O The Sword é uma banda norte-americana formada na cidade de Austin, no
Texas, em 2003. Os caras já lançaram três discos - Age of Winters
(2006), Gods of the Earth (2008) e Warp Riders (2010) -, todos
elogiadíssimos pela crítica gringa. Além disso, desde o seu surgimento o
quarteto conquistou uma legião de admiradores. No entanto, aqui no
Brasil, poucos ouviram falar do The Sword. A banda praticamente não é
mencionada pelos veículos especializados em heavy metal de nosso país, e
os discos dos caras, até onde eu sei, não foram lançados aqui. Uma pena,
pois trata-se de um dos nomes mais interessantes e criativos surgidos
no metal nos últimos anos.
Apocryphon, quarto álbum do The Sword, saiu no último dia 22 de outubro. Produzido pela banda e por J. Robbins, marca uma mudança na formação: o baterista Trivett Wingo deixou o barco em 2010, e Santiago Vela III assumiu o seu posto em 2011. Completam o time John Cronise (vocal e guitarra), Kyle Shutt (guitarra) e Bryan Richie (baixo e ocasionais teclados). Aliás, o trabalho do novo integrante é digno de elogios, com levadas e passagens muito bem pensadas e uma execução que ressalta o peso de sua mão.
Musicalmente, a música do The Sword pode ser definida como stoner metal. Trata-se de um som poderoso, com óbvia influência do Black Sabbath temperada por ecos e melodias que remetem ao Thin Lizzy. As faixas possuem grandes riffs e ganchos bem construídos, enquanto os solos transportam o ouvinte por paisagens psicodélicas. Apocryphon tem dez faixas, e nenhuma delas é dispensável.
Mesmo bebendo em influências clássicas, o The Sword consegue tornar o seu som contemporâneo. Ok, há um clima setentista presente por todos os cantos, porém ele nunca é o protagonista. Percebe-se claramente que trata-se de uma banda atual e contemporânea, que não fica presa a uma estética de três década atrás, mas sim usa essa estética para levar o seu som para frente.
A maneira como o The Sword constrói a sua música faz de Apocryphon aquele tipo de disco capaz de agradar fãs dos mais variados gêneros da música pesada. Há energia e tesão em abundância, fazendo as composições terem uma pegada animalesca. É a boa e velha “sonzera”, pauladas pesadas perfeitas para ouvir em alto volume com uma longa estrada pela frente.
Com um sólido tracklist, o quarto álbum do grupo texano está repleto de excelentes canções. “Dying Earth” é uma pequena obra de arte. “Arcane Montane” conta com longos e belos solos. A eficientíssima “Execrator” condensa as principais qualidade da banda em pouco menos de três minutos. E tudo se encerra com a fenomenal faixa que dá nome ao álbum, com riffs vibrantes e uma performance exemplar dos músicos.
Apocryphon traz um The Sword mais maduro que em seus três primeiros discos. A sonoridade soa mais ampla, explorando diversas influências e possibilidades em um excelente trabalho de composição. A soma de todos esses fatores faz de Apocryphon o melhor dos quatro álbuns lançados pelo The Sword até agora. E, o que é melhor, deixa claro que a banda pode ir além, gravando discos ainda melhores e mais fortes no futuro.
Um grande CD, que sai direto do toca-discos para a lista de melhores do ano!
Nota 9
Faixas:
The Veil of Isis
Cloak of Feathers
Arcane Montane
The Hidden Masters
Dying Earth
Execrator
Seven Sisters
Hawks and Serpents
Eyes of the Stormwith
Apocryphon
Apocryphon, quarto álbum do The Sword, saiu no último dia 22 de outubro. Produzido pela banda e por J. Robbins, marca uma mudança na formação: o baterista Trivett Wingo deixou o barco em 2010, e Santiago Vela III assumiu o seu posto em 2011. Completam o time John Cronise (vocal e guitarra), Kyle Shutt (guitarra) e Bryan Richie (baixo e ocasionais teclados). Aliás, o trabalho do novo integrante é digno de elogios, com levadas e passagens muito bem pensadas e uma execução que ressalta o peso de sua mão.
Musicalmente, a música do The Sword pode ser definida como stoner metal. Trata-se de um som poderoso, com óbvia influência do Black Sabbath temperada por ecos e melodias que remetem ao Thin Lizzy. As faixas possuem grandes riffs e ganchos bem construídos, enquanto os solos transportam o ouvinte por paisagens psicodélicas. Apocryphon tem dez faixas, e nenhuma delas é dispensável.
Mesmo bebendo em influências clássicas, o The Sword consegue tornar o seu som contemporâneo. Ok, há um clima setentista presente por todos os cantos, porém ele nunca é o protagonista. Percebe-se claramente que trata-se de uma banda atual e contemporânea, que não fica presa a uma estética de três década atrás, mas sim usa essa estética para levar o seu som para frente.
A maneira como o The Sword constrói a sua música faz de Apocryphon aquele tipo de disco capaz de agradar fãs dos mais variados gêneros da música pesada. Há energia e tesão em abundância, fazendo as composições terem uma pegada animalesca. É a boa e velha “sonzera”, pauladas pesadas perfeitas para ouvir em alto volume com uma longa estrada pela frente.
Com um sólido tracklist, o quarto álbum do grupo texano está repleto de excelentes canções. “Dying Earth” é uma pequena obra de arte. “Arcane Montane” conta com longos e belos solos. A eficientíssima “Execrator” condensa as principais qualidade da banda em pouco menos de três minutos. E tudo se encerra com a fenomenal faixa que dá nome ao álbum, com riffs vibrantes e uma performance exemplar dos músicos.
Apocryphon traz um The Sword mais maduro que em seus três primeiros discos. A sonoridade soa mais ampla, explorando diversas influências e possibilidades em um excelente trabalho de composição. A soma de todos esses fatores faz de Apocryphon o melhor dos quatro álbuns lançados pelo The Sword até agora. E, o que é melhor, deixa claro que a banda pode ir além, gravando discos ainda melhores e mais fortes no futuro.
Um grande CD, que sai direto do toca-discos para a lista de melhores do ano!
Nota 9
Faixas:
The Veil of Isis
Cloak of Feathers
Arcane Montane
The Hidden Masters
Dying Earth
Execrator
Seven Sisters
Hawks and Serpents
Eyes of the Stormwith
Apocryphon
Álbum incrível e ótima matéria. Esse álbum merece ser ouvido atentamente.
ResponderExcluirTenho um álbum deles no pc, mas acho que não dei devida a atenção. Nota 9 é uma senhora nota hein Ricardo. Ouvirei!
ResponderExcluirMe lembro de quando ouvi o debut deles, já haviam lançado dois discos, nem precisei ouvir o outro, comprei ambos, quando lançaram o terceiro, confesso que me decepcionei, mas agora, com esse novo trabalho os caras assumem de vez um lugar de destaque entre as bandas do gênero, demais... tu da o play e em vários momentos se ouve dizendo "isso é foda demais". Já vai para a lista de compras e minha nota é 9,5. Faça um favor a si mesmo, escute esse disco...
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