Daniel Silva, 26 anos, é jornalista e apaixonado por música. É repórter de esportes do Jornal Notícias do Dia (RIC/Record/SC) e escreve críticas para o caderno Plural. Fã de música boa, não importa se for Opeth, John Coltrane, George Michael, Marcos Valle ou Beastie Boys.
Bastaram apenas três discos para o Graveyard assumir o posto de melhor banda de rock da atualidade. Nenhuma outra consegue captar de forma tão magistral a sonoridade dos anos 70. Incrível o amadurecimento dos suecos em Lights Out, que faz frente à obra-prima Hisingen Blues, lançado no ano passado. O destaque do álbum é o vocalista Joakim Nilsson, que está cantando como nunca, como se pode ouvir em “Slow Motion Countdown”, a melhor música de 2012.
O Soen já nasceu com status de supergrupo por causa da cozinha fenomenal que Martin López (baterista, ex-Opeth) e o mais que requisitado baixista Steve DiGiorio formaram para a gravação de Cognitive. Se o som lembra o Tool ou não, não tem importância. As músicas são complexas, com momentos realmente inspirados dos seus membros. Que não fique só nesse primeiro disco.
Com um som mais polido e viajante, o Baroness se distanciou do Mastodon e começou a assumir uma identidade própria em Yellow & Green. Se o disco fosse simples em vez de duplo seria ainda mais relevante, mas nada que tire o brilho desse trabalho, que colocou o Baroness na dianteira das novas bandas de heavy metal.
Fazia 12 anos que Billy Corgan não lançava um disco digno da sua genialidade, seja no Zwan, carreira solo ou o desastroso Zeitgeist. É muito bom saber que ele ainda pode ser importante para o cenário musical. Oceania é um disco coeso, harmonioso, com aquela voz esquisita de Corgan, subestimado tanto como compositor quanto guitarrista. Um dia ainda reconhecerão que o cara é gênio.
Apenas um ano separa a estreia de Frank Ocean na carreira solo, com Nostalgia, Ultra, para o lançamento do aclamado Channel Orange. O segundo disco do californiano está sendo comparado com My Dark Beautiful Twisted Fantasy, do polêmico Kanye West, que tem o seu reinado ameaçado por Ocean, que apesar de não ser megalomaníaco quanto o big brother de Jay-Z, canta de verdade e sabe trabalhar melhor com as suas referências. Recomendadíssimo!
O Rush é uma das únicas bandas que não tem uma mancha na sua discografia. Mesmo com 40 anos de estrada, o power trio mais famoso do rock mantém a regularidade em Clockwork Angels, o melhor disco do grupo em muitos anos. Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart sabem fazer música como poucos. Longa vida ao Rush!
Enslaved é o disco mais porrada do Soulfly, melhor do que qualquer disco do Sepultura com Derrick Green. Max Cavalera não deixa pedra sobre pedra nesse novo trabalho, que conta com dois novos membros, o baterista David Kinkade (ex-Borknagar) e o baixista Tony Campos, que canta a sensacional “Plata O Plomo”, sobre o traficante Pablo Escobar. “World Scum” é uma ode ao som extremo. Se manter a pegada, o Soulfly pode ir ainda mais longe.
Depois do grande sucesso de Big Whiskey & The GrooGrux King, com canções felizes e empolgantes, a banda deu uma acalmada na sonoridade com o disco Away From the World. Os músicos dão o show de sempre e Dave Matthews surpreende com a viajante “Drunken Soldier”, que evoca o Pink Floyd nos seus minutos finais.
Desde que o Opeth começou a trabalhar com o produtor Steven Wilson, em 2000, na obra-prima Blackwater Park, os fãs da banda especulavam sobre uma parceria entre Mikael Åkerfeldt e o britânico. Demorou 12 anos, mas aconteceu. Da reunião desses dois gênios surgiu o Storm Corrosion, que gravou um disco belíssimo, que mescla o progressivo com o folk.
Desde a saída do Dream Theater, o baterista Mike Portnoy vem trabalhando bastante. Avenged Sevenfold, Adrenaline Mob, Transatlantic, entre outros projetos nesses dois anos, mas nenhum se equivale ao Flying Colors. Com Steve Morse, Dave LaRue e Neal Morse, Portnoy gravou um grande disco de rock progressivo.
Graveyard – Lights Out
Bastaram apenas três discos para o Graveyard assumir o posto de melhor banda de rock da atualidade. Nenhuma outra consegue captar de forma tão magistral a sonoridade dos anos 70. Incrível o amadurecimento dos suecos em Lights Out, que faz frente à obra-prima Hisingen Blues, lançado no ano passado. O destaque do álbum é o vocalista Joakim Nilsson, que está cantando como nunca, como se pode ouvir em “Slow Motion Countdown”, a melhor música de 2012.
Soen – Cognitive
O Soen já nasceu com status de supergrupo por causa da cozinha fenomenal que Martin López (baterista, ex-Opeth) e o mais que requisitado baixista Steve DiGiorio formaram para a gravação de Cognitive. Se o som lembra o Tool ou não, não tem importância. As músicas são complexas, com momentos realmente inspirados dos seus membros. Que não fique só nesse primeiro disco.
Baroness – Yellow & Green
Com um som mais polido e viajante, o Baroness se distanciou do Mastodon e começou a assumir uma identidade própria em Yellow & Green. Se o disco fosse simples em vez de duplo seria ainda mais relevante, mas nada que tire o brilho desse trabalho, que colocou o Baroness na dianteira das novas bandas de heavy metal.
The Smashing Pumpkins – Oceania
Fazia 12 anos que Billy Corgan não lançava um disco digno da sua genialidade, seja no Zwan, carreira solo ou o desastroso Zeitgeist. É muito bom saber que ele ainda pode ser importante para o cenário musical. Oceania é um disco coeso, harmonioso, com aquela voz esquisita de Corgan, subestimado tanto como compositor quanto guitarrista. Um dia ainda reconhecerão que o cara é gênio.
Frank Ocean – Channel Orange
Apenas um ano separa a estreia de Frank Ocean na carreira solo, com Nostalgia, Ultra, para o lançamento do aclamado Channel Orange. O segundo disco do californiano está sendo comparado com My Dark Beautiful Twisted Fantasy, do polêmico Kanye West, que tem o seu reinado ameaçado por Ocean, que apesar de não ser megalomaníaco quanto o big brother de Jay-Z, canta de verdade e sabe trabalhar melhor com as suas referências. Recomendadíssimo!
Rush – Clockwork Angels
O Rush é uma das únicas bandas que não tem uma mancha na sua discografia. Mesmo com 40 anos de estrada, o power trio mais famoso do rock mantém a regularidade em Clockwork Angels, o melhor disco do grupo em muitos anos. Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart sabem fazer música como poucos. Longa vida ao Rush!
Soulfly – Enslaved
Enslaved é o disco mais porrada do Soulfly, melhor do que qualquer disco do Sepultura com Derrick Green. Max Cavalera não deixa pedra sobre pedra nesse novo trabalho, que conta com dois novos membros, o baterista David Kinkade (ex-Borknagar) e o baixista Tony Campos, que canta a sensacional “Plata O Plomo”, sobre o traficante Pablo Escobar. “World Scum” é uma ode ao som extremo. Se manter a pegada, o Soulfly pode ir ainda mais longe.
Dave Matthews Band – Away From the World
Depois do grande sucesso de Big Whiskey & The GrooGrux King, com canções felizes e empolgantes, a banda deu uma acalmada na sonoridade com o disco Away From the World. Os músicos dão o show de sempre e Dave Matthews surpreende com a viajante “Drunken Soldier”, que evoca o Pink Floyd nos seus minutos finais.
Storm Corrosion – Storm Corrosion
Desde que o Opeth começou a trabalhar com o produtor Steven Wilson, em 2000, na obra-prima Blackwater Park, os fãs da banda especulavam sobre uma parceria entre Mikael Åkerfeldt e o britânico. Demorou 12 anos, mas aconteceu. Da reunião desses dois gênios surgiu o Storm Corrosion, que gravou um disco belíssimo, que mescla o progressivo com o folk.
Flying Colors – Flying Colors
Desde a saída do Dream Theater, o baterista Mike Portnoy vem trabalhando bastante. Avenged Sevenfold, Adrenaline Mob, Transatlantic, entre outros projetos nesses dois anos, mas nenhum se equivale ao Flying Colors. Com Steve Morse, Dave LaRue e Neal Morse, Portnoy gravou um grande disco de rock progressivo.
Clipe do Ano
Frank Ocean – Pyramids
Quase Ficou Entre os 10
Twin Shadow - Confess
Melhor Estreia
Soen - Cognitive
Retorno do Ano
Van Halen – A Different Kind of Truth
Disco Decepção
Green Day - Uno!
Melhor Álbum Ao Vivo
Machine Head – Machine F**king Head Live
10 Melhores Músicas
Graveyard – Slow Motion Countdown
Baroness – Eula
Soen – Delenda
Storm Corrosion – Drag Ropes
Dave Matthews Band – Drunken Soldier
Soulfly – Plata O Plomo
Twin Shadow – Beg for the Night
Flying Colors – The Storm
Grandfúria – Só Coração
The Smashing Pumpkins – Violet Rays
DVD do Ano
Coldplay – Live 2012
Melhor Documentário
A Música Segundo Tom Jobim
Melhor Livro
This is a Call: A Vida e a Música de Dave Grohl
Melhor Show
Opeth
Melhor Capa
Baroness – Yellow & Green
Mico do Ano
Latino banido do YouTube (não deveria nem ser aceito)
Filme do Ano
Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge
Melhor Rádio/Web Rádio
5 Melhores Sites / Blogs Sobre Música
Lembrando que eu tenho um blog também, apesar de muito desatualizado. www.esteticamusical.blogspot.com
ResponderExcluirFoi um prazer contribuir, Cadão!
Boa cara!
ResponderExcluirPerfeito a descriçao do Graveyard ali.
Primeiro: valeu por indicar os Smashing Pumpkins.
ResponderExcluirBC é inteligente mesmo e fez coisas muito boas: até excursionar como tecladista do New Order ele já fez. Fora colaboração com Tommi Iomi, Robert Smith, David Bowie, Depeche Mode, Hole, Marilyn Manson, Scorpions, apareceu nos Simpsons e produziu a trilha do Stigmata.
Só acho que o BC é muito vaidoso e se comporta como uma diva já tendo sumido da mídia. Que dirá se derem corda pra ele. Se quiser acompanhar mais eles, visita o grunge report que eles sempre tem notícias sobre esse universo: grungereport.net.
As declarações recentes dele são de attention whore dignas de Courtney Love, Liam Gallagher e Axel Rose. Apesar de dar notícia e promover muito rumor, acho que o pessoal evita de chamá-lo de gênio, assim como esses 3 aí histéricos e desbocados.
Desde 2000, eu espero um lançamento decente dos SP. Esse disco não é tudo o que eu esperava da banda (nível 90's), mas foi bom pra ver que ainda dá pra tirar um caldo. Zwan, BC solo, SP retorno foi só decepção braba. Primeiro disco que dá uma luz que ainda tem rock bom ali. Nisso eu fiquei feliz. E gostei da Rolling Stone colocar ele nos 50 mais do ano (como incentivo).
Oceania não é um disco pra mim. Aprovo só uns 60% dele. Mas é muito bom ver que tem gente que ainda acredita na banda. Eu ando cansado ... 12 anos esperando, esperando.
Eu também gostei em parte do Oceania. O trabalho de guitarra foi muito bom, tanto os riffs, mas principalmente o timbre de guitarra. Nisso eu acho o BC subestimado, pois até no Zeitgeist as texturas das músicas são um dos poucos pontos positivos.
ResponderExcluirO que me desagradou no Ocean foram as linhas de vocal, em alguns momentos parecia sem inspiração, acho que falta o apelo Pop que o SP tinha nos anos 90 (e culpo a pretensão do BC por isso). Também dou uma nota 6 pro disco.