Nota:
8,5
Esta
banda de Massachusetts classifica o seu som como “psychedelic war
metal”. Por mais estranho que esse rótulo possa parecer, ele
expressa com exatidão a música do Black Pyramid. O som é um stoner
repleto de melodias que remetem ao metal clássico, tudo embalado por
um delicioso clima épico.
Black
Pyramid II, segundo álbum do grupo, é uma dádiva para quem
curte um som pesadão e direto, sem maiores frescuras. O power trio
formado por Darryl Shepard (vocal e guitarra), Gein (baixo) e Clay
Nelly (bateria) lançou o seu primeiro disco, auto-intitulado, em
2009, e este segundo play em meados de 2011.
A
influência de Black Sabbath é onipresente como não poderia deixar
de ser, diga-se de passagem. Vocais agressivos e longas passagens
instrumentais estão presentes em todas as músicas. A banda tem um
talento inegável para compor linhas vocais grudentas, que carregam o
ouvinte através de composições onde o peso e o groove dão as
cartas. Baixo e guitarra trabalham como gêmeos siameses, enquanto o
baterista desce a mão no melhor estilo do falecido John Bonham.
Há
uma constância nas composições, com todas seguindo uma identidade
bem definida, porém colocando algumas características únicas na
mesa. “Endless Agony” e “Mercy's Bane” são pedradas feitas
sob medida para bater cabeça. Já “Night Queen” tem uma
longuíssima passagem instrumental com o poder de abrir novas
dimensões. As longas “Dreams of the Dead” (mais de 12 minutos) e
“Into the Dawn” (quase 16) são tours de force com trechos
bastante psicodélicos, que dão um clima muito viajante para o play.
E, no meio disso tudo, ao grupo ainda nos brinda com a linda
instrumental “Tanelorn”, prima das composições acústicas de
Jimmy Page.
É
gratificante encontrar novos grupos, com talento e competência de
sobra, gravando grandes discos logo no início de suas carreiras.
Isso só demonstra o quão forte está a cena atual da música
pesada, com dezenas de ótimas novas bandas pintando. O Black Pyramid
é um destes excelentes novos nomes, e tem qualidade de sobra não
apenas para conquistar novos fãs, mas também para construir uma
trajetória sólida ao longo dos anos.
Faixas:
- Endless Agony
- Mercy's Bane
- Night Queen
- Dreams of the Dead
- Tanelorn
- Sons of Chaos
- Empty Handed Insurrection
- The Hidden Kingdom
- Into the Dawn
Boa Ricardo,
ResponderExcluirsó um detalhe, o álbum foi lançado em 2012 mesmo, saiu uma versão em 2011 liberada por alguém da banda sem remasterizar