Por
Ricardo Seelig
Nota:
9
O
quinto álbum dos norte-americanos do Black Dahlia Murder é,
facilmente, o melhor de toda a sua discografia. A banda liderada pelo
insano vocalista Trevor Strnad apresenta uma evolução estonteante
em Ritual.
Se
o disco anterior, Deflorate
(2009), já era superior
a grande parte da cena atual do death metal melódico, o novo passa
por cima sem dó. Com a voz doentia de Strnad sempre à frente, o
grupo despeja riffs cheios de melodia e muito mais técnicos do que
vinha fazendo anteriormente. Sacadas como o uso de um piano em "Carbonized in Cruciform"
e cordas em "Blood in the
Ink" tornam o conceito das
letras ainda mais forte, como se, ao invés de estarmos escutando um
disco, estivéssemos na verdade assistindo um filme de terror.
No
entanto, o principal destaque de Ritual
são as guitarras. Preste
atenção nos solos, todos donos de uma personalidade própria, como
se fossem pequenas composições dentro das faixas. Em "Moonlight
Equilibrium", por exemplo,
o solo aproxima o heavy metal do jazz, enquanto em "A
Shrine to Madness" o que
temos é uma uma espécie de tributo ao thrash metal oitentista.
Se
antes de Ritual
o Black Dahlia Murder já era uma das mais interessantes bandas do
cenário death metal, com o seu novo disco o quinteto de Michigan
chama para si o protagonismo do gênero.
Em
se tratando de death melódico, vai ser difícil alguém superar os
caras esse ano!
Faixas:
- A Shrine to Madness
- Moonlight Equilibrium
- On Stirring Seas of Salted Blood
- Conspiring with the Damned
- The Window
- Carbonized in Cruciform
- Den of the Picquerist
- Malenchanments of the Necrosphere
- The Grave Robber's Work
- The Raven
- Great Burning Nullifier
- Blood in the Ink
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