Nota: 8
Formada
em meados de 2010, a banda alagoana Messias Elétrico liberou no
final de 2011 o seu primeiro álbum. Lançado pela Baratos Afins e
com produção de Luiz Calanca, proprietário da loja e do selo,
Messias Elétrico, o disco, é uma grata surpresa para quem
curte a sonoridade do rock setentista.
Formado
por Leonardo Luiz (teclado e vocal), Alessandro Mendonça (baixo) –
ambos ex-integrantes do cultuado Mopho -, Pedro Ivo Araújo (guitarra
e vocal) e Fernando Coelho (bateria), o Messias Elétrico executa um
hard repleto de psicodelia, mergulhando o peso das guitarras em
generosas doses alucinógenas. A música imaginativa do grupo traz
influências de nomes como Mutantes (principalmente a fase mais
progressiva), Som Nosso de Cada Dia, O Terço, Led Zeppelin, Deep
Purple, Black Sabbath, UFO, Atomic Rooster e outros ícones do
período. Ótimas referências, não?
Com apenas cinco faixas, o álbum tem uma sonoridade poeirenta que irá agradar em cheio quem curte a música produzida durante os anos 70. O principal destaque é a longa “The Last Groove”, dividida em quatro partes, uma verdadeira odisséia cósmica musical com viajantes passagens instrumentais. Um clássico instantâneo!
Mas
há mais na bolacha. A faixa batizada com o nome da banda é um hard
de respeito, enquanto “Desejo, Loucura e Barulho” tem um riff
pesado que remete ao Sabbath.
A
estreia do Messias Elétrico é um trabalho consistente com os dois
pés fincados na década de 70 e sem a menor intenção de tirá-los
de lá. Se essa é a sua praia, mergulhe sem medo, porque o bagulho é
do bom!
Faixas:
- Sigo Cantando
- Messias Elétrico
- The Last Groove
- Que Mundo é Esse
- Desejo, Loucura e Barulho
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