The Last in Line, lembrando do meu querido irmão Fred, que faleceu nessa época há dezenove anos atrás. Ele amava o baixinho, em específico esse álbum. Foi a pior notícia do ano. Lembro que um grande amigo de Brasília, o Benito, me enviou uma mensagem via celular. Eu fiquei muito triste, chorei bastante. Mas, no fim das contas, Dio não morreu, porque deixou o mais importante em nossos corações que amam o metal, sua linda e inigualável voz. Vou lhe confessar uma coisa: fiquei de luto durante vários dias, ouvindo todas suas obras-primas do Rainbow, Elf, Black Sabbath e banda solo.
Que coleção você conheceu, aqui na Collector´s, que te fez ficar babando de inveja?
Olha, já vi várias nessa seção, mas a que fiquei babando de inveja no bom sentido foi a do Marco Loiacono, colecionador do Motörhead. Um dia eu chego lá!
Qual o item mais raro da sua coleção?
Tenho vários intens raros, mas acredito que seja um CD inglês do Motörhead em formato de lata chamado Britain´s Walt Resort. Essa não tem preço e deu bastante trabalho para conseguir.
Além dos pictures, que outros itens chamam a atenção quando você mostra a sua coleção para as pessoas?
São os meus LPs do Ozzy, todos japoneses com encartes e OBI; uma edição limitada do Bonded by Blood do em vinil de 180 gramas azul; um shape do Dio do Sacred Heart no formato de dragão; um picture do Dio, Lock Up the Wolves, autografado pelo baixinho; e os meus vários EPs do Venom, realmente muito raros – tudo isso sem mencionar os meus discos do Motorhead autografados pelo Lemmy e autógrafos e fotos com os caras do Venom e Exciter naquele show histórico de 1986.
Quais são, pra você, os dez discos de heavy metal que toda pessoa deveria ter em sua coleção?
Pergunta difícil (risos)! Mas vamos lá: Restless and Wild do Accept, Bomber do Motörhead, Holy Diver do Dio, The Number of the Beast do Iron Maiden, Forged in Fire do Anvil, British Steel do Judas Priest, Blackout do Scorpions, Crusader do Saxon, Diary of a Madman do Ozzy e Heavy Metal Maniac do Exciter.
Entre as bandas atuais, quais você ouve e recomenda para os leitores da Collector´s?
Sinceramente, não tenho escutado bandas recentes.
Qual item é seu objeto de desejo, aquele que você sempre quis ter e ainda não conseguiu?
É o picture disc Nightmare, do Venom. Tenho apenas na versão normal.
Qual a importância dos colecionadores para as bandas e para a indústria da música?
Somos os verdadeiros amantes da música, porque gastamos muito dinheiro com os produtos lançados.
O que significa ser um colecionador de discos para você?
Significa prazer, amor, dedicação, a trilha sonora da minha vida.
Fábio, obrigado pela entrevista, e deixe um recado para os leitores da Collector´s Room.
Eu é que agradeço por essa oportunidade, e o recado que deixo é bem simples: long live rock and roll!
Olá! Bom. conheci através do Whiplash, e nos shows sempre existem comentários sobre a Collector´s, que aliás acompanho sempre.
De onde você é e o que você faz?
Morei em Brasília por vinte anos, cidade onde conheci o metal, porém sou natural de Recife e sou Coordenador de Logística.
Quando você começou a se interessar por música?
Precisamente no fim de 1982, quando tive o primeiro contato com o rock. Até então era mais fã de futebol. O primeiro disco que comprei foi no ano seguinte, o Bomber do Motorhead, e também o Tokyo Tapes do Scorpions, portanto comecei bem (risos)!
Quantos discos você tem?
Tenho por volta de 200 LPs, 300 DVDs, várias fitas K7, mais de 1.000 CDs, e acredito que mais de cinquenta pictures.
Você prefere o vinil ou o CD?
Gosto muito do CD, mas sou um eterno apaixonado pelo vinil, inclusive voltei a comprar bastante coisa. Fala sério, esses relançamentos em LPs de 180 gramas são demais, mas o que amo de verdade são os pictures discs.
Dando uma olhada na sua coleção, uma característica que chama a atenção de imediato é o grande número de picture discs. Onde você costuma comprar esses itens?
Pois é, tenho muita coisa do Venom, Motorhead, Ozzy, Anthrax, Dio, Accept, Sabbath, Maiden, Kiss, Destruction, etc. Já passam de cinquenta unidades, contando também os shapes. Compro em sites de leilão e na loja de um grande amigo, o João Marinho, dono da Blackout Discos aqui em Recife, que tem muita raridade, tanto quanto na Galeria do Rock.
Você usa algum produto específico, ou tem alguma dica, para conservar os seus discos?
Às vezes, quando observo que algum CD está sujo – o que é raro -, passo sabão neutro, mas os vinis sinceramente nunca limpo. E acredite, tenho os mesmos desde os anos 80 e estão novinhos em folha até os dias de hoje.
Não conheço um colecionador que não tenha no mínimo uma mania em relação à sua coleção. Quais são as suas?
Bom, todas às vezes que estou no meu quarto ouvindo música vou várias vezes ao banheiro lavar as mãos para poder manusear as capas e encartes (risos)! É que fico louco quando fica aquela marca preta dos dedos nos encartes ou capas. Cada louco com a sua mania!
Você comentou comigo que as suas bandas preferidas são Motörhead e Ozzy Osbourne. Quantos itens você possui de cada um deles? E o que o atraiu nesses dois artistas especificamente?
Bom, falar em Motörhead para mim é como falar da minha família (risos)! Sou fanático e amo essa banda desde o primeiro momento que a escutei, afinal um dos meus primeiros discos foi o Bomber. Fui inclusive no primeiro show deles, em 1989 no Maracanãzinho, e mais outros três! Tenho cerca de 100 CDs apenas do Motörhead em várias versões européias, americanas, 16 pictures, 30 LPs , fitas K7, isso sem falar nas versões do Bomber, Iron fist, Ace of Spades e Overkill.
E o Ozzy não fica atrás. Amo o Mr Madman também, tenho toda a coleção em vinil - inclusive do Blizzard of Ozz ao The Utimate Sin todos na versão japonesa com OBI. Entre os pictures, o meu favorito é o “Mr Crowley”. Ah, não posso deixar de falar do Speak of the Devil em vinil japonês triplo com encarte - é lindo demais!
O que me atraiu no Lemmy foi a personalidade e, principalmente, o fato de ele nunca ter traído seus fãs. Ou seja, é puro rock and roll! E quanto ao Ozzy, o que mais admiro é a sua persistência ao deixar o Black Sabbath e ter conseguido alcançar o sucesso novamente.
Você também tem a capa do Bomber, do Motörhead, tatuada no braço. Conta pra gente como rolou essa história.
Ah sim, foi com um grande amigo de Brasília, precisamente em 1984. Como é o meu disco favorito do velho Lemmy,nada como deixar no meu corpo para sempre.
Além de Motörhead e Ozzy, você possui também bastante material de grupos como Dio, Venom, Judas Priest, Accept e Metallica, entre outros. Na sua opinião, qual a importância dessas bandas para a música pesada?
Não preciso falar muito, pois o Venom foi o pai de milhares de bandas, assim como o Priest. Minha referência no metal é especificamente os anos 80. Tenho 42 anos e desde os meus 14 escuto esses grupos. A importância dessas bandas, principalmente para a música pesada, é a seguinte: hoje a gente escuta um monte de barulho, mas nada chega aos pés do Venom, e acho muito injusto o não reconhecimento dessa maravilhosa banda. Achei muito legal um dia desses uma entrevista do Kery King dizendo que escuta Venom até os dias de hoje. Cara, isso é demais! Enfim, long live Cronos, Halford, Udo, Lips, Ozzy, Butler, Lemmy, Biff Bifford, Angus, Blackmore, afinal de contas são meus heróis até hoje.
A morte de Ronnie James Dio chocou todo mundo. Como foi pra você?
Cara, ontem mesmo eu estava no meu quarto chorando ouvindo o The Last in Line, lembrando do meu querido irmão Fred, que faleceu nessa época há dezenove anos atrás. Ele amava o baixinho, em específico esse álbum. Foi a pior notícia do ano. Lembro que um grande amigo de Brasília, o Benito, me enviou uma mensagem via celular. Eu fiquei muito triste, chorei bastante. Mas, no fim das contas, Dio não morreu, porque deixou o mais importante em nossos corações que amam o metal, sua linda e inigualável voz. Vou lhe confessar uma coisa: fiquei de luto durante vários dias, ouvindo todas suas obras-primas do Rainbow, Elf, Black Sabbath e banda solo.
Que coleção você conheceu, aqui na Collector´s, que te fez ficar babando de inveja?
Olha, já vi várias nessa seção, mas a que fiquei babando de inveja no bom sentido foi a do Marco Loiacono, colecionador do Motörhead. Um dia eu chego lá!
Qual o item mais raro da sua coleção?
Tenho vários intens raros, mas acredito que seja um CD inglês do Motörhead em formato de lata chamado Britain´s Walt Resort. Essa não tem preço e deu bastante trabalho para conseguir.
Além dos pictures, que outros itens chamam a atenção quando você mostra a sua coleção para as pessoas?
São os meus LPs do Ozzy, todos japoneses com encartes e OBI; uma edição limitada do Bonded by Blood do em vinil de 180 gramas azul; um shape do Dio do Sacred Heart no formato de dragão; um picture do Dio, Lock Up the Wolves, autografado pelo baixinho; e os meus vários EPs do Venom, realmente muito raros – tudo isso sem mencionar os meus discos do Motorhead autografados pelo Lemmy e autógrafos e fotos com os caras do Venom e Exciter naquele show histórico de 1986.
Quais são, pra você, os dez discos de heavy metal que toda pessoa deveria ter em sua coleção?
Pergunta difícil (risos)! Mas vamos lá: Restless and Wild do Accept, Bomber do Motörhead, Holy Diver do Dio, The Number of the Beast do Iron Maiden, Forged in Fire do Anvil, British Steel do Judas Priest, Blackout do Scorpions, Crusader do Saxon, Diary of a Madman do Ozzy e Heavy Metal Maniac do Exciter.
Entre as bandas atuais, quais você ouve e recomenda para os leitores da Collector´s?
Sinceramente, não tenho escutado bandas recentes.
Qual item é seu objeto de desejo, aquele que você sempre quis ter e ainda não conseguiu?
É o picture disc Nightmare, do Venom. Tenho apenas na versão normal.
Qual a importância dos colecionadores para as bandas e para a indústria da música?
Somos os verdadeiros amantes da música, porque gastamos muito dinheiro com os produtos lançados.
O que significa ser um colecionador de discos para você?
Significa prazer, amor, dedicação, a trilha sonora da minha vida.
Fábio, obrigado pela entrevista, e deixe um recado para os leitores da Collector´s Room.
Eu é que agradeço por essa oportunidade, e o recado que deixo é bem simples: long live rock and roll!
Muito bacana a entrevista, começando com o Pé Direito a Collector`s Room.
ResponderExcluirColeção fantástica! Aqueles itens do Motorhead, sem palavras. E a entrevista ficou ótima, com vários detalhes interessantes e ótimas fotos.
ResponderExcluirRaridades , rica em detalhes , fotos fantásticas ...
ResponderExcluirParabéns , sua coleção é espetacular !
Muito boa entrevista e a coleção também é muito lrgal...
ResponderExcluirÓTIMO! Sou de Recife, e acabo de descobrir um bom lugar para visitar: Blackout Discos. Não conhecia, só vou no sebo, livrarias e uma loja especializada que conheço, a Abbey Road.
ResponderExcluirPuta que pariu Fábio!!!
ResponderExcluirTu é mesmo a verdadeira lenda do rock..hehe..parabéns pela coleção
Opa Fabio legal cara???
ResponderExcluirParabens pela entrevista e coleçao... soh li agora.
Assim que comecei a ler e ver as fotos ja me liguei no Motorhead, claro... e apesar de tudo que tenho vejo que tenho muito que garimpar porque vc tem coisas que nao tenho...kkkkkkkkk
Aquele cd na latinha eh um bootleg italiano ;) realmente dificil de achar.
Valeu pela deferencia na entrevista, fiquei lisonjeado.
Sao anos e anos de dedicacao a banda, e ainda muito por vir...
abraçao
Marco Motorhead Loiacono
Fábio, parabéns pela coleção fantástica! Estou mais do que admirado pela quantidade e pela raridade! MUITO BOM!
ResponderExcluirFantastica sua coleção...vc é uma lenda do metal
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