Top Collectors Room: os melhores discos de rock desta década

Rodrigo Simas, Nelson Júnior, Guilherme Gonçalves e Ricardo Seelig trabalharam juntos nos últimos dias com um único objetivo: escolher os melhores discos de rock lançados nesta década. Como nas listas anteriores - hard rock e heavy metal -, só valiam álbuns que chegaram às lojas entre 2011 e 2013.

E como todas as listas que adoramos fazer aqui na Collector's, essa também não tem nada de definitiva, mas muito de um guia inicial para você mergulhar no que de melhor foi produzido na música nos últimos anos.

Leia, concorde, discorde, diga o que pensa - mas com classe e argumentos, ok?


Alabama Shakes - Boys & Girls (2012)

O Alabama Shakes não foi uma das bandas mais comentadas de 2012 à toa. Foi porque tem em Brittany Howard uma cantora muito acima da média. Porque traz linhas de guitarra bem eficientes e interessantes. Porque explora uma certa influência clássica e a funde com melodias pop na medida exata. Em suma, porque faz uma música fácil, cativante e pra lá de bacana. O grande mérito de Boys & Girls para se tornar um dos melhores discos da ainda breve década foi mesclar tudo isso de um jeito irresistível. Um álbum de estreia que conseguiu a proeza de desbancar Adele no Reino Unido e atrair o foco para uma nova banda do Alabama. Tudo com talento e competência de sobra, como já fica claro em "Hang Loose", "I Ain't the Same" e "Hold On". (por Guilherme Gonçalves)

Misturando influências de southern rock e blues, o Alabama Shakes é um dos melhores grupos surgidos nos últimos anos. Boys & Girls é o álbum de estreia da banda, que foi formada em Athens, Alabama, em 2009, e rapidamente conseguiu reconhecimento graças às excelentes composições e à performance marcante da vocalista & guitarrista Brittany Howard. (por Rodrigo Simas)



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Beady Eye - Different Gear, Still Speeding (2011)

O primeiro disco do Beady Eye nasceu cercado de expectativas. Como Liam Gallagher, Andy Bell e Gem Archer, os membros remanescentes do Oasis se sairiam – e se comportariam - sem a sombra de Noel Gallagher? A resposta surgiu no excelente Different Gear, Still Speeding, que mostrou que a influência de Noel na qualidade final do trabalho do Oasis era, de fato, decisiva, mas não absoluta. Com os dois pés fincados na sonoridade rock dos anos 1950 e 1960, a cadência da estreia do Beady Eye segue o espírito “balde chutado” que Liam só mostrava no relativamente pequeno percentual de espaço criativo que lhe sobrava no Oasis. Quantidade que era ainda menor para Gem e Andy, que no Beady Eye ajudaram Liam a segurar as rédeas e criar canções elétricas como “Bring the Light”, “Four Letter Word”, “Beatles and Stones” e “Millionaire”. (por Nelson Júnior)


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Ben Harper & Charlie Musselwhite - Get Up! (2013)

Voltando as origens, Ben Harper se uniu ao mestre da gaita Charlie Musselwhite em um álbum basicamente de blues, onde o cantor abre mais uma vez sua alma com sua performance característica e muito feeling. (por Rodrigo Simas)


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Biffy Clyro - Opposites (2013)

Um álbum duplo que mistura diversos estilos musicais em mais de 20 faixas, indo do pop ou progressivo, passando pelo rock e metal. Difícil? Sim! Mas o trio conseguiu criar uma obra conceitual muito interessante, onde cada música tem uma identidade forte sem descaracterizar a coesão do disco. (por Rodrigo Simas)


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The Black Keys - El Camino (2011)

Nunca tinha dado qualquer atenção ao Black Keys. Até ouvir "Little Black Submarines" e achá-la totalmente Jethro Tull. Fui ouvir o resto do disco ainda com um pé atrás, mas depois não teve jeito. El Camino caiu nas graças da torcida. Hoje em dia, só lamento uma coisa: que isso não tenha acontecido mais rápido. São 38 minutos que passam voando enquanto Dan Auerbach e Patrick Carney dissipam a tríade formada por rock, blues e pop em 11 canções grudentas, dançantes e com ótimas melodias. Além da supracitada, "Gold on the Ceiling", "Nova Baby" e "Mind Eraser" me pegaram de jeito. (por Guilherme Gonçalves)

 
Brothers, de 2010, já havia sido espetacular. El Camino manteve o mesmo nível, mas com ainda mais apelo pop. Um disco excelente, difícil de parar de ouvir, e que colocou o Black Keys em um nível ainda mais alto. (por Ricardo Seelig)



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Blitzen Trapper – American Goldwing (2011)

Bob Dylan + Neil Young. Poderia ser essa a síntese do que é Blitzen Trapper. Mas é pouco. Pouco e, de certa forma, diminutivo, já que essa banda de Portland não apenas se assemelha, mas também se equipara aos ícones supracitados. Basta ver a sequência de ótimos discos dos caras. Rock/folk/country que te pega de jeito, com direito a doses de melancolia e tristeza à la Harvest (1972), do velho Young. Há também as canções que provocam aquele sorriso no canto do rosto, que inclusive me agradam ainda mais. São os casos das geniais "Fletcher", "Love The Way You Walk Away", "American Goldwing" e "My Home Town". (por Guilherme Gonçalves)



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Bruce Springsteen - Wrecking Ball (2012)

Bruce Springsteen talvez não seja aquele cara que vença pela genialidade absoluta, mas pelo esforço e dedicação. Wrecking Ball tem muito disso. Ademais, se atreve a questionar a dura realidade social numa época em que compor e cantar canções de protesto já não parece mais ter tanta importância. Ponto para o cara. Mesmo aos 63 anos, sua cruzada contra o establishment norte-americano ainda é o que norteia o conceito primordial de seu trabalho. Letra e concepção musical tentam se completar ao longo de versos ácidos e críticos ao governo. Nada disso, porém, seria eficaz se a música fosse ruim. E ela não é. Pelo contrário. Basta conferir "We Take Care of Our Own", "Jack of All Trades", "Easy Money", "Land of Hope and Dreams" e "Rocky Ground". (por Guilherme Gonçalves)

Sem diminuir o passo, Bruce Springsteen segue sua sequência inspirada de lançamentos, que não devem em nada aos seus clássicos. Perólas como "We Take Care of Our Own", a própria "Wrecking Ball" e a bela "This Depression" valem o álbum, que figura entre os melhores de sua discografia. (por Rodrigo Simas)


Bruce Springsteen faz parte do seleto grupo de artistas que tem envelhecido com dignidade, iniciando um novo capítulo em carreiras que não tem mais nada a provar à ninguém. Crítico voraz da sociedade norte-americana, Bruce segue com mais energia e inconformismo que uma matilha de punks, e usa a experiência e a maturidade para tornar as suas letras ainda mais ácidas e vorazes. (por Ricardo Seelig)



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Buffalo Killers - Dig. Sow. Love. Grow. (2012)

Dig. Sow. Love. Grow. conquista por ser um disco delicado e agradável demais de se ouvir. Mesmo com o freio de mão puxado em alguns momentos, o Buffalo Killers agregou mais um belo trabalho ao currículo, desta vez com um repertório repleto de canções singelas. Se vez ou outra falta uma certa dose de peso, o trio compensa com melodias cativantes e que impregnam no tímpano. Um disco meio que ensolarado e excelente para ser degustado na estrada com o vento batendo no rosto. Faça o teste com " I Am Always Here", "Moon Daisy" e "Hey Girl". (por Guilherme Gonçalves)



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Dave Matthews Band - Away From The World (2012)

A Dave Matthews Band surpreendeu ao lançar um CD que nada se assemelha ao anterior, Big Whiskey and the GrooGrux King, dando espaço a uma pegada mais progressiva, com maior destaque aos arranjos e melodias. Um daqueles trabalhos que cresce a cada audição, terminando com um épico de quase 10 minutos que mostra todas facetas da banda. (por Rodrigo Simas)



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David Bowie - The Next Day (2013)

Após hiato de dez anos, o camaleão está de volta. E sempre foi assim. De tempos em tempos, geralmente após atingir o ápice, David Bowie precisa destruir e aniquilar sua própria arte para sublimá-la e dar início a um novo ciclo. Só que desta vez a metamorfose não apresenta indumentária, personagens ou alter-egos novos. É apenas Bowie, difuso, com o rosto atrás de um quadro branco que esconde a faceta conhecida em Heroes (1977). É só e tão somente o velho Bowie, camuflado em 14 estupendas canções que perpassam a trajetória de um dos maiores artistas vivos. Canções que, na contramão do que se vê por aí, são todas inéditas e de autoria do próprio Bowie. Algo salutar e que o credencia como um músico que continua faminto. Até quando essa ressurreição irá durar? Pouco importa. "The Stars (Are Out Tonight)", "Boss of Me", "Love is Lost" e "(You Will) Set the World on Fire" são apenas algumas das que já o colocam novamente como um dos responsáveis por fazer da música a melhor expressão artística que se tem notícia. (por Guilherme Gonçalves)

Só faria sentido interromper o longo silêncio auto-imposto com algo que valesse a pena, e The Next Day vale MUITO a pena. Mais uma prova da genialidade de David Bowie, com canções antológicas como “Dirty Boys”, “The Stars (Are Out Tonight)” e “Love is Lost”. Provável álbum do ano de 2013. (por Ricardo Seelig)



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The Decemberists – The King is Dead (2011)

Disquinho bacana e que colocou a banda entre as mais legais dessa seara folk/country, ao lado do Blitzen Trapper. Canções que emocionam e mexem até com os mais insensíveis tímpanos. Tudo temperado com refrões inspirados e com aquela gaita típica nesse tipo de som. A influência de R.E.M. também se faz presente de forma bastante explícita. "Down by the Water", "This is Why We Fight" e "Don't Carry It All" sobressaem. (por Guilherme Gonçalves)

Rock rural na melhor tradição do R.E.M., com canções ganchudas e agradáveis, repletas de melodia e sentimento. The King is Dead é um dos melhores discos que você irá ouvir na vida. Experimente. (por Ricardo Seelig)


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El Efecto – Pedras e Sonhos (2012)

A banda El Efecto leva a mistura de ritmos a níveis extremos. Em Pedras e Sonhos o grupo adiciona ao seu rock doses cavalares de xaxado, forró e repente. Mas o grande talento da banda não são os arranjos empolgantes e a perfeita execução de seu naipe de instrumentos, que incluem alguns necessários para executar os citados ritmos nordestinos, como o triângulo. O toque de Midas do El Efecto são suas letras originais, que narram um encontro improvável, mas simbólico, entre Eike Batista e Virgulino Lampião (“O Encontro de Lampião com Eike Batista”), uma crítica ritualística à televisão (“N’aghadê”) e um verdadeiro tapa na cara do fanatismo religioso (“Adeus Adeus”). (por Nelson Júnior)



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Fiona Apple - The Idler Wheel is Wiser Than the Driver of the Screw and Whipping Cords Will Serve You More Than Ropes Will Ever Do(2012)

Sempre polêmica e avessa a qualquer exposição pública, Fiona Apple estava há sete anos sem lançar um novo álbum. Com o absurdo título de The Idler Wheel is Wiser Than the Driver of the Screw and Whipping Cords Will Serve You More Than Ropes Will Ever Do, a cantora continua com sua mistura nada comercial de rock, pop e jazz e parece não se abater por qualquer modismo da indústria musical. (por Rodrigo Simas)


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Foo Fighters - Wasting Light (2011)

Dave Grohl há muito tempo deixou de ser apenas o ex-baterista do Nirvana e se transformou em algo muito maior. O Lemmy da nova geração é um artista que ataca em várias frentes. Wasting Light, último disco do Foo Fighters, é provavelmente o melhor disco de sua banda, e só comprova a ótima fase vivida por Grohl nos últimos anos. (por Ricardo Seelig)



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Jack White – Blunderbuss (2012)

Que Jack White sabe transformar notas musicais em obras-primas todos já sabem. Difícil é entender como ele consegue fazer isso tantas vezes, e de tantas formas diferentes. Blunderbuss é o ápice criativo de um dos músicos mais inquietos que surgiram nos últimos anos. Experimentalismo é redundância nesse disco, onde White se reinventa 13 vezes. Em Blunderbuss há desde baladas soturnas, quase macabras, como a faixa-título e “Love Interruption”, até verdadeiras porradas sonoras, como “Freedom at 21” e “Sixteen Saltines”. Indispensável!  (por Nelson Júnior)

Jack White conseguiu fazer o melhor álbum de sua carreia, em um trabalho que aponta para várias direções mas não perde sua identidade. Sem medo de arriscar, soar controverso ou presunçoso, Blunderbuss mostra que ainda é possível fazer música sem seguir padrões ou gêneros pré-estabelecidos. (por Rodrigo Simas)



A prova definitiva do talento de Jack White. Formado apenas com canções excelentes, Blunderbluss é o melhor disco de rock da década até aqui, e com folga. (por Ricardo Seelig)



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Muse - The 2nd Law (2012)

Em seu oitavo disco, o Muse continuou transitando no limbo entre o rock tradicional e o rock progressivo contemporâneo. Não bastasse isso, os ingleses resolveram dar outra volta no plano da música eletrônica, com escala no dubstep, e da música erudita para entregar mais um disco apocalíptico. The 2nd Law é um álbum de propósito irregular, ao explorar no mesmo trabalho a frivolidade da política (“Supremacy”), o otimismo (“Survival”), a inconstância do amor (“Madness”) e uma suposta insustentabilidade do progresso tecnológico (a dobradinha “The 2 Law: Unsustainable” e “Isolated System).  Apesar disso, é difícil não se render a capacidade de Matt Bellamy e companhia de inovar e criar ótimas canções. (por Nelson Júnior)

É verdade que Muse nunca conseguiu alcançar a qualidade de Absolution, lançado em 2003, após alcançar o sucesso mundial, mas definitivamente The 2nd Law é um grande trabalho, que bota a banda de volta aos trilhos depois do fraco The Resistance. (por Rodrigo Simas)

Sou fã de bandas que não tem medo de experimentar, de mexer e adicionar novos elementos em sua música. O Muse fez isso de maneira exemplar em The 2nd Law, um álbum que, passada a pequena estranheza inicial, se revela um dos seus discos mais consistentes. (por Ricardo Seelig)



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Noel Gallagher - High Flying Birds (2011)

A estreia solo de Noel Gallagher também surgiu rodeada de expectativas. Não tanto quanto à qualidade, mas quanto ao gênero. O que a mente criativa por trás do Oasis faria sozinho? Nada de muito diferente do que fez na banda que o consagrou, o que por si só já seria suficiente para compor um grande álbum. Em High Flying Birds, Noel adicionou orquestrações e coros a sua habitual capacidade de criar músicas marcantes, de refrão certeiro, que instigam o ouvinte a revirar sentimentos e achar que aquele som é a trilha sonora de alguma fase de sua vida. Somando isso as grandes canções que conversam entre si (“If I Had a Gun”, “AKA ...  What a Life”, “The Death of You And Me”), a ótima estratégia de criar vídeo clipes sequenciais e o toque de mestre de incluir canções que foram demo do Oasis - (“I Wanna Live in a Dream in My) Record Machine” e “Stop the Clocks” -, Noel mostrou que tem imaginação de sobra para muitos outros voos. (por Nelson Júnior)

Artesão pop, Noel Gallagher era a principal mente criativa por trás do Oasis. Em seu primeiro disco solo, isso ficou ainda mais evidente. Com canções memoráveis como “Dream On”, “The Death of You and Me” e “AKA ... What a Life”, acentuou ainda mais as suas influências do rock britânico sessentista e entregou um álbum sensacional. (por Ricardo Seelig)



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Patti Smith - Banga (2012)

Mesmo 37 anos depois, Patti Smith ainda manda bem demais. Banga, seu décimo primeiro trabalho, é uma infinidade de referências destiladas ao longo de um álbum excelente. Homenagens e/ou citações que transitam entre experiências de vida da própria cantora, que também é escritora, poetisa, ativista e "sacerdotisa punk". Quando tudo se junta, pouco importa. O primordial é que a poesia em forma de canção desenvolvida por Patti segue a mesma. Em certos momentos, até melhor. É só ouvir "April Fool", "Maria" "Fuji-san" e "Amerigo" para crer. (por Guilherme Gonçalves)
 

A poetisa pós-punk voltou a dar as caras com um disco digno de seus melhores trabalhos. Banga é carregado de sensibilidade e experiência, que vão de momentos raivosos (“Fuji-san”) a momentos que beiram ao desabafo (“This is a Girl” e “Amerigo”). Destaque para “Constantine Dream”, uma joia de mais de 10 minutos de lirismo, inspirada em um pesadelo que a cantora teve durante uma passagem pela Itália. (por Nelson Júnior)


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Primus - Green Naugahyde (2011)


O primeiro álbum completo de músicas inéditas da banda desde o regular Antipop, de 1999, traz o Primus em grande forma, com Les Claypool comandando os riffs no seu baixo, enquanto a guitarra certeira de Larry LaLonde e a bateria Jay Lane completam os arranjos cheios de grooves inspirados. (por Rodrigo Simas)



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Tame Impala - Lonerism (2012)

A gama de sons encontrada nos trabalhos do Tame Impala é tão grande que prefiro tentar sintetizar Lonerism, segundo álbum da banda, em apenas duas palavras: pop alucinógeno. Sem amarras, esses australianos trafegam pelos extremos, indo do psicodélico ao indie na velocidade da luz. Transitando do space rock à base de mescalina para um power pop despretensioso em questão de segundos. Apesar disso - ou, talvez, devido a isso -, colocaram na praça um disco fenomenal. Inebriante até dizer chega e forte candidato a trilha sonora ideal para os homéricos testes de ácido de Ken Kesey. "Feels Like We Only Go Backwards", "Elephant", "Music to Walk Home By" e "Why Won't They Talk to Me" mostram o caminho das pedras. (por Guilherme Gonçalves)

De tempos em tempos surgem músicos que, se não criam o seu próprio gênero, reinventam dignamente estilos já consagrados. O Tame Impala definiu a psicodelia do século XXI com o som multicolorido de seu segundo disco de estúdio, Lonerism. Com uma estética que une as viagens existenciais do Pink Floyd com Syd Barret, o timbre de guitarra de Tony Iommi (nítida na canção “Elephant”), o trio australiano produz um som difícil de classificar e mais difícil ainda de ignorar. Carregado de efeitos, a textura tecnológica de Lonerism faz dele um disco quase artificial, mas irresistível. (por Nelson Júnior)



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Tedeschi Trucks Band – Revelator (2011)

Tudo é belo em Revelator, álbum de estreia do casal Derek Trucks e Susan Tedeschi e seu combo de mais nove músicos. Desde a amálgama de rock, blues, soul e jazz, passando pelo excelente trabalho do conjunto de metais, pelas letras singelas e cativantes ou pela ótima arte da capa. Seria natural apontar a guitarra de Derek como destaque, não fosse a voz de Susan, certamente o que de mais valioso se encontra ao longo do disco. Que timbre e que interpretação! Revelator é mais um clássico absoluto do rock sulista norte-americano como um todo. Digno do que de melhor já se fez no delta do Mississipi em tempos passados. "Bound For Glory", "Midnight in Harlem", "Simple Things" e "Learn How to Love" que o digam. (por Guilherme Gonçalves)

Southern rock e blues com o casal Susan Tedeschi (cantando maravilhosamente) e Derek Trucks (provavelmente o melhor guitarrista da nova geração), acompanhados de uma bandaça e muita inspiração, em um trabalho lindíssimo. (por Rodrigo Simas)


Revelator é um lindo trabalho de soul e blues conduzido pelo casal Susan Tedeschi e Derek Trucks. Um disco onde o amor entre os dois se traduz em amor pela música, e nos deixa apaixonados logo na primeira audição. Um companheiro para toda a vida. (por Ricardo Seelig)



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Wilco - The Whole Love (2011)

The Whole Love não é o melhor disco do Wilco. Mas mesmo não sendo o momento mais alto da banda liderada pelo genial Jeff Tweedy, é superior a grande parte do rock produzido nas últimas décadas. Da abertura com a sensacional “Art of Almost”, passando por pérolas pop como “I Might” e “Dawned on Me” e fechando com a não menos que excelente “One Sunday Morning (Song for Jane Smiley’s Boyfriend)”, The Whole Love mantém o Wilco como uma das bandas mais interessantes surgidas no rock - e esse status permanece o mesmo já há um bom tempo. (por Ricardo Seelig)
 

Clique e ouça uma música do disco.

Por Ricardo Seelig, Guilherme Gonçalves, Nelson Júnior e Rodrigo Simas

Comentários

  1. Faltaram os dois do Graveyard, indispensáveis em qualquer lista deste e dos próximos tempos. Serão referências, futuramente.

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  2. Amigo Muro, se você acompanha o site sabe que fizemos listas específicas para o heavy metal e o hard rock. Os dois do Graveyard estão na lista de hard rock, cujo link está no texto deste post. Portanto, eles não foram esquecidos.

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  3. Gostei muito da matéria, alguns conheço, outros ouvi falar e outros ainda sequer sabia da existência. Esse tipo de resenha desperta uma curiosidade imensa em quem realmente gosta da boa música. Parabéns aos autores.

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  4. Listas são listas.
    Bem, achei tosco Dave Matthews e David Bowie, mas achei foda colocarem El Efecto e Primus.
    Enfim, listas são mais guias do que rankings, né?

    A verdade da vida é essa: listas são mais guias do que rankings.

    Valeu pelas indicações.
    Desses, o Beady Eye passou batido. Vou levantar esse dado e avaliar se curto ou não.

    Ow, façam uma lista de músicas dessa década. Vai ser legal. Podia ter podcast aí ... já tá mais que na hora de o Collectors abrir um canal em algum lugar com indicações de canções ... tipo um podcast ou programa de rádio com programação dos editores e da audiência.

    Fui!

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  5. Sacanagem esse Biffy Clyro aí

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  6. Alguns comentários:

    - Eu estou começando a achar que o Muse não é uma banda superestimada, porque parece que todo mundo gosta dessa banda, mas eu ainda continuo não gostanto. Eu acho um som completamente enjoativo, e já escutei a discografia inteira para ter certeza disso.

    - Senti falta de algumas bandas mais pesadas como Them Crooked Vultures e Queens of the Stone Age, mas se bem que essas bandas deveriam ser consideradas na seção "Hard Rock"

    - Sempre achei Oasis um pé no saco, mas vou ouvir os álbuns solos desses caras de tanto que as pessoas falam bem. Quero ver se é tudo o que dizem mesmo hehe

    - Devo ser um único do mundo que acha Foo Fighters uma bosta, pra falar a verdade até o nome dessa banda me desanima rss

    Abraço

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  7. Qotsa e Them Crooked não lançaram disco de 2011 pra frente, então não conta.

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  8. David Bowie tosco ??????!!!!!!!!!!
    Como assim ??????!!!!!!!!

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  9. Achei que faltou o The Whirpoorwhill, da Blackberry Smoke, na lista.

    Conheci o disco por meio deste site mesmo e é absolutamente sensacional.

    Merecia ter entrado.

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  10. Ele está na lista de hard rock, Riccardo.

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  11. Deveria ser lista de indie rock.

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  12. Muito bacana a matéria.É muito bom saber que o rock/metal continuam vivos,aliás vivíssimos e a prova é que todas as listas feitas pelo site (rock,hard rock e metal) estão recheadas de grandes trabalhos.
    Alguns eu não conhecia e graças ao belo trabalho da collectors passei a conhecer e vou comprá-los.
    Valeu!

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