Nota: 9
O Paradise Lost parece viver um novo auge criativo. Na verdade, a banda inglesa natural de Halifax sempre gravou discos consistentes. Mesmo os álbuns mais experimentais, quando afastaram-se do heavy metal e flertaram com novas sonoridades, são trabalhos fortes e que, apesar do choque inicial, hoje são vistos com outros olhos pela maioria dos fãs.
Produzido por Jens Bogren (Opeth, Katatonia, Soilwork), também responsável pelos dois últimos discos de estúdio do quinteto - The Anatomy of Melancholy (2008) e Faith Divide Us - Death Unites Us (2009) -, Tragic Idol, o décimo-terceiro álbum do grupo, reconecta o Paradise Lost às suas raízes doom e góticas, e é um dos mais pesados da carreira da banda. Com um grande trabalho de composição e arranjos refinados e de muito bom gosto, o disco atesta, mais uma vez, as razões que fazem da banda britânica não somente uma das mais inovadoras, mas, sobretudo, um dos grandes nomes da história recente do heavy metal.
Variando entre faixas mais agressivas como “Theories From Another World” e momentos mais cadenciados e reflexivos como a belíssima faixa-título, Tragic Idol traz um Paradise Lost afiado. A melancolia e o peso são onipresentes. O uso constante de melodias dá às faixas um apelo imediato, fazendo com que o trabalho desça redondo já nas primeiras audições.
A banda brilha intensamente em músicas como “Crucify”, “Fear of Impending Hell” (com influência do rock gótico dos anos 1980), “Honesty in Death” e “In This We Dwell”, além das duas citadas anteriormente, o que faz de Tragic Idol o melhor álbum gravado pelo Paradise Lost nos últimos anos.
Um disco poderoso e cativante, que comprova o quanto a maturidade está fazendo bem ao grupo. Prestes a comemorar 25 anos de carreira, o Paradise Lost mantém seu fogo criativo queimando alto, para alegria dos fãs.
- Solitary One
- Crucify
- Fear of Impending Hell
- Honesty in Death
- Theories From Another World
- In This We Dwell
- To the Darkness
- Tragic Idol
- Worth Fighting For
- The Glorious End
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