Por
Marcelo Vieira
Seis
anos depois do memorável show de 2005, Judas Priest e Whitesnake
repetiram a dose no último domingo, 11 de setembro, no Citibank
Hall, no Rio de Janeiro.
Com
álbum novo na praça, o excelente Forevermore, David Coverdale e sua
turma subiram ao palco com um mínimo de atraso e já deram início a
patifaria com “Best Years”, música de seu penúltimo trabalho,
Good to Be Bad, de 2008. Não foi um começo dos mais empolgantes. Na
sequência, “Give Me All Your Love”, tocada alguns tons abaixo,
colocou os milhares de presentes para pular e cantar junto.
A
dobradinha com “Love Ain’t No Stranger” e “Is This Love?”,
maiores sucessos do Whitesnake em terras tupiniquins, cativou pra
valer, ainda que Coverdale, fora de forma vocal, deixasse os refrões
a cargo da banda e do público. O vocalista, que não é bobo,
colocou Brian Tichy pra fazer um solo de bateria que parecia
interminável. Reb Beach e Doug Aldrich também tiveram seu momento
no centro do palco em um duelo que fez os guitarristas da plateia
babarem.
De
Forevermore foram três músicas executadas: “Steal Your Heart
Away”, o single “Love Will Set You Free” e a faixa-título, que
foi, de longe, o ápice do show. Com “Crying in the Rain” e “Bad
Boys” limadas de última hora, “Here I Go Again” indicava que o
show estava prestes a terminar. “Still of the Night” e o medley
com “Burn” e “Stormbringer”, do Deep Purple, encerraram o
show que, se comparado ao de 2005, não valeria o ingresso, por mais
afiada que a banda estivesse.
Depois
da 1 hora e meia de Whitesnake no palco, parte do público deixou o
Citibank Hall, a maioria em virtude da dificuldade de conseguir
transporte para voltar para casa de madrugada do fim de mundo que é
a Barra da Tijuca.
Com
Richie Faulkner no lugar de K.K. Downing, o Judas Priest abriu com a
explosiva “Rapid Fire” (de British Steel). No decorrer de pouco
mais de duas horas em cima do palco, Rob Halford, Glenn Tipton, Ian
Hill, Scott Travis e o estreante Faulkner cumpriram a promessa de
tocar pelo menos uma música de cada álbum. Obviamente, Jugulator e
Demolition, gravados com Tim “Ripper” Owens nos vocais, ficaram
de fora.
Algumas escolhas foram óbvias, afinal o que seria um show do Judas sem “Metal Gods”, “Breaking the Law” e “Living After Midnight”? Vale assinalar que o clássico British Steel, que completou 30 anos em 2010, foi o álbum com mais representantes no setlist, totalizando quatro sons tocados. Mas o que levou os fanáticos ao delírio mesmo foram as surpresas. “Starbreaker” (de Sin After Sin), “Night Crawler” (de Painkiller), “The Sentinel” (de Defenders of the Faith) e “Blood Red Skies” (de Ram It Down) pegaram de surpresa os que não tinham conferido o setlist da turnê pela internet.
Faulkner
mostrou entrosamento e imprimiu sua marca nos solos originalmente
tocados por K.K. Downing. Sua presença prendeu os olhares do
público. O palco era um show a parte, com telão animado e vários
cenários remetendo a épocas passadas do Priest. Mas feliz mesmo eu
fiquei com a voz de Halford. Ele pode estar a cara do Kid Vinil, se
movimentar no palco de forma estranha e continuar usando trajes que
causem vergonha alheia, mas, em matéria de voz, o cara faz jus ao
título de “metal god”. A propósito, deu de goleada no show de
2005.
Cara, sério, eu AMEI esse show... Pirncipalmente pelo Judas.
ResponderExcluirEu só comecei a frequentar shows apenas neste ano, mas já vi Iron Maiden e Ozzy. Whitesnake foi bom vê-los em palco e amei solos mas dos quatro shows que fui fui o menos melhor xD. O do Judas foi meu favorito, foi mágico e portanto o primeiro show que soltei a franga e realmente curti pra valer, mesmo que sem um amigo meu que preferiu ver Pearl Jam -.-.
Whitesnake e Judas Priest em 2005 foi o meu primeiro grande show internacional. Preferi o Whitesnake em 2005. O show foi absurdo, com Tommy Aldridge na bateria e David Coverdale com voz ainda potente. Quanto ao Judas, o show do último dia 11 não apenas superou o de 2005 como também entrou para a lista dos melhores shows da minha vida.
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ResponderExcluirApenas uma palavra sobre o show do Judas aqui no RJ: fodastico!! E eu pensando que o Halford não iria cantar bem em algumas musicas como em Victim of Changes ( não alcançar aqueles agudos devido a idade )... me equivoquei totalmente. O velhinho continua cantando muito muito bem ( Blood Red Skies foi lindo ). Ja o Whitesnake fez um bom show so que achei que ao vivo deixa a desejar um pouco. No geral as 2 bandas fizeram um show incrivel mas o Judas se saiu muito melhor que o Whitesnake. Enfim
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