O Júnior tem se destacado nos últimos tempos como um dos melhores redatores do Whiplash, o maior site de rock e heavy metal em língua portuguesa. Por isso, o convidei para que listasse para os leitores da Collector´s quais seriam, na sua opinião, os melhores discos do ano.
Acomode-se na cadeira, leia atentamente e diga o que achou das escolhas do Junior nos comentários.
Machine Head – Unto the Locust
Realmente o Machine Head está em uma fase iluminada. Embora produza material novo à base da manivela, desde o lançamento de Through the Ashes of Empires (2003) a banda vem numa crescente impressionante, passando pelo aclamado (e excelente) The Blackening (2007) e chegando agora ao auge de sua criatividade com este espetacular Unto the Locust, seu melhor trabalho até hoje. E o melhor disco de 2011 é thrash metal moderno em sua essência, pesado e muito cativante, repleto de riffs e melodias incríveis, sendo indispensável para qualquer fã do estilo.
Arch / Matheos – Sympathetic Resonance
Essa nova banda formada por John Arch e Jim Matheos, dupla responsável pelo sucesso dos primórdios do Fates Warning, realmente me surpreendeu. Não sou dos maiores fãs do FW, mas o nível deste trabalho é impressionante, alternando passagens pesadíssimas e intrincadas com outras mais emocionais de forma incrível, além de trazer interpretações vocais excepcionais de Arch. Além disso, o baterista Bobby Jarzombek dá um show de técnica e precisão.
Iced Earth – Dystopia
Após encontrar em Stu Block um vocalista à altura do lendário Matt Barlow, John Schaffer forjou mais uma obra-prima na carreira do Iced Earth. Dessa vez menos épico e experimental que seus antecessores, Dystopia mostra a banda como nos velhos tempos, com canções pesadas e agressivas, repletas de melodias carregadas e grudentas, sendo seu melhor trabalho desde Horror Show (2001).
Anthrax – Worship Music
Depois de 8 anos sem um álbum de inéditas, e tendo passado por diversos problemas com vocalistas, o Anthrax retornou com Joey Belladonna nas vozes, lançando um disco digno de sua grande carreira, com músicas energéticas, resgatando seu velho thrash metal que marcou época, aliado a novas influências que enriqueceram ainda mais suas canções.
Symphony X – Iconoclast
Após atingirem o auge de sua criatividade com o espetacular Paradise Lost (2007), estes americanos mostraram este ano que ainda têm muito a acrescentar no meio metálico, lançando um álbum ousado, aliando peso, técnica e grandes melodias na medida certa, e com Russel Allen mostrando o porque de ser considerado um dos melhores vocalistas da atualidade.
Amon Amarth – Surtur Rising
Os vikings mais competentes do metal lançaram este ano um de seus melhores trabalhos, repleto de peso e passagens épicas memoráveis, conseguindo aliar melodias fantásticas com a agressividade característica do death metal.
Edguy – Age of the Joker
Finalmente o Edguy voltou com um disco grandioso. Ainda com fortes influências de hard rock, a banda conseguiu dosar essa sua nova fase com alguns elementos de power metal melódico sem soar forçado, graças às habilidades do compositor e vocalista Tobias Sammet, criando músicas marcantes e de fácil assimilação. Um disco que recoloca a banda nos trilhos.
Dream Theater – A Dramatic Turn of Events
Sinceramente, você pensou que algum dia ouviria um disco do Dream Theater sem a presença de Mike Portnoy? Mas a banda não só mostrou que conseguiu superar a saída de um de seus membros mais importantes como lançou seu melhor álbum em anos, com todos os elementos que os fãs gostam: peso, belas melodias e longas passagens complexas e intrincadas, além de maior destaque para os teclados de Jordan Rudess. É a essência do metal progressivo.
Krisiun – The Great Execution
Chega a ser impressionante como os gaúchos do Krisiun conseguem se reinventar a cada trabalho, sem perder a essência do brutal e técnico death metal que praticam. Dessa vez menos velozes, mas não menos extremos, e com forte influência de thrash metal, lançaram mais uma obra-prima, reforçando ainda mais a sua posição como melhor banda de death metal da atualidade.
Ghost – Opus Eponymous
A grande revelação do meio metálico dos últimos tempos lançou seu debut repleto de mistério acerca de seus integrantes, mas mesmo assim conseguiu atrair a atenção da quase unanimidade dos fãs do gênero. Com elementos que vão do rock setentista ao doom metal, passando pelo heavy metal tradicional, a banda cativa logo na primeira audição, inclusive impressionando a contradição entre os temas obscuros tratados em suas letras e as harmonias belas e simples apresentadas.
2011 foi realmente um ano excelente para os fãs de música pesada, com muitos lançamentos de qualidade. Por isso, ficam ainda as menções honrosas para outros grandes discos: Deicide - To Hell With God, Sepultura – Kairos, Decimator – Bloodstained, Havok – Time is Up, Santarem – No Place to Hide, Venom – Fallen Angels, Almah – Motion, Evile - Five Serpent's Teeth, Royal Hunt – Show Me How to Live, Shadowside – Inner Monster Out e Onslaught – Sounds of Violence.
Previsivel, mas porém super coerente a lista. Esse ano parece que Machine Head e Anthrax figurarão no topo mesmo...
ResponderExcluirO Symphony X tá foda tb...puta fase, se superando a cada disco!
Cadão... vai ter lista não focada no metal ????
ResponderExcluirIsso não é critica não...só curiosidade pq to ansioso ?
Abraço
Eu não ouvi todos da lista acima, mas a minha lista de melhores de 2011 - e não focada no METAL - é:
ResponderExcluir1 - Dream Theater - Dramatic Turn of Events
2 - Steven Wilson - Grace for Drowning. Steven Wilson tem uma capacidade incrivel para compor.
3 - Opeth - Heritage. Bem progresivo, com timbres anos 70, lembra Tull, Focus, King Crimson e até Zappa.
4 - Yes - Fly from Here. Ótimo retorno da banda.
5 - Anathema - Falling Deeper. Um belo disco instrumental, bem calmo e tranquilo.
6 - Haken - Visions. Heavy e prog bem misturados.
7 - Derek Sherinian - Oceana. Outro bom músico com dom para composições.
8 - Blackfield - Welcome to My DNA. Olha o Steven Wilson de novo !
9 - Chickenfoot - III. O som lembra o bom Van Halen.
10 - Rolling Stones - Some Girls. O CD extra com musicas inéditas vale o disco.
De Metal, gostei dos não citados Arch Enemy (Khaos Legions), Mastodon (The Hunter) e Megadeth (13).
Fábio, as listas não são focadas em nenhum estilo específico. O que acontece é que elas refletem a realidade de cada um, e as duas primeiras - a do Vitão e essa do Junior - foram feitas por pessoas que vivem o cenário do heavy metal.
ResponderExcluirMas há várias outras ainda por vir - algumas já estão aqui comigo, inclusive -, onde o metal é coadjuvante ou simplesmente nem dá as caras.
Abraço, e obrigado pelo comentário.
Uma lista que não incluir o Amebix - Sonic Mass, para mim não tem credibilidade.
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