Por Ricardo Seelig
Nota:
8
Quarenta
e dois anos de carreira e vinte e três discos de estúdio depois, o
Uriah Heep surge refrescante em Into the Wild, seu novo álbum. O
trabalho apresenta um alto astral e uma leveza de espírito que o
tornam uma obra repleta de energia positiva.
O
play reforça os pontos fortes do Uriah Heep. Estão nele a guitarra
marcante de Mick Box, um dos instrumentistas mais subestimados do
hard rock, sempre adornada pelo teclado Hammond do competente Phil
Lanzon. Os ótimos vocais de Bernie Shaw são um destaque a parte,
limpos e com uma classe difícil de encontrar entre os cantores
atuais.
Into
the Wild é um álbum forte e coeso, gravado por músicos que tocam
juntos há décadas e conhecem a fundo a personalidade um do outro. O
baterista Russell Gilbrook, o caçula da turma, injeta vitalidade às
músicas e mostra-se perfeitamente integrado à banda.
O
Uriah Heep gravou um disco de hard rock com um onipresente clima
'vintage'. Sem qualquer referência moderna ou atual, o que temos em
Into the Wild é apenas rock clássico no melhor sentido do termo. De
uma maneira geral, o álbum traz à mente a sonoridade que o Bad
Company executava em seu período dourado, além de reminiscências
de Led Zeppelin e Deep Purple.
Entre
as faixas, “Nail on the Head”, “Into the Wild”, “Kiss of
Freedom” e principalmente “Trail of Diamonds”, com seu clima
místico e misterioso, se sobressaem das demais.
Com
uma clara orientação para o passado e um impressionante apetite
para continuar vivo no presente, o Uriah Heep registrou um
respeitável disco que presta tributo à sua história e irá cair
como uma luva no gosto dos fãs.
Faixas:
- Nail on the Head
- I Can See You
- Into the Wild
- Money Talk
- Trail of Diamonds
- Southern Star
- Believe
- Lost
- I'm Ready
- T-Bird Angel
- Kiss of Freedom
gostei muito deste do UH..
ResponderExcluirachei um dos melhores, se não o melhor, da discografia dos caras..
e olha q eu ja ouvi a discografia inteira deles..
Inegavelmente é um bom disco, mas melhor da carreira já é exagero.
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