Por João Renato Alves
Cotação: ***
Por mais que diga que não, Udo Dirkschneider deve ter sentido muita pressão ao fazer esse álbum. Afinal de contas, ao não aceitar se reunir em definitivo com o Accept, abriu espaço para a banda achar o vocalista Mark Tornillo e lançar o fantástico Blood of the Nations. Era preciso dar uma resposta à altura, pois as comparações seriam inevitáveis. Partindo de um ponto de vista estritamente pessoal, digo que Rev-Raptor perde no confronto direto. Mas não significa que estamos diante de um disco ruim, muito pelo contrário. Aliás, é possível dizer que ele seja até de mais fácil assimilação na primeira escutada em relação ao play de Wolf Hoffmann e companhia, que traz alguns sons mais longos.
Mostrando que o gogó está em grande momento, Udo manda ver na potente faixa-título, com bela performance. A climática “Leatherhead” traz o baixinho variando vocais limpos e roucos, enquanto a rápida “Renegade” se destaca pelo riff e o refrão, incomum, porém muito bem construído. “I Give As Good As I Get” começa com pinta de balada, mas vai crescendo com o passar do tempo e alternando passagens limpas com distorcidas. O heavy volta em alto estilo com a empolgante “Dr. Death”, um dos grandes momentos do disco, com tudo para figurar entre as preferidas dos fãs. Aquele riff que a gente já sabe que vai encontrar em algum momento surge em “Rock 'n' Roll Soldiers”. Aliás, toda a música é facilmente previsível.
A coisa melhora em “Terrorvision”, onde o estilo Pato Donald irado retoma a linha de frente. “Underworld” traz ótimas linhas de guitarra e uma batida mais cadenciada, enquanto em “Pain Man” notamos timbres mais modernos, sem descaracterizar a proposta. “Fairy Tales of Victory” soa repetitiva e cansada, sensação dissipada pela porrada certeira de “Motor-Borg”, contando com um solo de guitarras gêmeas fenomenal. Uma pegada tipicamente britânica marca o início de “True Born Winners”, faixa que merece destaque. Fechando, “Days of Hope and Glory”,dramática e pesada, com destaque para Francesco Jovino, que conduz o andamento com maestria.
Em determinados momentos Udo abusa dos coros ao fundo, deixando a inevitável sensação de déjà-vu. No saldo final, podemos dizer que Rev-Raptor é um bom trabalho, com alguns momentos acima da média, mas sem a força de outrora. Fanáticos devem correr atrás, de qualquer modo. Mas o veredicto não poderia ser outro senão: Accept wins!
Faixas:
1 Rev-Raptor
2 Leatherhead
3 Renegade
4 I Give As Good As I Get
5 Dr. Death
6 Rock¹N¹Roll Soldiers
7 Terrorvision
8 Underworld
9 Pain Man
10 Fairy Tales of Victory
11 Motor-Borg
12 True Born Winners
13 Days of Hope and Glory
Mostrando que o gogó está em grande momento, Udo manda ver na potente faixa-título, com bela performance. A climática “Leatherhead” traz o baixinho variando vocais limpos e roucos, enquanto a rápida “Renegade” se destaca pelo riff e o refrão, incomum, porém muito bem construído. “I Give As Good As I Get” começa com pinta de balada, mas vai crescendo com o passar do tempo e alternando passagens limpas com distorcidas. O heavy volta em alto estilo com a empolgante “Dr. Death”, um dos grandes momentos do disco, com tudo para figurar entre as preferidas dos fãs. Aquele riff que a gente já sabe que vai encontrar em algum momento surge em “Rock 'n' Roll Soldiers”. Aliás, toda a música é facilmente previsível.
A coisa melhora em “Terrorvision”, onde o estilo Pato Donald irado retoma a linha de frente. “Underworld” traz ótimas linhas de guitarra e uma batida mais cadenciada, enquanto em “Pain Man” notamos timbres mais modernos, sem descaracterizar a proposta. “Fairy Tales of Victory” soa repetitiva e cansada, sensação dissipada pela porrada certeira de “Motor-Borg”, contando com um solo de guitarras gêmeas fenomenal. Uma pegada tipicamente britânica marca o início de “True Born Winners”, faixa que merece destaque. Fechando, “Days of Hope and Glory”,dramática e pesada, com destaque para Francesco Jovino, que conduz o andamento com maestria.
Em determinados momentos Udo abusa dos coros ao fundo, deixando a inevitável sensação de déjà-vu. No saldo final, podemos dizer que Rev-Raptor é um bom trabalho, com alguns momentos acima da média, mas sem a força de outrora. Fanáticos devem correr atrás, de qualquer modo. Mas o veredicto não poderia ser outro senão: Accept wins!
Faixas:
1 Rev-Raptor
2 Leatherhead
3 Renegade
4 I Give As Good As I Get
5 Dr. Death
6 Rock¹N¹Roll Soldiers
7 Terrorvision
8 Underworld
9 Pain Man
10 Fairy Tales of Victory
11 Motor-Borg
12 True Born Winners
13 Days of Hope and Glory
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