Fernando Bueno é engenheiro formado pela Universidade de São Paulo e atualmente reside em Porto Velho (RO). Apaixonado por Iron Maiden, ouve música desde os 10 anos de idade, e o marco zero para isso foi a aquisição de The Number of the Beast.
Começou a escrever sobre música e futebol em um blog que mantém desde 2005, o Jogando por Música. Mais tarde colaborou um tempo com a Collectors Room, e atualmente faz parte da equipe do blog Consultoria do Rock.
Conheci esse disco meio sem querer e foi como se tivesse encontrado um trevo de quatro folhas no meio da floresta. Nunca iríamos esperar um direcionamento desses com um line-up de músicos com raízes nas vertentes mais pesadas do metal, como é o caso do vocalista Björn Strid, do Soilwork. É pop, não no sentido pejorativo que o termo tem hoje em dia, mas pelo fato das melodias grudarem na cabeça e não saírem mais. Se vivêssemos em uma época melhor para o mundo da música, certamente seria veiculado em todos os cantos. Seria o disco perfeito para trazer uma nova onde de rock para o mainstream musical.
Só não é o primeiro da lista porque o os caras acima arrebentaram. O fominha Portnoy está nessa empreitada também, porém não é a estrela, nem o chefe. A mistura de progressivo com música pop rendeu várias boas bandas lá no início dos anos 1980 mesmo que muitos se recusem a admitir isso, e aqui temos uma reformulação de tudo aquilo. Arquitetado pelo produtor Bill Evans, a ideia era reunir músicos virtuosos conhecidos, na linha do progressivo com um canto de música pop. E a mistura deu muito certo.
Após a saída de Max do Sepultura ele logo lançou uma nova banda. Fui ouvir com muita expectativa e achei um lixo. Depois disso ouvia uma ou outra música quando o Soulfly lançava um disco novo, mas nunca mudei minha opinião. Em Enslaved foi diferente. O velho Max dos tempos de Chaos A.D. está de volta e revisitando suas raízes. Enlasved tem até black metal!
Todo mundo sabe que o Europe mudou bastante desde seu retorno e na minha opinião este é o melhor álbum que fizeram com esse novo direcionamento musical. As generosas pitadas de blues acrescentadas ao som dos suecos fazem com que em vários momentos lembremos-nos do Led Zeppelin, mas também podemos comparar ao início do Whitesnake. A minha esperança é que um público maior tenha contato com esse tipo de som e, quem sabe, eles tenham um sucesso parecido com o do final dos anos 80.
Bandas de metal que tentam recriar o clima dos anos 1980 existem aos montes, mas aqui é diferente. As doses cavalares de metal oitentista são produzidas por uma banda que pensa no futuro. Dupla de guitarras entrosada, bom vocalista e um heavy metal tradicional empolgante. Quem não conhece, vá atrás.
Diversas bandas atuais de diversos estilos do heavy metal estão acrescentando muito de rock progressivo ao seu som. Anathema, Opeth, Trivium e muitas outras são bons exemplos. O Soen pegou todas as boas ideias e fez um álbum que todo mundo deveria ouvir. É denso, é pesado, mas tem uma harmonia que nos faz crer que os caras estão juntos há muito tempo. E não é verdade. O Soen é um projeto que conta com múscos conhecidos e integrantes de diversas grandes bandas, sendo Martin Lopez, bateria, e Steve DiGiorgio, baixo, os mais famosos. Começaram a tocar em 2005 e só agora lançaram o primeiro álbum. Para quem gostou de Heritage, do Opeth, é um prato cheio.
Mais uma banda que acrescenta o progressivo como um dos seus molhos em um ótimo caldeirão musical. Conheci o grupo por esse disco e ainda não tive tempo de absorver seus álbuns anteriores - a saber, Blue Record de 2007 e Red Album, de 2009 -, mas ao meu ver esse é o disco definitivo do grupo. Escute “Eula” e saiba porque este álbum está nessa lista.
Claro que o pretensioso nome do álbum é um exagero, mas Blaze Bayley acertou em voltar com sua antiga banda de antes dos seus controversos anos com o Iron Maiden. Dezoito anos depois eles gravam juntos novamente, e o tempo separados uns dos outros fez muito bem para todos. Deixaram de fazer um heavy metal tradicional e atacaram o hard heavy, que em muitos momentos é até mais hard rock do que heavy metal. Espero que eles se mantenham juntos e que Blaze dê uma nova guinada em sua carreira, que ficou um pouco combalida com o resultado ruim de The King of Metal, esse sim um título fora da realidade.
Talvez o disco mais aguardado do ano. E pela expectativa criada em cima dele poderíamos estar descendo o cacete. Afinal, quando temos muita expectativa é natural que mesmo bons resultados sejam julgados fracos. Se alguém que nunca ouviu Van Halen antes baixasse (para ficar com o termo da moda) toda a discografia e começasse a ouvir os discos sem ordem cronológica, poderia chegar a conclusão que esse seria um ótimo sucessor de 1984. É impressionante como a banda recriou todo o ambiente que tinham na época. David Lee Roth está cantando do mesmo jeito e com a mesma malandragem de outrora.
Sabe aquelas bandas que todo mundo adora e você nunca tinha tido oportunidade de ouvir? É o meu caso com o Kreator. Conheci a banda tardiamente e não sou especialista, ou seja, só conheço os considerados clássicos e não tenho ideia de como é aquela fase em que eles estavam experimentado “novos rumos”. Porque estou falando tudo isso? Porque para mim Phantom Antichrist está pau a pau com os clássicos.
O disco até começa bem com “Luv XXX”, “Oh Yeah” e “Beautiful”, mas depois as coisas ficam feias. Inclusive um dueto com uma cantora de country music que achei forçado demais.
Não sou muito adepto à discos ao vivo e quase não os escuto, mas assisti ao DVD desse álbum e tive que ir atrás do CD. Muito bom.
Começou a escrever sobre música e futebol em um blog que mantém desde 2005, o Jogando por Música. Mais tarde colaborou um tempo com a Collectors Room, e atualmente faz parte da equipe do blog Consultoria do Rock.
The Night Flight Orchestra – Infernal Affairs
Conheci esse disco meio sem querer e foi como se tivesse encontrado um trevo de quatro folhas no meio da floresta. Nunca iríamos esperar um direcionamento desses com um line-up de músicos com raízes nas vertentes mais pesadas do metal, como é o caso do vocalista Björn Strid, do Soilwork. É pop, não no sentido pejorativo que o termo tem hoje em dia, mas pelo fato das melodias grudarem na cabeça e não saírem mais. Se vivêssemos em uma época melhor para o mundo da música, certamente seria veiculado em todos os cantos. Seria o disco perfeito para trazer uma nova onde de rock para o mainstream musical.
Flying Colors – Flying Colors
Só não é o primeiro da lista porque o os caras acima arrebentaram. O fominha Portnoy está nessa empreitada também, porém não é a estrela, nem o chefe. A mistura de progressivo com música pop rendeu várias boas bandas lá no início dos anos 1980 mesmo que muitos se recusem a admitir isso, e aqui temos uma reformulação de tudo aquilo. Arquitetado pelo produtor Bill Evans, a ideia era reunir músicos virtuosos conhecidos, na linha do progressivo com um canto de música pop. E a mistura deu muito certo.
Soulfly – Enlasved
Após a saída de Max do Sepultura ele logo lançou uma nova banda. Fui ouvir com muita expectativa e achei um lixo. Depois disso ouvia uma ou outra música quando o Soulfly lançava um disco novo, mas nunca mudei minha opinião. Em Enslaved foi diferente. O velho Max dos tempos de Chaos A.D. está de volta e revisitando suas raízes. Enlasved tem até black metal!
Europe – Bag of Bones
Todo mundo sabe que o Europe mudou bastante desde seu retorno e na minha opinião este é o melhor álbum que fizeram com esse novo direcionamento musical. As generosas pitadas de blues acrescentadas ao som dos suecos fazem com que em vários momentos lembremos-nos do Led Zeppelin, mas também podemos comparar ao início do Whitesnake. A minha esperança é que um público maior tenha contato com esse tipo de som e, quem sabe, eles tenham um sucesso parecido com o do final dos anos 80.
Steelwing - Zone of Alienation
Bandas de metal que tentam recriar o clima dos anos 1980 existem aos montes, mas aqui é diferente. As doses cavalares de metal oitentista são produzidas por uma banda que pensa no futuro. Dupla de guitarras entrosada, bom vocalista e um heavy metal tradicional empolgante. Quem não conhece, vá atrás.
Soen – Cognitive
Diversas bandas atuais de diversos estilos do heavy metal estão acrescentando muito de rock progressivo ao seu som. Anathema, Opeth, Trivium e muitas outras são bons exemplos. O Soen pegou todas as boas ideias e fez um álbum que todo mundo deveria ouvir. É denso, é pesado, mas tem uma harmonia que nos faz crer que os caras estão juntos há muito tempo. E não é verdade. O Soen é um projeto que conta com múscos conhecidos e integrantes de diversas grandes bandas, sendo Martin Lopez, bateria, e Steve DiGiorgio, baixo, os mais famosos. Começaram a tocar em 2005 e só agora lançaram o primeiro álbum. Para quem gostou de Heritage, do Opeth, é um prato cheio.
Baroness – Yellow & Green
Mais uma banda que acrescenta o progressivo como um dos seus molhos em um ótimo caldeirão musical. Conheci o grupo por esse disco e ainda não tive tempo de absorver seus álbuns anteriores - a saber, Blue Record de 2007 e Red Album, de 2009 -, mas ao meu ver esse é o disco definitivo do grupo. Escute “Eula” e saiba porque este álbum está nessa lista.
Wolfsbane – Wolfsbane Save the World
Claro que o pretensioso nome do álbum é um exagero, mas Blaze Bayley acertou em voltar com sua antiga banda de antes dos seus controversos anos com o Iron Maiden. Dezoito anos depois eles gravam juntos novamente, e o tempo separados uns dos outros fez muito bem para todos. Deixaram de fazer um heavy metal tradicional e atacaram o hard heavy, que em muitos momentos é até mais hard rock do que heavy metal. Espero que eles se mantenham juntos e que Blaze dê uma nova guinada em sua carreira, que ficou um pouco combalida com o resultado ruim de The King of Metal, esse sim um título fora da realidade.
Van Halen – A Different Kind of Truth
Talvez o disco mais aguardado do ano. E pela expectativa criada em cima dele poderíamos estar descendo o cacete. Afinal, quando temos muita expectativa é natural que mesmo bons resultados sejam julgados fracos. Se alguém que nunca ouviu Van Halen antes baixasse (para ficar com o termo da moda) toda a discografia e começasse a ouvir os discos sem ordem cronológica, poderia chegar a conclusão que esse seria um ótimo sucessor de 1984. É impressionante como a banda recriou todo o ambiente que tinham na época. David Lee Roth está cantando do mesmo jeito e com a mesma malandragem de outrora.
Kreator – Phantom Antichrist
Sabe aquelas bandas que todo mundo adora e você nunca tinha tido oportunidade de ouvir? É o meu caso com o Kreator. Conheci a banda tardiamente e não sou especialista, ou seja, só conheço os considerados clássicos e não tenho ideia de como é aquela fase em que eles estavam experimentado “novos rumos”. Porque estou falando tudo isso? Porque para mim Phantom Antichrist está pau a pau com os clássicos.
Clipe do Ano
Rush – The Wreckers
Quase Ficou Entre os 10
Testament – Dark Roots of Earth
Melhor Estreia
The Night Flight Orchestra
Retorno do Ano
Poderia falar do Van Halen, mas como já eles estão presente na lista dos melhores discos
preferi citar mais uma grande volta desse ano: Beach Boys.
Disco Decepção
Aerosmith – Music From Another Dimension!
O disco até começa bem com “Luv XXX”, “Oh Yeah” e “Beautiful”, mas depois as coisas ficam feias. Inclusive um dueto com uma cantora de country music que achei forçado demais.
Melhor Álbum Ao Vivo
Joe Bonamassa - Live from New York Beacon Theatre
Não sou muito adepto à discos ao vivo e quase não os escuto, mas assisti ao DVD desse álbum e tive que ir atrás do CD. Muito bom.
10 Melhores Músicas
The Night Flight Orchestra - West Ruth Ave
The Night Flight Orchestra – Siberian Queen
Flying Colors – Blue Ocean
Baroness - Eula
Soen – Fraktal
Soulfly – Gladiator
Jack White – Hip (Eponymous) Poor Boy
Van Halen - Outta Space
Beach Boys – That Why God Mades the Radio
Europe - Doghouse
DVD do Ano
Joe Bonamassa - Live from New York Beacon Theatre
Melhor Documentário
Pink Floyd – The History of Wish You Were Here
Melhor Livro
Metallica: A Biografia, de Mick Wall
Melhor Show
Roger Waters – The Wall Live
Melhor Capa
Baroness – Yellow & Green
Mico do Ano
Sem dúvida alguma o maior mico do ano foi o Metal Open Air. Só quem foi lá sabe o
nível de decepção que cerca de trinta mil headbangers sentiram.
Filme do Ano
Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge
5 Melhores Sites / Blogs Sobre Música
Gostei dessa lista! Bem lembrado o Flying Colors, ótima estréia e destaque ao Casey McPherson que na faixa The Storm teve uma ótima performance.
ResponderExcluirO Wolfsbane foi uma surpresa à parte. O Blaze lançou ótimos discos como o The man who would not die, mas esse último King of Metal, foi uma certa decepção. O Wolfsbane salvou ele esse ano.
Parece que é meio unânime (e não discordo) o Soulfly, e o Baroness no top das listas.
Apesar de minha lista prévia contar com apenas dois álbuns em comum, gostei das tuas escolhas, Fernando. São sensatas e refletem que você não passou o ano acomodado. Eu não achei o Flying Colors tudo aquilo que alguns estão dizendo ser, mas acho que seu comentário a respeito da sonoridade do projeto foi bem colocado. Dos citados no Top 10, ouvi oito, então vou correr atrás dos outros dois, especialmente do Soen, pra ver se merecem alguma menção na minha lista. Um disco que até ouvi mas passou meio despercebido foi o do Wolfsbane. Confesso que o escutei meio de má vontade, então pretendo dar mais uma chance pra ver se ele sobe no meu conceito.
ResponderExcluirUm comentário final sobre o primeiro colocado: alguém mais encontrou semelhanças entre o The Night Flight Orchestra e o REO Speedwagon dos anos 70, mais hardeiro e menos AOR? Tirando a voz de Bjorn, que não se assemelha a nenhum dos vocalistas que passaram pelo grupo, a associação foi à primeira audição.