Storm foi colega de Syd Barrett e Roger Waters na Cambridgeshire High School for Boys, onde teve o primeiro contato com os músicos da banda para quem, mais tarde, criaria uma das mais fortes identidades visuais do rock.
No final da década de 1960 abriu o estúdio Hipgnosis com Aubrey Powell e, pouco depois, também Peter Christopherson. Foi com a Hipgnosis que Storm escreveu o seu nome definitivamente na história do rock, criando capas que ficaram famosas.
O trabalho mais importante e emblemático de Thorgerson foi a capa do clássico Dark Side of the Moon, do Pink Floyd. Para a banda, também criou as artes dos discos Wish You Were Here, Animals, Ummagumma, Atom Heart Mother e diversos outros. A relação com o grupo foi muito mais profunda, e Storm se tornou o projetista-chefe do Pink Floyd, desenvolvendo palcos e praticamente todas as artes para os mais variados produtos lançados pela banda.
Para outros grupos, seus trabalhos mais conhecidos são as capas de A Change of Seasons do Dream Theater, Presence e In Through the Out Door do Led Zeppelin, Absolution e Black Holes and Revelations do Muse, Bent Out of Shape do Rainbow, Pressure & Time do Rival Sons, entre outros.
A nota divulgada pela família sobre a morte de Storm Thorgerson diz o seguinte:
Ele estava doente há algum tempo, com câncer. Storm havia tido uma notável recuperação do acidente vascular cerebral que sofreu em 2003. Ele deixa a sua mãe Vanji, seu filho Bill, sua esposa Barbie Antonis e suas duas crianças Adam e Georgia.
O Pink Floyd divulgou um breve comunicado oficial sobre a morte de Storm:
Estamos muito tristes com a notícia da morte de nosso amigo de muito tempo, gênio e colaborador. Nossos pensamentos estão com a sua família e muitos amigos.
David Gilmour também se pronunciou:
Storm e eu nos conhecemos na adolescência. Nos reuníamos no Sheep’s Green, um lugar a beira do rio em Cambridge, e Storm estava sempre cheio de ideias e entusiasmo. Ele tem sido uma força constante em minha vida, tanto no trabalho como no âmbito privado. Um ombro para chorar e um grande amigo. Vou sentir sua falta.
Nossos sentimentos aos fãs, aos amigos e à família desse gênio chamado Storm Thorgerson.
Por Ricardo Seelig
Sempre admirei o trabalho desse grande artista. Engraçado que vez por outra eu via uma capa de disco e pensava, que foda! Aí ia atrás do autor e invariavelmente era uma criação de Storm.
ResponderExcluirOs trabalhos que mais curto são as capas de Division Bell e Frances the Mute. RIP
Soube ontem, umas duas horas depois do anúncio oficial. Muito triste. Minha capa do Facebook (Absolution - MUSE) foi alterada em homenagem a ele. Gosto de pensar que Storm está num lugar bem especial agora, junto com outros que saíram deste plano e agora estão por aí, "a voar".
ResponderExcluirSeus trabalhos, sempre excepcionais, me despertaram para maravilhosas e diferentes obras musicais. Foi através de muitas de suas capas que me "arrisquei" a ouvir determinadas bandas (como Pink Floyd), devido à maneira magnética como suas ideias geniais dialogavam com minhas inclinações mais básicas e instintivas pelas artes visuais, pelo sutil, pelo sucinto, pelo emblemático. O primeiro disco que eu comprei nesta vida foi o The Dark Side Of The Moon, com 50% de influência do trabalho de Storm na minha decisão.
Houses Of The Holy (Led Zeppelin) também é uma das capas que tenho entre minhas preferidas. Cenário de Ficção Científica, algo no nível ilustrativo de um Moebius (outro Mestre).
E como esquecer a vaca (engraçada, inesperada, misteriosa) de Atom Heart Mother, como esquecer Animals... ?
Thorgerson foi um grande cara, dotado de admiráveis habilidades e conteúdo vasto a oferecer... Eu já sinto muito a sua falta.
Conseguiu ser atual durante todo o seu trajeto. E sempre será. Suas obras jamais envelheceram ou perderam a força, e nunca envelhecerão.
ResponderExcluirJunta-se agora ao hall de saudosos gênios como Chaplin.
correção Silas: também amo a capa do Houses, mas ela não é da autoria do Storm. Na verdade ele foi contratado para fazê-la, mas o Jimmy Page não gostou do trabalho e contratou um outro artista que fez aquele trabalho misterioso
ResponderExcluirThe cover art for Houses of the Holy was inspired by the ending of Arthur C. Clarke's novel Childhood's End, which involves several hundred million naked children, only slightly and physically resembling the human race in basic forms. The cover is a collage of several photographs which were taken at the Giant's Causeway, Northern Ireland, by Aubrey Powell of Hipgnosis. This location was chosen ahead of an alternative one in Peru which was being considered.
ResponderExcluirThe two children who modelled for the cover were siblings Stefan and Samanatha Gates. The photoshoot was a frustrating affair over the course of ten days. Shooting was done first thing in the morning and at sunset in order to capture the light at dawn and dusk, but the desired effect was never achieved due to constant rain and clouds. The photos of the two children were taken in black and white and were multi-printed to create the effect of 11 individuals that can be seen on the album cover. The results of the shoot were less than satisfactory, but some accidental tinting effects in post-production created an unexpectedly striking album cover.The inner sleeve photograph was taken at Dunluce Castle near to the Causeway.
Jimmy Page has stated that the album cover was the second version submitted by Hipgnosis. The first, by artist Storm Thorgerson, featured an electric green tennis court with a tennis racquet on it. Furious that Thorgerson was implying their music sounded like a "racket", the band fired him and hired Powell in his place. Thorgerson did, however, go on to produce the album artwork for Led Zeppelin's subsequent albums Presence and In Through the Out Door.
Caras, valeu! Falha minha! A fonte que eu considerava a mais confiável sobre o responsável por essa capa era o próprio site do Storm. Há muito tempo que eu visito.
ResponderExcluirO site tá errado, então. Lá eles apresentam na parte "Work" (tanto em "Date" quando em "Artist") a capa que ficou e também a do In Through The Out Door. Nem aparece a do Presence (que hoje em dia eu sei que também foi produzida por ele).
Bacana. Conhecimento é sempre bom... Obrigado pela informação e pela correção!
Pra quem não entendeu: usei uma conta alternativa pra responder. Fester também sou eu! rs
ResponderExcluirTinha entrado no Google usando esse alter ego, há algumas horas, e nem percebi quando voltei aqui.
Até!