Leia o review da Metal Hammer para 13, o aguardado novo disco do Black Sabbath

A nova edição da Metal Hammer, com o Slipknot na capa, traz a análise da principal revista de heavy metal do planeta sobre o aguardado novo álbum do Black Sabbath, 13. O texto, assinado pelo veterano e respeitadíssimo jornalista Geoff Barton (com passagens pela Sounds e Kerrang! - que ajudou a fundar - e também na equipe da Classic Rock), aumenta ainda mais a expectativa sobre o disco.

Leia a íntegra abaixo:

O heavy metal passou por incalculáveis mudanças desde 1978, quando o Black Sabbath lançou o seu último álbum de estúdio com Ozzy Osbourne nos vocais. Intitulado Never Say Die!, esse que vos escreve esteve presente às sessões de mixagem. As fitas eram reproduzidas a um volume tão terrivelmente alto que Ozzy foi forçado a deixar a sala - e naquela ocasião aquilo soava como a melhor coisa que eles já tinham feito. Essa opinião veio abaixo quando o álbum foi lançado, mas isso é outra história ...

O Sabbath pode ser o pai fundador do metal, mas não havia como eles terem previsto como a cena se desenvolveria - melhor dizer “passaria por mutações” - ao longo das décadas. Dada a intensidade da cena moderna, a decisão de se reunir com três quartos de sua formação clássica é, no máximo, ambiciosa, e, no mínimo, mal orientada.

Ouvindo as duas primeiras faixas de 13, fica claro que a herança pesa muito na cabeça deles. “The End of the Beginning” é uma abertura curiosamente modesta, com o verso “rewind the future of the past” dstacando a dificuldade que o Sabbath encara ao tentar recapturar as glórias antigas. A seguir, “God is Dead?” faz o seu melhor para replicar a devastação de outrora, mas, de algum modo, soa como um xerox ruim.

E daí então algo - sabe lá Deus o que (poderia ter sido o momento em que Ozzy voltou a enfiar o pé na jaca) - acontece. “Loner” chega e traz o primeiro e legítimo arrepio na espinha. É repleta de uma levada ameaçadora. Tem aquele groove arquétipo, e até Ozzy vociferando “alright now!” como ele fizera em “Sweet Leaf”, em 1971. PQP! E melhora. “Zeitgeist”, uma derivada sonora de “Planet Caravan”, fornece uma deliciosa mudança de ritmo antes de “Age of Reason” enfiar um machado em sua bunda. Tony Iommi arregaça com um solo de clima sinuoso e ameaçador, e o baixo de Geezer Butler vibrando como o começo de um terremoto.

“Live Forever” mantém a intensidade, e, em seguida, “Damaged Souls” ergue a barra. Essa é uma faixa de destaque em 13: uma dose generosa e letal de blues doom que soa como se tivesse sido gravada à meia-noite em uma garagem de Solihull depois de um dia no matadouro. Ozzy entra sozinho, soprando a gaita e invocando sabbathismos clássicos; “dying is easy, it’s living that’s hard” e “I’m losing the battle between Satan and God, the cataract of darkness forms fully, the long black night begins ...”

O título piegas de “Dear Father” disfarça seu conto de vingança contra um pai abusivo. A entorpecida “Methademic” tem raízes em “Snowblind”, de Vol 4, enquanto “Peace of Mind” é ilustrada pelo lado ator de Ozzy, o que resulta em um belo efeuto. E se você ouvir atenciosamente “Pariah”, poderá ouvir as falanges plásticas de Iommi roçando nas cordas. Pode não ser perfeito, mas é um elemento assinatura do som do Sabbath.

Cagadas? Não tem Bill Ward. O baterista substituto, Brad Wilk, é meio firuleiro e não tem aquele feeling. Do mesmo modo que Rick Rubin não é nenhum Rodger Bain: a produção poderia ser muito mais primitiva. E, com uma duração de quase 70 minutos na edição de luxo, o álbum é longo demais.

Ainda assim, esse retorno é melhor do que qualquer um poderia esperar.

Uma certa banda paródia pode ter amplificadores que vão até o 11, mas os do Sabbath vão até 13.

Nota 9


Fonte: Metal Hammer

Tradução: Playa Del Nacho

Comentários

  1. Resenha ridícula. Pode ser Metal Hammer, pode ser um cara "gabaritado", o que for, mas essa resenha tá pior do que as que aparecem no Whiplash.

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  2. Eu gostei do texto. O que há de errado cm ele?

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  3. Eu também gostei da resenha. E a ansiedade só aumenta!

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  4. Outro que eu estou desde janeiro pensando nisso é o Scorpion Child.

    Mas esse do Sabbath .. putaquepariu.
    Estamos a postos.

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  5. Fico arrepiado só de pensar! Quanto ao texto, achei bom! Mas sua coesão só será comprovado após a audição do álbum, não é mesmo?

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  6. Scorpion Child, levando em conta o Ep lançado, vai botar um trampo foda na praça em Junho.

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  7. Só espero que esta resenha esteja certa!

    Só ouvi a God is Dead e achei muito fraca. Bem como o cara disse, um "xerox ruim". Mas quem sabe não é a pior do album?

    Muita ansiedade.

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  8. otima resenha, nao é pq é sabbath que nao vai ter criticas ou puxoes de orelha, brasileiro acha que nao pode falar mal, pois podem levar para o lado "pessoal", só pq é sabbath, se é bom vai ser elogiado, se for ruim criticado.
    brasileiro tem que deixar de ser b..dao e ser sincero nas opinioes.

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  9. Resenha estilo "morde e depois assopra". O jeito é esperar o disco sair.
    OBS: Não que ela tenha sido ruim, pelo contrario! Geoff Barton é um baluarte da imprensa musical e merece respeito.

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  10. com o cu na mão esperando esse disco!

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  11. Boa tarde,

    Fiz o pedido hoje do cd serie deluxe, espero que seja uma otima comprar, cofesso que comprei meio com pe atras, depois que li a resenha fui imediatamente na saraiva e fechei o pedido!

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