Designer por formação, Rodrigo Simas começou cedo a trabalhar com música e por cinco anos esteve por trás dos balcões da Hard N' Heavy, clássica loja de CDs carioca especializada em heavy metal. Depois de escrever muitos anos para blogs e sites de música, começou a trabalhar com produção de eventos e shows e criou o site oficial da Dave Matthews Band no Brasil. O projeto rendeu frutos e hoje em dia Rodrigo vive basicamente de música, dividindo seu tempo com produções suas ou dentro da Boozuzu Entretenimento e como consultor e representante sul americano da Red Light Management, uma das maiores agências musicais dos Estados Unidos, com mais de 90 bandas em seu cast.
Além disso, o Rodrigo colabora com a Collectors Room já há alguns anos, mesmo que de forma esporádica e não muito visível para os leitores, mas sempre atuante “por trás das câmeras”.
Abaixo, as suas escolhas para os Melhores de 2012:
A Dave Matthews Band surpreendeu ao lançar um CD que nada se assemelha ao anterior, Big Whiskey and the GrooGrux King, dando espaço a uma pegada mais progressiva, com maior destaque aos arranjos e melodias. Um daqueles trabalhos que cresce a cada audição, terminando com um épico de quase 10 minutos que mostra todas facetas da banda.
Jack White conseguiu fazer o melhor álbum de sua carreia, em um trabalho que aponta para várias direções mas não perde sua identidade. Sem medo de arriscar, soar controverso ou presunçoso, Blunderbuss mostra que ainda é possível fazer música sem seguir padrões ou gêneros pré-estabelecidos.
Depois de diversos problemas internos e do bom, mas burocrático, Year of the Black Rainbow, The Afterman: Ascension, primeira parte deste novo capítulo na saga infinita criada por Claudio Sanchez (a segunda, Descension, será lançada no início de 2013) bota o Coheed and Cambria de volta aos trilhos, com tudo que os fãs poderiam esperar.
Às vezes, em tempos de crise, é quando as melhores obras são feitas. Afterglow foi composto e gravado pouco antes das desavenças entre Glenn Hughes e Joe Bonamassa se tornarem públicas e mostra uma banda, em estúdio, mais coesa do que nunca, com composições maduras e sem alguns exageros dos discos anteriores.
Pesado, agressivo e extremamente complexo. Não é uma audição fácil, mas não é esse o objetivo.
O primeiro registro do Van Halen desde o retorno de David Lee Roth é um marco na história da grupo, que soa afiadíssimo e pronto para mais uma década de hard rock (se não implodirem por desavenças internas novamente).
Antes da prisão do vocalista Randy Blythe, o Lamb of God havia lançado Resolution e estava comemorando a ótima aceitação pelos fãs e pela mídia especializada. Com grandes riffs e passagens de tirar o fôlego, a banda mostra mais uma vez porque é considerada uma das mais importantes do metal no novo milênio.
Sempre polêmica e avessa a qualquer exposição pública, Fiona Apple estava há sete anos sem lançar um novo álbum. Com o absurdo título de The Idler Wheel is Wiser Than the Driver of the Screw and Whipping Cords Will Serve You More Than Ropes Will Ever Do, a cantora continua com sua mistura nada comercial de rock, pop e jazz e parece não se abater por qualquer modismo da indústria musical.
O primeiro trabalho conceitual do Rush em décadas foi um dos mais esperados do ano e conseguiu suprir as expectativas da grande maioria dos fãs. Ainda em forma exemplar, o trio compôs uma obra que rivaliza com alguns de seus melhores momentos, apresentando músicas que só poderiam ser escritas por quem tem muito orgulho de sua história e ama o que faz.
Fora da badalação do Big 4 e até menos reconhecido que bandas como Testament, Exodus e Kreator, o Overkill vem lançando grandes CDs em sequência e The Electric Age não foge da regra, mesmo sendo um pouco inferior ao anterior e excelente Ironbound.
Quase Ficou Entre os 10
Wrecking Ball poderia ser o melhor CD do ano porque traz músicas fantásticas como “We Take Care of Our Own”, “This Depression” e a própria “Wrecking Ball”. O problema é que ao mesmo tempo tem faixas fracas como “Rocky Ground” e “Shackled and Drawn”.
Depois dos excelentes Mr. A to Z e We Sing, We Dance, We Steal Things, Love is a Four Letter Word é um balde de água fria pra quem seguia sua trajetória, com composições comerciais ao extremo, temas pobres e um clima artificial muito aquém do potencial de Jason Mraz.
Mesmo depois do péssimo Gods of War e com o objetivo de fazer um álbum mais direto e pesado, Lord of Steel não consegue empolgar, sem nenhum traço de criatividade, energia e grandes composições que a banda - apesar de todas as críticas – cansou de fazer até a década de 90.
Além disso, o Rodrigo colabora com a Collectors Room já há alguns anos, mesmo que de forma esporádica e não muito visível para os leitores, mas sempre atuante “por trás das câmeras”.
Abaixo, as suas escolhas para os Melhores de 2012:
Dave Matthews Band - Away From the World
A Dave Matthews Band surpreendeu ao lançar um CD que nada se assemelha ao anterior, Big Whiskey and the GrooGrux King, dando espaço a uma pegada mais progressiva, com maior destaque aos arranjos e melodias. Um daqueles trabalhos que cresce a cada audição, terminando com um épico de quase 10 minutos que mostra todas facetas da banda.
Jack White – Blunderbuss
Jack White conseguiu fazer o melhor álbum de sua carreia, em um trabalho que aponta para várias direções mas não perde sua identidade. Sem medo de arriscar, soar controverso ou presunçoso, Blunderbuss mostra que ainda é possível fazer música sem seguir padrões ou gêneros pré-estabelecidos.
Coheed and Cambria - The Afterman: Ascension
Depois de diversos problemas internos e do bom, mas burocrático, Year of the Black Rainbow, The Afterman: Ascension, primeira parte deste novo capítulo na saga infinita criada por Claudio Sanchez (a segunda, Descension, será lançada no início de 2013) bota o Coheed and Cambria de volta aos trilhos, com tudo que os fãs poderiam esperar.
Black Country Communion – Afterglow
Às vezes, em tempos de crise, é quando as melhores obras são feitas. Afterglow foi composto e gravado pouco antes das desavenças entre Glenn Hughes e Joe Bonamassa se tornarem públicas e mostra uma banda, em estúdio, mais coesa do que nunca, com composições maduras e sem alguns exageros dos discos anteriores.
Meshuggah – Koloss
Pesado, agressivo e extremamente complexo. Não é uma audição fácil, mas não é esse o objetivo.
Van Halen - A Different Kind of Truth
O primeiro registro do Van Halen desde o retorno de David Lee Roth é um marco na história da grupo, que soa afiadíssimo e pronto para mais uma década de hard rock (se não implodirem por desavenças internas novamente).
Lamb of God – Resolution
Antes da prisão do vocalista Randy Blythe, o Lamb of God havia lançado Resolution e estava comemorando a ótima aceitação pelos fãs e pela mídia especializada. Com grandes riffs e passagens de tirar o fôlego, a banda mostra mais uma vez porque é considerada uma das mais importantes do metal no novo milênio.
Fiona Apple - The Idler Wheel ...
Sempre polêmica e avessa a qualquer exposição pública, Fiona Apple estava há sete anos sem lançar um novo álbum. Com o absurdo título de The Idler Wheel is Wiser Than the Driver of the Screw and Whipping Cords Will Serve You More Than Ropes Will Ever Do, a cantora continua com sua mistura nada comercial de rock, pop e jazz e parece não se abater por qualquer modismo da indústria musical.
Rush - Clockwork Angels
O primeiro trabalho conceitual do Rush em décadas foi um dos mais esperados do ano e conseguiu suprir as expectativas da grande maioria dos fãs. Ainda em forma exemplar, o trio compôs uma obra que rivaliza com alguns de seus melhores momentos, apresentando músicas que só poderiam ser escritas por quem tem muito orgulho de sua história e ama o que faz.
Overkill - The Electric Age
Fora da badalação do Big 4 e até menos reconhecido que bandas como Testament, Exodus e Kreator, o Overkill vem lançando grandes CDs em sequência e The Electric Age não foge da regra, mesmo sendo um pouco inferior ao anterior e excelente Ironbound.
Clipe do Ano
Rolling Stones - Doom and Gloom
Quase Ficou Entre os 10
Bruce Springsteen - Wrecking Ball
Wrecking Ball poderia ser o melhor CD do ano porque traz músicas fantásticas como “We Take Care of Our Own”, “This Depression” e a própria “Wrecking Ball”. O problema é que ao mesmo tempo tem faixas fracas como “Rocky Ground” e “Shackled and Drawn”.
Melhor Estreia
Alabama Shakes - Boys & Girls
Retorno do Ano
Van Halen com David Lee Roth em A Different Kind of Truth
Disco Decepção
Jason Mraz - Love is a Four Letter Word
Depois dos excelentes Mr. A to Z e We Sing, We Dance, We Steal Things, Love is a Four Letter Word é um balde de água fria pra quem seguia sua trajetória, com composições comerciais ao extremo, temas pobres e um clima artificial muito aquém do potencial de Jason Mraz.
Melhor Álbum Ao Vivo
Tedeschi Trucks Band - Everybody's Talkin'
10 Melhores Músicas
Bruce Springsteen - We Take Care of Our Own
Regina Spektor - All the Rowboats
Dave Matthews Band - Drunken Soldier
Jack White - Freedom At 21
Huntress - Eight of Swords
Joe Bonamassa - Dislocated Boy
Muse - Survival
Serj Tankian - Cornucopia
Black Country Communion - Afterglow
Orange Goblin - Acid Trial
DVD do Ano
Led Zeppelin - Celebration Day
Melhor Documentário
Pink Floyd: The Story of Wish You Were Here
Melhor Livro
Luz e Sombra: Conversas com Jimmy Page
Melhor Show
Gogol Bordello - Beco 203, São Paulo
Melhor Capa
Baroness - Yellow & Green
Mico do Ano
Manowar - Lord of Steel
Mesmo depois do péssimo Gods of War e com o objetivo de fazer um álbum mais direto e pesado, Lord of Steel não consegue empolgar, sem nenhum traço de criatividade, energia e grandes composições que a banda - apesar de todas as críticas – cansou de fazer até a década de 90.
Filme do Ano
Os Vingadores
5 Melhores Sites / Blogs Sobre Música
Incrível como a Fiona Apple aparece em todos os top 10 do ano: de revistas a blogs. Nunca fui com a cara e o som dela.
ResponderExcluirVou até dar uma olhada depois.
Baixei, mas achei ela meio que na cola da Florence ... deixando o passado de na cola da Alanis.
Mas todo mundo citando ... fiquei curioso e vou dar uma olhada novamente sem resistência ao som e à imagem que eu tinha dela como rock de menina nos 90.
Essas listas ajudam mesmo a gente a ver outras coisas. Curti.
Overkill cara. Discaço. Gostei da lista, bem eclética. Acho que todas irão ser assim. E acho que TODOS vão concordar que o lançamento do ano foi JACK WHITE!
ResponderExcluirJack White é realmente um grande favorito.
ResponderExcluirYo, tenta ouvir o anterior a esse da Fiona, chamado Extraordinary Machine. É meu favorito dela.
ResponderExcluirAcho que a Florence pode ter sido influenciada por ela sim, não o contrário. O 1º disco da Fiona é de 96. Abraço!
Eu também nunca dei muita atenção à Fiona. Pra mim sempre foi daquelas que você ouve e fala OK. Talvez tente escutar com mais atenção.
ResponderExcluirO Jack White lançou um album interessante, curti muito Sixteen Saltine, Blunderbruss, Thrash Tongue Talker...
O Overkill sempre lança trabalhos acima da média e acho que nunca teve o destaque merecido. Apesar do The Electric Age ser um discaço, acho que ficou um pouquinho abaixo dos anteriores... mas nada que o tire da posição de um dos melhores álbuns de Thrash do ano!
O Rodrigo Simas é meio suspeito ao comentar sobre DMB, mas concordo que o Away From The World é com certeza um dos melhores álbuns do ano. Foi revigorante ouvir o novo play e perceber que não ficaram no mesmo e voltaram com um som mais "pesado" e encorpado.
Mas ainda acho que o melhor álbum do ano é o Clockwork Angels do Rush!
Um pouco não, sou MUITO suspeito! ;)
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