Conheci o Adriano este
ano, através do seu trabalho no Coisa Pop. Curti a sua maneira de
escrever, e o convidei a colaborar também com a Collector´s Room
com os seus ótimos textos sobre sobre rock, pop e cultura pop.
Nome conhecido com
artigos publicados em diversos sites respeitados de todo o Brasil,
Adriano listou os seus 10 melhores discos de 2011. Confira a lista,
vá atrás do que você não conhece e deixe a sua opinião nos
comentários:
The Decemberists –
The King is Dead
Depois
do fraco e infeliz Hazards
of Love,
de 2009, o Decemberists retornou com um grande disco permeado com
canções com melodias grudentas e que remetem principalmente ao folk
e ao country. “Don't Carry It All” e “Down by the Water” são
destaques de um álbum que emociona e entristece quase que na mesma
medida, e tem o mal de não conseguir sair do som.
Twilight Singers –
Dynamite Steps
Angústia.
Tensão. Desespero. Dor. Palavras que sempre habitaram a música de
Greg Dulli (Afghan Whigs) aparecem com força total no novo trabalho
de sua atual banda. Como de costume, a sonoridade alia as influências
do rock alternativo americano com a forte paixão pelo blues e soul,
para construir momentos sublimes como a dobradinha de “On the
Corner” e “Gunshots”. Discão.
R.E.M. - Collapse
Into Now
Meses
antes de anunciar o fim da banda, Michael Stipe, Peter Buck e Mike
Mills desembarcaram com um trabalho contendo um pouco de cada coisa
que fizeram nos 30 anos em que tocaram juntos. Um registro quase
perfeito. Faixas como “Discoverer”, “Mine Smell Like Honey”,
“That Someone is You”, “Überlin” e “Blue” são pequenas
amostras de como a banda fará falta ao cenário do rock.
Foo Fighters –
Wasting Light
Em
Wasting
Light,
Dave Grohl abusou. Gravou na garagem de casa em modo analógico e
chamou Butch Vig para produzir. Fez o guitarrista Pat Smear retornar
ao grupo e convidou o velho parceiro de Nirvana, Krist Novoselic, e o
ex-líder do Hüsker Dü, Bob Mould, para participar. O resultado é
um baita disco de rock com faixas potentes como a tríade
“Arlandria”, “These Days” e “Back and Forth”.
Roddy Woomble –
The Impossible Song & Other Songs
Roddy
Woomble (Idlewild) concluiu o seu segundo trabalho solo apoiado em
violões, violas, pianos, banjos e bandolins. Melancolia e um suave
otimismo caminham juntos em faixas como “Between the Old Moon” e,
principalmente, em “Gather the Day”, uma daquelas canções que
quase conseguem tocar o céu. Um álbum para deixar o mundo um lugar
melhor. Nem que seja somente por uns minutos.
Noel Gallagher –
Noel Gallagher’s High Flying Birds
Estreia
solo da parte mais talentosa do Oasis. Belas harmonias preenchidas
com violões, orquestrações, pianos, solos breves de guitarra e até
mesmo metais. Contêm momentos magistrais como “Dream On” e
“AKA... Broken Arrow”, além de “The Death of You and Me”,
uma das melhores faixas de 2011. Mesmo não sendo o gênio que
imagina ser, Noel continua mandando muito bem.
Black Lips –
Arabia Mountain
O
Black Lips é uma daquelas bandas que preza a palavra diversão com
todas as suas forças. Caracterizados pela tosquice e pela energia,
careciam de uma melhor burilada no som. Isso veio com Arabia
Mountain.
Produzido por Mick Ronson, leva a banda dois degraus acima de uma vez
só. “Family Tree”, “Raw Meat” e “Modern Art” são os
destaques de um disco para se ouvir frequentemente.
The Pains of Being
Pure at Heart - Belong
Depois
de uma estreia surpreendente em 2009, Kip Berman, Alex Naidus, Peggy
Wang e Kurt Feldman fizeram outro ótimo trabalho em 2011. Belong
exala as influências do grupo de maneira indefectível, mas é na
sua totalidade um registro melhor e mais completo. Tipo de disco para
colocar no som e deixar tocar sem pressa por horas. Escute “Heart
in Heartbreak”, por exemplo, e tente se livrar depois.
Ry Cooder – Pull
Up Some Dust and Sit Down
Mais
conhecido pelo seu trabalho no documentário Buena
Vista Social Club,
de 1997, Ry Cooder lança aos 64 anos um disco calcado nos anos 30 e
40, com o blues e o folk como matrizes principais ,e obtém um
resultado excelente. Tocando guitarra, banjo, viola, violão e
teclados, Cooder elaborou faixas poderosas como “No Banker Left
Behind”. O velhinho ainda dá um forte caldo.
J Mascis – Several
Shades of Why
O
líder do Dinosaur Jr. embarcou em um disco solo e chamou amigos como
Kevin Drew (Broken Social Scene), Ben Bridwell (Band of Horses) e
Suzanne Thorpe (ex-Mercury Rev) para tocar com ele. São 11 faixas
com clima essencialmente acústico, o que pode ser confundido com
doçura e suavidade, quando trata exatamente do oposto. Um álbum
sobre dramas e perdas embalados em bonitas melodias.
E mais 5 menções honrosas
de 2011:
Adele – 21
US3 – Lie, Cheat and
Steal
Chickenfoot – III
Stephen Malkmus and The
Jicks – Mirror Traffic
Wilco – The Whole
Love
Valeu Ricardo. Foi um prazer entrar no time da Collector's esse ano também.
ResponderExcluirO prazer foi meu, pode ter certeza disso.
ResponderExcluirVivendo e aprendendo! tem algumas coisas bem legais nessa lista que eu não conhecia.
ResponderExcluiruma dica minha: uUm album de 2011 que vale a pena escutar é o Unconditional da Ana Popovic. Um baita cd de blues/rock , com ótimas guitarras!
Esse segundo disco do The Pains Of Being Pure At Heart também é uma delícia. As quatro primeiras faixas são viciantes!
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