Melhores de 2011 por Maurício Ângelo, da revista Movin' Up



Encerrando a nossa série de posts sobre os melhores discos de 2011, a lista do amigo Maurício Ângelo, da revista Movin' Up e parceiro das antigas. 


Espero que vocês tenham gostado dessa odisseia, e preparem-se, porque em breve publicaremos quais foram os melhores álbuns do ano segundo a Collector´s Room, e você também poderá escolher os seus preferidos.


CunninLynguists - Oneirology

Longe de alguns nomes super badalados por aí, competentes mais do mesmo, o CunninLynguists produziu, disparado, o melhor e mais inteligente (musical, lírica e em todos os pontos que você quiser) disco de hip-hop do ano.


Girls - Father, Son, Holy Ghost


Belíssimo álbum, grata surpresa que nunca tinha chamado atenção com as investidas anteriores. Destaque para “Vomit”, uma das canções de 2011. 


Mastodon - The Hunter


Eles nunca falham. The Hunter é bem mais “acessível” que o fantástico anterior Crack the Skye, mas não deixa de ser boa peça na discografia irrepreensível do Mastodon.


TV on the Radio - Nine Types of Light


Outra discografia infalível e uma das mais interessantes da última década. Nine Types of Light acabou por marcar a despedida do baixista Gerard Smith, vítima de câncer. Como sempre, um punhado de grandes canções pop, de um dos melhores grupos da sua geração. 


Samsara Blues Experiment - Revelation & Mystery


Descobri esses alemães navegando pelo MySpace em 2010, na época que o site ainda servia para alguma coisa. O primeiro disco era bom, apresentando a curiosa mistura de stoner rock com influências orientais, no som e na “filosofia” dos malucos. Revelation & Mystery é um baita disco, com uma produção bem melhor – embora ainda possa melhorar – e que joga um pouco de ar fresco num estilo tão – naturalmente – repetitivo quanto o stoner.


Devin Townsend - Deconstruction


Sendo sincero, eu nunca dei muita bola para a máquina Devin Townsend: só em 2011 o cara lançou três discos. Erro grosseiro. Deconstruction é a melhor obra de prog metal do ano, que teve ótimos concorrentes: Neal Morse, Steve Wilson e outras bandas iniciantes - Leprous, Believe, Lunar Dunes – que mostram potencial para evoluir.


Machine Head - Unto the Locust


Abaixo de The Blackening, um clássico instantâneo que colocou o Machine Head vários níveis acima do que já tinha feito. Mas uma excelente “continuação” para o anterior, solidificando sua presença na nata do metal mundial.


The Kills - Blood Pressures


Um apanhado de ótimas composições da dupla, que mesclam várias vertentes do pop.


My Morning Jacket - Circuital


Sempre gostei bastante do My Morning Jacket, ainda pouco conhecido por aqui. Circuital talvez seja o disco mais ambicioso da sua discografia. E acerta em cheio.


Graveyard - Hisingen Blues


A Suécia já tem um vasto histórico de bandas extremamente competentes em emular o rock dos anos sessenta e setenta. Nessa onda revival, em que entram Rival Sons e Radio Moscow, outros ótimos discos do ano, pra citar só dois, o Graveyard conseguiu fazer o melhor deles.

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