Lamb of God: crítica de 'Resolution' (2012)


Nota: 8,5

No final dos anos noventa e início da década de 2000, um novo grupo de bandas norte-americanas de heavy metal revigorou o gênero nos Estados Unidos, lançando álbuns consistentes que influenciaram grupos de todo o mundo. O principal fruto da chamada New Wave of American Metal foi o metalcore, hoje inserido no DNA da música pesada. Entre as bandas da NWOAM, as principais sempre foram o Trivium e o Lamb of God. O grupo de Matt Heafy voltou com tudo em 2011 com o consistente In Waves, e agora é a vez do Lamb of God mandar ótimas notícias para os seus fãs.

Sétimo disco do quinteto formado por Randy Blythe (vocal), Willie Adler (guitarra), Mark Morton (guitarra), John Campbell (baixo) e Chris Adler (bateria), Resolution apaga a má impressão deixada pelo último álbum, o apenas mediano Wrath (2009). No novo trabalho, a banda afasta-se de forma definitiva do metalcore e flerta de maneira explícita com o thrash e com o death metal.

Riffs agressivos, solos com muita melodia e um groove constante são onipresentes, além de doses generosas de peso e violência. Há uma inegável influência do Pantera pairando sobre a maioria das composições, além de um tempero sulista bastante sutil em algumas passagens.

O primeiro single, a ótima “Ghost Walking”, é uma espécie de southern thrash. “The Undertow” aposta na velocidade em dos melhores momentos do play. “Guilty” traz Dimebag Darrell de volta, enquanto “Insurrection” mostra que a banda anda ouvindo muito death metal melódico, principalmente Amon Amarth. Uma das maiores surpresas do disco é a sua faixa de encerramento, “King Me”, onde a banda revisita o clima de … And Justice for All, com direito a vocais femininos e a participação de um orquestra.

Extremamente pesado e consistente, Resolution é um dos melhores trabalhos do Lamb of God, e mostra o porque de a banda ser um dos principais nomes do heavy metal norte-americano há mais de uma década.

Recomendadíssimo!


Faixas:
  1. Straight for the Sun
  2. Desolution
  3. Ghost Walking
  4. Guilty
  5. The Undertow
  6. The Number Six
  7. Barbarosa
  8. Invictus
  9. Cheated
  10. Insurrection
  11. Terminally Unique
  12. To the End
  13. Visitation
  14. King Me

Comentários

  1. Parabéns pelo release Ricardo! É muito difícil manter as raízes do som que eles fazem... Sou Fan da banda desde o início e com certeza no fim do ano estaremos aqui comentando sobre esse disco com um dos melhores do ANO DE 2012! Um forte abraço e parabéns mais uma vez pelo trabalho!

    ResponderExcluir
  2. Obrigado pelo elogio, Thiago. O disco é muito bom.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Você pode, e deve, manifestar a sua opinião nos comentários. O debate com os leitores, a troca de ideias entre quem escreve e lê, é que torna o nosso trabalho gratificante e recompensador. Porém, assim como respeitamos opiniões diferentes, é vital que você respeite os pensamentos diferentes dos seus.