O
heavy metal é belo e magnífico, mas outros gêneros musicais também
são. A liberdade do jazz é inspiradora. A aconchego do blues é
confortante. A alegria do pop ilumina nossos dias. O balanço do funk
(não preciso nem dizer que estou falando do funk norte-americano e
não do ritmo carioca, certo?) pulsa no ritmo da vida. A música
clássica nos carrega através de melodias que nunca serão
esquecidas.
Não
só no heavy metal, mas principalmente nele, percebe-se um
preconceito e uma má vontade gigantesca com outros gêneros
musicais. Essa postura, arrogante, faz com que o fã de metal
acredite ser uma pessoa especial e abençoada por curtir, gostar e
consumir o estilo. Para ele, os outros gêneros musicais não são
dignos e verdadeiros, são todos “comerciais” (para usar um termo
adorado por esse povo) e irrelevantes, não merecendo a sua atenção.
Vamos
pensar um pouco a respeito disso. Falando do jazz, como pode ser
comercial um gênero que não atrai o grande público? Como pode ser
falso um estilo baseado na técnica, na liberdade e na improvisação
de seus instrumentistas? Falando do blues, como não é verdadeiro um
gênero que nasceu para dar voz às dores e anseios de toda uma raça,
traduzindo em notas musicais as suas dificuldades e sonhos? Compor
uma música pop é uma benção divina. Uma boa canção não é
aquela que é “difícil de tocar”, como adolescentes metidos a
músicos acreditam. Compor algo simples, que agrade de imediato e
faça parte para sempre da vida de milhões de pessoas não é para
qualquer um. Criar uma música que, nos primeiros segundos, tira as
nuvens do céu e coloca um sorriso no rosto de quem a escuta, é
quase um dom divino. Há uma enorme contradição na afirmação padrão do fã
de heavy metal, que sempre reclama do preconceito em relação ao
estilo que tanto ama quando, na verdade, ele próprio tem um enorme
preconceito com os demais gêneros.
Pode-se
fazer um paralelo com o mundo real. O metal pode ser representado por
uma cidade belíssima como o Rio de Janeiro. Você pode passar a sua
vida inteira vivendo ali, a escolha é sua. Mas o fato é que,
passando todos os seus dias no mesmo local, você irá deixar de
conhecer outros lugares tão belos quanto. Paris, Nova York, Londres,
Roma, estão à sua espera, assim como outros gêneros musicais estão
aguardando você.
Eu
me recuso a acreditar que uma pessoa com dois ouvidos e um cérebro
no meio, que ame música, não mantenha intacta a curiosidade pelo
novo, o apetite por aquilo que não conhece. Entrar em contato com
novos sons, trazer novos elementos para o nosso cotidiano, é o que
nos faz crescer. Viver trancado, seja em uma pequena cidade do
interior ou dentro dos limites de um gênero musical, é frustrante.
Podemos
fazer outra analogia para exemplificar ainda mais esse atitude. Sabe
aquelas pessoas que crêem cegamente em uma religião, acreditando
tão fortemente em uma ideia, em um conceito, que acabam pegando como
verdade especulações que são claramente espatafúrdicas, como o
anúncio do fim do mundo e a propagação de teorias conspiratórias
sem pé nem cabeça? Um fã radical de um gênero musical não é
muito diferente disso. Crer que existe qualidade apenas no estilo que
você gosta é uma burrice, uma estupidez. Todo gênero musical têm
características e atributos únicos, que o fazem ser diferente dos
demais. Você pode idolatrar o Iron Maiden, por exemplo, e ao mesmo
tempo adorar os Beatles. Ambas são bandas que mudaram a história do
rock, e não entender e admitir isso é não enxergar o que está na
sua frente.
Gosto
pessoal é uma coisa, e cada pessoa não só tem como deve possuir o
seu. Já o impacto e a influência são fatores independentes a isso.
O fato de você não curtir o trabalho de alguém não o torna menos
importante. Quer um exemplo clássico dentro do heavy metal? Virou
clichê todo fã do estilo falar mal do Nirvana. A raiz disso está
no fato de que, ao alcançar o topo das paradas em 1991 com o ótimo
Nevermind, a banda expulsou dos 'charts' os grupos de hard
rock farofa que davam as cartas nas rádios e na MTV na época, em
uma situação semelhante ao que o Sex Pistols e o movimente punk
fizeram com os gigantes do rock progressivo no final dos anos
setenta. Porém, ao culpar o Nirvana pelo ocaso dessas bandas, os fãs
não conseguem enxergar o óbvio: o hair metal sucumbiu aos seus
próprios excessos – novamente, em um caso parecido com os
dinossauros progs, que se perderam em sua própria auto-indulgência.
O visual, os figurinos, o exagero de ícones do hard farofa como
Poison, Warrant e Winger abreviaram a vida do estilo, cansando o
grande público.
Isso
sempre aconteceu com qualquer moda, em qualquer tendência, desde
sempre. Ao sair dos limites de seu gueto e se transformar em um
fenômeno cultural de massa, todo gênero musical, ao mesmo tempo em
que alcança um número muito maior de pessoas, causa desagrado nos
ouvintes que sempre lhe deram apoio. E, ao deixar de ser a bola da
vez, esse mesmo gênero volta para os limites desse universo de
ouvintes que sempre lhe deu apoio e forma a sua base. Foi assim com o
hair metal e foi assim também com o grunge.
A
cegueira causada pelo radicalismo está fazendo com que milhões de
ouvintes, no Brasil e no mundo, deixem de ouvir um dos álbuns mais
intrigantes e originais dos últimos anos. A união do Metallica com
Lou Reed produziu um disco único, dono de uma beleza inquietante
que, infelizmente, não será entendida por uma grande parcela do
público. O motivo disso está no fato de que a maioria dos fãs do
Metallica habita um limbo, um local onde o tempo parou em 1988, no
álbum … And Justice for All. E, desde então, em cada um
desses 23 anos essas pessoas ficaram esperando que a banda lançasse
novamente um disco de thrash metal, um disco “verdadeiro” e “não
comercial”. Já o grupo fez exatamente o contrário,
transformando-se em uma das maiores bandas do planeta com o
multiplatinado Black Album (1991), seguindo o mesmo
direcionamento musical em Load (1996) e Reload (1997)
(álbuns que não apresentam uma ruptura sonora com o Black Album,
mas que, entretanto, são extremamente criticados pelos fãs - a
razão disso está, pasmem, no visual da banda, já que eles
apareceram de cabelos curtos, e não na música em si) e seguindo o
rumo de suas próprias aspirações, que culminaram com o – nesse
caso – justamente malhado St Anger (2003), um álbum sem
pós-produção gravado durante um dos períodos mais problemáticos
da banda – para entender o que eu estou falando, assista o
documentário Some Kind of Monster. O Metallica conseguiu
agradar os seus fãs com o bom Death Magnetic, lançado em
2008, onde soou heavy metal como há tempos não soava.
O
principal erro de quem vai ouvir Lulu é esperar algo na linha
dos três primeiros álbuns do grupo, um som que o Metallica, como
vimos, não executa há mais de duas décadas. O primeiro passo para
absorver a parceria entre Lou Reed e o Metallica é entender que Lulu
é um disco de Reed com o Metallica, e não do Metallica com Reed. O
que isso quer dizer? Isso significa que o direcionamento musical do
álbum segue a evolução da carreira de Lou Reed, e não do
Metallica. Traduzindo: você irá ouvir nas faixas do disco o que
Reed sempre cantou em suas músicas, e não algo como “Seek and
Destroy”. Entendeu ou quer que eu desenhe? Tendo isso claro, a
coisa muda de figura.
Outro
ponto fundamental é a compreensão do conceito proposto. Reed e o
Metallica compuseram a trilha imaginária para uma peça de teatro, e
é preciso ouvir o disco dessa maneira. Aqui, vale um comentário. Ao
analisar qualquer obra artística, o ponto inicial de quem escreve a
respeito é justamente esse: entender o objetivo do autor. Analisar
um disco, um livro, um filme, a partir de outro ponto de vista, é um
erro. Entendendo o objetivo, somos capazes de julgar a qualidade. E
ela pode ser boa ou ruim. No caso de Lulu, um dos pontos mais
complicados, e que dificulta a absorção do trabalho, está na
estrutura das músicas, que não se prendem ao formato padrão do
rock, com estrofe-refrão-estrofe-solo-refrão. As faixas não foram
feitas para serem ouvidas em uma reunião de amigos, por exemplo, mas
sim com outro objetivo: refletir as diferentes nuances e momentos do
um enredo teatral. Dessa forma, as composições variam entre a
euforia absoluta - “Mistress Dread” - e a beleza acolhedora -
“Junior Dad”. A revelação do álbum é justamente essa: uma
jornada pelas emoções humanas.
Você
pode pensar que tudo isso que eu escrevi é uma tremenda bobagem.
Isso seria uma pena. Pense em seus ídolos. O Black Sabbath, por
exemplo. Se a banda voltar com a formação original agora em 2011,
você acha que ela soará como soou em seus álbuns clássicos,
lançados na primeira metade dos anos setenta? É claro que não. Se
Robert Plant aceitasse participar de uma reunião do Led Zeppelin,
você pensa que o grupo faria algo semelhante a Led Zeppelin IV?
Não, não faria. São épocas diferentes, momentos diferentes. Ozzy,
hoje com 63 anos, é um cara muito diferente de quando tinha 25.
Para
ficar ainda mais claro, pense na sua vida. Quantos anos você tem?
Trinta e poucos? Hoje, você certamente não pensa da mesma forma que
pensava quando tinha 14 anos, correto? Sabe porque? Porque você
aprendeu com a vida, foi exposto a diversas situações, amadureceu,
evoluiu. Se isso acontece com você, acontece também com os seus
ídolos. Um músico usa a sua arte para refletir os seus sentimentos.
É por isso que, com quase 50 anos, James Hetfield não é mais o
moleque espinhudo e cabeludo de Kill 'Em All. Ele mudou. A sua
vida mudou. A sua música mudou. Para pior, para melhor? Não sei, só
sei a minha opinião, não a sua.
O
heavy metal sempre será um estilo apaixonante. A variedade de opções
que ele apresenta é magnífica. Porém, está na hora de uma parcela
considerável de seus fãs também evoluírem junto com o metal e
deixarem de agir como fanáticos seguidores de uma religião
extremista. A música é muito mais que isso. A vida é muito mais
que isso.
Belo texto
ResponderExcluirSe pelo menos mudar a cabeça de um já fez sua parte....
certissimo!!!!!!
ResponderExcluiro "metaleiro" se achar a ultima bolacha do pacote, tbm ja ta enchendo, quando eu tinha meus 15/18 anos era só Ramones, acima do bem e do mal....só que encheu, acordei, amo Ramones, mas acima de tudo, hoje eu amo musica, nesse momento em que escrevo estou ouvindo Asia, coletando material do Bob Marley e do Paradise Lost. Bicho, preconceito é ruim em todas as suas formas. Quando a musica é boa, tem que ser tocada!!!!!!
e eu adorei o Lulu.......
Todo artista tem o direito de se expressar musicalmente como preferir. É ousado e louvável quando uma banda não se acomoda após anos de carreira e grande sucesso. Porém, isso não é bem verdade quando se trata do Metallica. Não porque eu seja fã radical da fase inicial da banda, mas porque em sua trajetória o que continuamente demonstraram foi uma imensa falta de personalidade. Quem viu o documentário Some Kind Of Monster sabe disso. O Metallica é uma banda imatura, seus integrantes parecem adolescentes tentando se descobrir. O Ricardo citou o Black Sabbath. Caso a banda se reúna, claro que a sonoridade será diferente, mas não duvido que ainda será Black Sabbath, pois mesmo nos álbuns mais criticados, Tony Iommi sempre imprimiu sua marca. Quando se trata do Metallica, você se pega muitas vezes se perguntando, que banda é essa mesmo? O álbum pode ser bom, mas o motivo de tantos fãs o odiarem logo de cara não é por radicalismo, a meu ver, e sim por estarem saturados das "viagens" da banda. Respeito muito a opinião do Ricardo, que sempre escreve magistralmente, mas a meu ver a banda fez por merecer essa má reação.
ResponderExcluirParabéns, mais uma vez, Ricardo. Belíssimo texto!!!
ResponderExcluirEstava preparando uma dissertação com o mesmo tema para postar no WHIPLASH (hoje, o maior reduto dos temidos Troo bangers). Gosto de provocar essa discussão, tento sempre entrar em diálogo com as pessoas que tem essa visão mais "reta" com relação à música e, em especial, ao metal. Posto notas sobre bandas como Fresno, Nx Zero, 30 Seconds to Mars, entre outras, para cutucar, mostrar que, por mais que eles (os troos) não gostem isso é o rock atual e que eles podem estar perdendo muita coisa boa por causa desse pré-conceito cego (ou surdo?)Porém, ainda não encontrei alguém capaz de levar uma conversa sobre o assunto que vá além dos clichês de "tal banda se vendeu", "pop lixo", "música feita pra tocar na MTV (que sinto ser muito injustiçada em alguns pontos ... ).
Enfim, pude perceber que temos um ponto em comum quanto à música: gostamos de descobrir o novo e não temos o menor medo de nos decepcionarmos.
Um grande abraço!
Sérgio Fernandes
Concordo com boa parte do texto, mas no caso da música pop, a linha entre a "alegria" (expressão, aliás, bem apropriada) e o lixo é bem tênue. Existem clássicos da música pop, que mesmo na penumbra do seu quarto, bem escondidinho, muito metaleiro de carteirinha ouve com prazer. Nessa linha, do pop atual 90% é esse lixo, e aí a gente tem que ser saudosista mesmo, porque muito pop de boa qualidade foi produzido principalmente nas décadas de 60, 70 e 80. A diferença está justamente aí, porque devido à natureza e a raiz da sonoridade dos estilos, dificilmente você ouvirá um mau músico de jazz, ou de blues, ou mesmo de reggae, é um processo de seleção natural mesmo, quem envereda por este estilo sabe que a concorrência é braba. No mais, também concordo com Ives, de fato existem bandas que apesar de boas, passam por fases de pouca inspiração, talvez seja o caso do Metallica.
ResponderExcluirTalvez as outras bandas sejam tão ou mais inseguras que o Metallica... só não tiveram um cara fazendo um documentário e transformando isto em filme....
ResponderExcluirConcordo com o Fábio, inclusive acho que, ao contrário do que falou o Ives, isso sim é ter personalidade. Apresentar os problemas - que toda banda tem - de maneira tão franca como foi no "Some Kind of Monster". Quantas bandas teriam a mesma coragem?
ResponderExcluirLeio diariamente o Collectors Room, acho o site fantástico mas vou tecer uma critica sobre o post acima, embora tenha como estilo de música preferida o Metal, curto também outros estilos e vejo o preconceito musical como algo limitador na formação musical e até cultural das pessoas.
ResponderExcluirNo entanto creio que muitas opiniões quando surgem no meio do Metal ganham contornos de preconceito, quando na verdade isso não ocorre. Alguns exemplos: tenho amigos Headbangers radicais, e mesmo esses, nunca tecem comentários negativos com relação ao Jazz e ao Blues, ao contrário, os fãs de metal normalmente entendem que esses estilos são importantes para o nascimento do que conhecemos como Rock e conseqüentemente do Metal em geral. Falar mal de música clássica para eles é uma heresia quase tão grande quanto falar mal do Deus Metal.
Com relação a música Pop, eu diria que respeita-la, assim como respeitar seus apreciadores é digno e é assim que deve funcionar, mas negar que esse tipo de música é extremamente comercial não é o caminho para que se atinja esse respeito.
Os que acusam Metalheads de radicais ou preconceituosos, muitas vezes fazem isso nutrindo um preconceito ainda maior, imbecilizando os que são fãs da música pesada. Onde o moderno é gostar de Pop, o resto é antiquado, defasado e preconceituoso. Quem seria preconceituoso então?
Se o barato é estar aberto a todos os estilos, qual o problema em estar aberto também ao Funk carioca? Talvez a grande diferença está no fato de que os aprecidadores de música pesada não tem problemas em admitir seu radicalismo e que são realmente fechados a outros estilos.
Mas eu quero chegar em outro lugar, concordo plenamente sobre os retornos do Sabbath ou do Zepellin e sou um dos poucos fãs de Metal que conheço que defendem as experimentações dos novos trabalhos do Maiden e do Opeth, ou seja, não sou o tipo de pessoa que fica esperando sempre mais do mesmo, tanto é que gostei bastante do Death Magnetic do Metallica, embora considere os três álbuns do Metallica como obras primas.
Mas ocorre que existe algo que não pode ser medido, que é a preferência musical das pessoas, eu acho Jazz um estilo chato e ponto. Pode ser importante, relevante e musicalmente falando incrível, mas ele não me atraí, não me passa nenhum tipo de sensação, assim como não me passa sensação nenhuma uma banda tipo Pain of Salvation.
Nutro o maior respeito pelo Lou Reed, principalmente pelo seu trabalho com o Velvet Underground, no entanto não tenho obrigação nenhuma de gostar do Lulu, Tenho obrigação de respeitar quem gosta? Ah sim, com certeza! Mas fora isso posso tecer as criticas que quiser ao disco, e não é pelo fato de que isso não é Metallica! Isso não me preocupa desde que seja um bom trabalho, o fato é que é um disco do qual eu não gostei.
Existe sim um preconceito de gente que não ouviu o disco atirando porque Isso não é Metallica! Isso além de preconceito é burrice, principalmente quando se fala de Metallica que já mostrou que não está preocupado em se prender a seu passado. E existe também pessoas que simplesmente não gostaram do trabalho.
Tenho a impressão que os criticos, e as pessoas que gostaram, sempre justificam seu pensamento contrário com esse argumento: preconceito. E nem sempre isso ocorre!
Abraço
estã crucificando o metallica por um disco do "Lou Reed", com a participação especial do metallica, sinceramente, o metallica tem algumas musicas ruins, mas gosto de todos os albuns (minha opinião) load e reload foram injustamente injustiçados, sem sombra de duvida, fuel, the memory remains, mama said, hero of the day...até St. Anger tem seus méritos, quiseram ousar, soar grunge, mudar afinação da guitarra, diminuir o kit da bateria, soar somples, se querem criticar, critiquem aquela musica horrivel do missão impossivel 2.....meu Deus!!!!!!! abraço a todos!!!!!!!!!!
ResponderExcluirÉmerson, seu comentário é ótimo, muito obrigado por postar. Sobre o fato de você não gostar de jazz, é o que eu falo no texto: cada um tem o seu gosto, e pronto. Mas, mesmo dentro de nossas preferências, temos que ter a capacidade de respeitar o que é relevante.
ResponderExcluirÉ por isso que um gênero musical como o funk carioca, por mais que seja o veículo para exteorizar a voz de todo um público, de toda uma classe social, acaba não sendo respeitado por não ser artisticamente relevante. Ele não soma nada culturalmente, não há nada ali que acrescente à música como um todo, entende? Até a sua origem não é original, já que as batidas foram surrupiadas do Miami Bass.
Eu acho que os fãs de metal, em sua maioria, são conservadores não só na música, mas em vários aspectos de suas vidas. Posso estar errado, mas cheguei a essa conclusão analisando as centenas de pessoas com quem tive contado em todos esses anos não só de ouvinte, mas também de crítico do gênero.
Valeu pelo comentário, mais uma vez.
Olha Ralf, eu já acho "I Disappear" um sonzão, além de ser o melhor clipe do Metallica (rs).
ResponderExcluirRicardo,
ResponderExcluirÓtimo texto, novamente, e concordo sobre o gosto de cada um. Eu não sou muito de escutar jazz, mas sei da importância. Mas gostaria de colocar uma questão, falaram aí do funk carioca, que realmente não tem importância artistica. Mas e alguns sambistas, como Cartola, Noel Rosa, Demonios da Garoa e até mesmo Zeca. Ou outros nomes da MPB como Roberto Carlos, Jorge Ben, Tim Maia, Milton Nascimento, etc. Talvez não seja o som que vc curte, mas acho que devem também ser respeitados e não marginalizados pelos rockeiro no geral, pq por mais que não gostemos, eles tem qualidade.
Abs,
Eu acho que quando falamos dos metaleiros de cabeça fechada não estamos nos referindo aos metalheads que são pessoas que curtem metal.... o Ricardo Selig, por exemplo, é um dos caras mais Metalheads que eu conheço... é só ver a lista que ele publicou no Rate Your Music contendo mais de 500 albuns para se entender a evolução do METAL .... existe sim uma crítica muito ferrenha ao tipo que defende o METAL como se fosse a única forma descente de expressão artística na música... e pior ainda... apenas uma fórmula de METAL é a certa...as outras são apenas lixo vendido... música POP ...
ResponderExcluirNo mais a definição de POP é algo bem subjetivo.... Não seriam IRON MAIDEN e METALLICA bandas POP ? se usarmos a interpretação da popularidade elas certamente caberiam nesta definição....
Excelente texto como de praxe Cadão, só gostaria de fazer uma observação que não muda em nada sua linha de raciocínio: posso estar enganado mas eu acho que o que afundou o barco-prog não foram os punks mas sim a disco-music, este último me parece um movimento de massas que varreu tudo que existia até então no maistream na face da Terra, influenciando inclusive os próprios progsters (muitos passaram a fazer um som mais "balançado"...)
ResponderExcluirSocram, acho que você está correto, sim. O movimento punk foi uma resposta aos exageros do prog, mas quem realmente tomou conta as paradas foram os artistas de disco music.
ResponderExcluirAh, acabei de enviar para o Whip, Socram. Vamos ver as pedradas que eu vou levar, como sempre (rs).
ResponderExcluirsim Ricardo, o clipe é foda!!! kkkk, agora, sobre o comentario do Ivan, eu gosto de todos os nomes que vc citou, escuto Roberto Carlos, e em seguida coloco no meu som Napalm Death, o importante é gostar de musica, e tudo isso é musica de qualidade, funk carioca chega a ser prejudicial, com suas letras baixas, mas samba de gafieira e mpb representa a historia do nosso pais e não pode ser esquecida nunca.....
ResponderExcluirIvan, sobre o seu comentário, Cartola, Noel Rosa e Demônios da Garoa são geniais. O samba, se formos pensar, é uma espécie de blues aqui do Brasil, já que, como aconteceu nos EUA, ele foi o gênero que deu voz a toda uma raça.
ResponderExcluirDo Roberto Carlos, gosto muito dos primeiros discos, até a metade da década de 1970. Depois disso, acho que ele foi ficando gradativamente cada vez mais romântico no mau sentido, beirando o brega. Mas ele tem álbuns geniais lançados nos anos 60 e 70.
Tim Maia e Jorge Ben são dois dos meus artistas favoritos, mas também curto apenas o que eles fizeram durante os anos 60 e 70. Enquanto Tim revolucionou ao inserir elementos do soul e do funk em sua música, algo até então inédito aqui no Brasil, Jorge Ben inventou todo um novo gênero, virando de cabeça para baixo o modo de tocar o samba.
Você já ouviu o disco Tábua de Esmeraldas, lançado por Jorge Ben em 1975? É espetacular!
Não ouvi esse disco não Ricardo, vou procurá-lo. Mas vc entendeu o sentido que eu queria dizer perfeitamente.
ResponderExcluirIvan, pra você conhecer, essa é uma das melhores músicas do Tábua de Esmeralda:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=MV2XufdMb78
O legal desse disco do Jorge Ben é que ele é bem psicodélico. Ouça!
um disco deve ser ouvido por si mesmo, nao me interessa o que lou reed ou o metallica quiseram dizer com lulu! se eu gostar do disco quando for ouvi-lo, ele sera por mim elogiado, se quando o disco rolar eu nao suporta-lo, por mim ele sera malhado, simples assim...a musica deve ser sentida e nao compreendida, deixo esta tarefa inutil para os criticos "cabeca"!
ResponderExcluirVirgilio / Chico, não falei que o Metallica não possui coragem, mas confundir coragem ou até mesmo atitude com personalidade é um absurdo. Falo de personalidade no sentido de identidade, das características intrínsecas à banda que a tornam o que são. Isso falta ao Metallica, uma vez que a banda se volta para qualquer lado, por qualquer motivo. Seja lançando um álbum comercial sem solos, seja colaborando com um rocker experimental, nada disso me soa autêntico. É diferente de um Opeth que lança um álbum voltado ao prog depois de todo um processo de evolução musical, por exemplo. Não critico a experimentação em si, critico o Metallica, que considero uma banda supervalorizada e que faz por merecer as reações negativas que causa.
ResponderExcluirOlha Ives, supervalorizado o Metallica não é, já que os seus cinco primeiros álbuns são profundamente influentes. Do Kill 'Em All ao Blacl Album, os caras tiveram um impacto gigantesco, então não dá pra dizer que existe uma supervalorização da obra da banda.
ResponderExcluirEu não entendo...
ResponderExcluirTudo no Metallica é superdimensionado...
Do jeito q falam parece que um disco é de axé....o outro de trance...o outro de jazz....
Mudar eles mudam.... mas nunca deixaram de fazer rock pesado.... acho que esta que é a essência não ?
Acredito que esse tipo de preconceito não aconteça só com quem escuta metal. Ouvi uma parte do Lulu e gostei. Mas além da música, da parte instrumental e da maneira que Reed canta quem ouve deve dar atenção às letras, à parte gráfica, ou seja, analisar a obra em sua totalidade.
ResponderExcluirHoje temos acesso à informação como eu jamais imaginei na minha época de moleque que ia em livrarias ou banca de jornal para tentar descobrir alguma coisa diferente sobre as bandas que eu gostava (e continuo gostando) e conhecer outras .Além do preconceito, penso que hoje devido à facilidade com que temos acesso à informação tudo se torna muito superficial. O cara escuta um mp3 e se contenta com isso.
Bandas como Metallica, Iron Maiden, Black Sabbath, Deep Purple e outras não vão lançar outro Master of Puppets ou Machine Head e isso é bom porque lançar um álbum só pra cumprir tabela não acrescenta nada. Concordo com o Ricardo quando ele fala sobre o lance da curiosidade de buscar o novo.
Acesso o blog todo dia e mais de uma vez ao dia e descobri um monte de banda boa aqui e um monte de coisas que não me agradou, mas ao menos eu ouvi e posso dizer que ouvi e não gostei.
Entre outras coisas são matérias como essas e ler os comentários como o que o Emerson fez acima que me fazem acessar o blog todo dia.
Belo texto Seelig, não tenho mais nada a acrescentar senão bater palmas. Se esse texto mudar a cabeça de um "headbanguer" já está de bom tamanho!
ResponderExcluirRicardo, reconheço o valor indiscutível dos cinco primeiros álbuns da banda. Mas após eles não houveram momentos de genialidade. St. Anger foi o álbum mais vendido dos Estados Unidos e de vários outros países do mundo, foi multi-platinado. O que tem naquele álbum que mereça tudo isso? Nem o maior dos defensores vai achar uma razão. O nome da banda se tornou muito maior que a música que produz; eles criaram obras de arte, sem dúvida, mas depois passaram a viver só do legado que possuem, apresentando álbuns sem brilhantismo. Por isso falo que é supervalorizada. É mais ou menos como o Iron Maiden na época do A Matter Of Life And Death, que tocava aquele álbum medíocre quase na íntegra e ainda assim tinha os shows esgotados. Ninguém discute a relevância histórica da banda, mas que naquele momento houve um grande exagero, isso houve.
ResponderExcluirBela matéria Ricardo, eu me considero um fã radical, mas antes de falar de uma banda eu ouço primeiro.Minha prefêrência é o heavy metal, minha banda preferida é o Iron Maiden e Black Sabbath, mas gosto muito de progressivo como Yes.
ResponderExcluirVoce citou o funk americano, eu não gosto deste estilo, mas quando o mestre, a voz do rock, Glenn Hughes, mistura este estilo com rock e soul, a música se transforma em mágica.
É só ouvir, "Play Me Out" ou "F.U.N.K", discos competentes, que não perdem a proposta, que é o rock.
Mas não teve jeito, não gostei do "Lulu", não vou entrar em detalhes, mas achei que não combinou, falta de empatia talvez.
Mas o heavy metal é assim, grande parte desse público é radical mesmo.
bombo o texto hein!!, texto bom é assim, gera debate, bons dialogos, incognitas......mais uma vez parabens Ricardo, por esse grande feito!!!!!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu acho que no geral quem curte mais metal tem pouca paciência e preconceito para tentar gostar de outros estilos, e quem curte mais pop / indie / sertanejo / samba também os têm com o metal...
ResponderExcluirCurto rock pesado desde a adolescência (e era um adolescente metaleiro chato!!), mas sou grato por poder ouvir e curtir, hoje, um som do Itamar Assumpção, da Zola Jesus (ouçam essa mulher!!), dos Originais do Samba, Emicida, Justice ou até mesmo do Guilherme Arantes (sim... e daí..), porque deixei de ter preguiça e fui pesquisar um pouco!!
Abraços e belo texto Ricardo!!
Particularmente não gostei do Lulu, mas respeito a individualidade de quem gosta.
ResponderExcluirUma coisa que eu acho equivocada é que tem muita gente, inclusive de blogs bem famosos da cena metálica, malhando o trampo como se fosse o novo disco do Metallica, sendo que os próprios integrantes já deixaram bem claro que não, esse é um trabalho à parte e não integra a discografia da banda.
Sendo assim, simplesmente olho pro Lulu como sendo um trabalho que, depois de ouvido, não me despertou aqueeeeele interesse de repetir a audição, mas nem por isso vou compará-lo com o Kill'em All, não tem cabimento.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTive a curiosidade de ouvir "Lulu", mas não gostei. Basicamente por não ser a minha onda. Isso faz de mim um radical? acho que não.
ResponderExcluirAgora eu nunca ví algum "metaleiro" dizer que Jazz é comercial. Por mais idiotas que existam no mundo, não creio que alguém que "vista preto" pense isso. Se existir por gentileza, internem essa pessoa, pq ela obviamente não bate bem; e aí estaremos falando de uma pessoa não sã.
Então, acho que o exemplo citado não cabe.
De resto a critica é bem pertinente.
Apenas acho que muitos fãs do Metallica estão encarando esse disco como o "novo do Metallica" e, de fato, é um grande erro da parte deles.
Cara,
ResponderExcluirAcredito que pessoas que se mantem presas a um único estilo não gostam de 'Música'. Quem 'ama' e gosta muito de música sabe muito bem da necessidade 'natural' que o ouvido tem de escutar bons sons! EU não sei o de vocês, mas o meu ouvido tem uma 'fome' por sons muito grande!
Jah escutei muito Heavy Metal e hoje em dia escuto Música Eletrônica...
Você pode ouvir o que quiser, isto não te faz mais ou menos fã de metal. Não precisamos gostar de LULUs para ser apreciadores de boa música, os beatles não precisam ter feito parte de nossa infância. Basta ouvirmos o que gostamos e pronto. Se um CD não te agrada, ok... você ouviu, a sonoridade ou algo não te agradou e pronto.
ResponderExcluirSer fã é ouvir e gostar do que te agrada. Esse é meu ponto de vista.
Por curiosidade: ouvi o LULU, respeito Lou Reed, acho legal que o Metallica tenha tentado algo com ele, só que o CD não me agradou musicalmente. Para mim não rolou "click" entre as partes... não é isso que vai me fazer deixar de gostar de Metallica.
Acho que muitos se preocupam com conceitos pré concebidos, e esquecem que o importante é a sensação boa que uma música legal provoca em você quando a escuta, independente do momento. :)
Rafael, todo mundo pode gostar ou não de um disco. Isso chama-se gosto pessoal, como relatei no texto. Agora, o que eu penso é que, independente de gostar ou não de um álbum, não se pode censurar o direito de um músico de gravá-lo do modo que bem entender.
ResponderExcluirEsses dois pontos de vista se aplicam perfeitamente a Lulu: você não precisa gostar do álbum, mas isso não dá o direito a ninguém de reprovar a iniciativa dos artistas por lançá-lo, saca?
Abraço, e obrigado pelo comentário.
Ótimo texto, Ricardo, parabéns! Traduziu exatamente o que pensei desde os primeiros trechos do Lulu que saíam na net. Via todo mundo dizer "Isso não é Metallica", "Deviam tirar esse tal de Lou Reed, ficaria ótimo sem ele", gente? Oi? É um projeto DELE? Nós, fãs de Metallica, pelo menos aqueles que considero fãs, estamos orgulhosos da banda, independentemente se gostaram do disco, ou não. Porque se mostraram competentes e inovadores mais uma vez, além da honra de entrar num projeto com Lou Reed. Mas por melhor que seu texto seja, não acredito que vá fazer alguém pensar diferente: se a mente deles não mudou depois de 30 anos, não mudará agora.
ResponderExcluirAcho que a grande burrice é mesmo achar que o disco é do Metallica, como já bem disseram aqui mesmo. A banda já deixou claro que não é um disco novo deles
ResponderExcluir.
Eu não conheço a carreira do Lou Reed, ouvi algo de Velvet Underground, mas não posso dizer que estou familiarizado com o som do cara. Então, creio que pra entender um pouco mais o Lulu, eu deveria ouvir os trabalhos anteriores do LOU REED, não do Metallica. Assim, nem ouvi o disco inteiro ainda, só alguns pedaços e devo confessar que estranhei um bocado. Mas jamais sairia falando algo negativo sobre o Metallica, por que já saquei, o disco não é deles.
Só um ponto: Eu tenho um background totalmente metal e já fui muito, mas muito radical na vida. Hoje em dia já sosseguei e curto de tudo, tenho curiosidade e me interesso em ouvir de tudo e, se gostar, viro fã. Mas mesmo nos tempos mais radicais, sempre gostei e respeitei música erudita, jazz, blues, pop, soul e mpb, desde que bem feitos, obviamente. Não conheci pessoas fechadas a ponto de não reconhecer o valor desses estilos...
Se a molecada de hoje em dia piorou mesmo tendo acesso a todo tipo de música pela internet, então só posso lamentar mesmo.
Ah, e parabéns pelo texto Ricardo!
ResponderExcluirMesmo no "Splash", a coisa bombou!!!
Ricardo, parabens pelo texto. Sempre leio os posts mas essa vez resolvi comentar por ter uma opiniao muito proxima a sua, e ver que nao sou o unico a pensar dessa forma. Gosto muito do Metallica em TODAS as fases e sempre sou criticado por isso mas, nao to nem ai, nao vou mudar meu gosto e opiniao em funçao de criticas dos outros. Entendo que a banda evoluiu musicalmente e o Black Album eh sem duvida, um dos melhores de todos os tempos. Estou com 37 anos e acho q tb evoluí musicalmente nos ultimos anos. Com o passar do tempo, ouvi novas e velhas bandas fora do Heavy Metal e gostei. Isso nao quer dizer que "deixei" de ouvir Metallica e Maiden por exemplo, e sim que, como fez em sua analogia, conheci novas e belas cidades. Com relacao ao Lulu, pelas previa que ouvi concordo com voce mas vou esperar ateh receber o vinil para tranquilamente ouvi-lo em meu som. Mais uma vez, parabens pelo texto que vou cita-lo em meu site. Abraços!
ResponderExcluirO texto é bom eu concordo pelo fato De conhecer a carreira solo de Lou Reed embora confesso que achei estranho essa parceria mas quando abri o cd e coloquei para tocar levei um susto com tamanha qualidade da obra gostei muito.
ResponderExcluirQuando essa parceria foi anunciada eu já sabia que ia ser feito algo na linha do Lou Reed.
Seria insensato esperar algo diferente e achar que os caras vão voltar para o passado e repetir o que já foi feito seria muito chato ouvir os clássicos requentados e por isso que eu gosto do Death Magnetic.
Mas só tem um defeito essa matéria é que ela generaliza quando fala que os fãs de heavy metal se sentem especiais, abençoados e etc o que não é verdade porque eu não sinto assim não.
Muito, muito bom texto!
ResponderExcluirNuma opinião muito pessoal, se me permitem, não gosto dos discos do Metallica após o And Justice for All, mas não está ligado a nenhum fator da banda (mesmo com declarações de Lars e dos outros), mas apenas ao gosto mesmo. Detestei o Lulu, ainda mantendo o que citei antes, mas bem sei que ele é um disco colaborativo e o ônus não se pode jogar nas costas de um ou de outro, mas de ambos, se for o caso.
Não ouço só Metal desde 1989-1990, ainda bem, e largar o radicalismo foi uma das melhores coisas que já fiz na vida.
Já tive a honra de escrever no Collector's Room meu depoimento sobre isso, e por experiência de vida, posso assinar o texto embaixo sem medo, e uma coisa que digo:
Ouçam o disco sem medo ou idéias. Gostou, compre; não gostou, apenas diga 'não gostei!', e pronto, pois é resposta suficiente. Tentar justificar o gosto denuncia algo errado.
Nossa.... Seu texto lavou a minha alma....
ResponderExcluirConcordo completamente contigo...
Na minha opinião o album Lulu é uma obra prima...e o James Hetfield é definitivamente um grande músico... assim como Lou...cada um a sua maneira....
Tenho 36 anos...fui Metaleira na adolescencia...em genero...numero e grau(rs)...mas hoje...com mais vivência e experiencia...gosto de MÚSICA...sem descriminar nem recriminar ninguém...
Tudo isso me lembra muito a letra de EYE OF THE BEHOLDER.... ;)
olhem só:
ResponderExcluirhttp://whiplash.net/materias/news_842/148996-metallica.html
"Metaleiro" é um povo ridículo. Infelizmente. E apesar deste acertado texto, lembro que este blog me decepcionou ao não incluir "Lulu" entre os melhores do ano em NENHUMA de suas listas. Não era "obrigado" a isso, claro... mas achei uma falta, parecia que ninguém queria se "queimar" elegendo a obra...
Acho corretíssimo esse ponto de vista do radicalismo dos fãs de heavy metal, é totalmente ridículo para nós q justamente reclamamos muitas vezes da falta de espaço para o metal no cenário. Mas, mesmo tendo isso em mente, continuo achando o Lulu uma grande cagada. Pra mim, na maioria das vezes, uma musica terá algum apelo se eu conseguir algum tipo de conexão emocional com ela, e se pra gostar de Lulu o ouvinte precisa fazer uma análise minuciosa, entender as nuances, pesquisar sobre a peça de teatro, entender inglês e outros fatores, pra mim a música não terá aquela mágica, e de fato não teve. Mesmo já tendo passado um bom tempo em q isso foi postado resolvi comentar pq achei mto pertinente o q foi escrito, parabéns pelo texto!
ResponderExcluirBaita texto cara. Pra mim existem apenas dois gêneros de música: boas e ruins.
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