Nota:
8,5
Sétimo
álbum da banda belga Aborted, Global Flatline desembarca no
mercado brasileiro em mais um lançamento exclusivo da Shinigami
Records. O play mostra o grupo em grande forma, comprovando o porque
da grande reputação que possui junto ao público.
Com
faixas curtas e mais diretas – a exceção é “Endstille”, que
fecha o disco com uma pancadaria de mais de seis minutos -, Global
Flatline é uma pancada de respeito. Equilibrando uma
agressividade brutal com ótima técnica e algumas doses de melodia,
o Aborted mantém a tradição de temperar o seu death metal ríspido
com alguns elementos de grindcore – principalmente na parte lírica
-, o que torna tudo ainda mais extremo. Os vocais de Sven de Caluwé,
guturais e mais agudos, deixam a atmosfera pra lá de perturbadora.
Com
uma produção de primeira a cargo de Jacob Hansen (Communic,
Mercenary, Volbeat), o disco ficou ainda mais forte devida à forma
clara com que os instrumentos soam. Resumindo: apesar da brutalidade
do som, tudo soa cristalino, e conseguir esse feito em um álbum de
death metal é para poucos.
Os
destaques vão para “Coronary Reconstruction”, “Vermicular,
Obscene, Obese” (com a participação do ótimo Trevor Strnad,
vocalista do The Black Dahlia Murder), “Expurgation Euphoria” e
“Grime”. Merece menção também a já citada “Endstille”,
que encerra o play em grande estilo com a inclusão de um discurso de
Robert Oppenheimer, o pai da primeira bomba atômica, que destruiu
Hiroshima em 6 de agosto de 1945.
Global
Flatline é um grande álbum, com tudo para agradar não apenas
os fãs de metal extremo, mas também quem curte death metal com
alguma dose de melodia.
Faixas:
- Omega Mortis
- Global Flatline
- The Origin of Disease
- Coronary Reconstruction
- Fecal Forgery
- Of Scabs and Boils
- Vermicular, Obscene, Obese
- Expurgation Euphoria
- From a Tepid Whiff
- The Kallinger Theory
- Our Father, Who Art of Feces
- Grime
- Endstille
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