Este é o fim de um processo de mudança especulado há meses e que tomou forma em junho passado. Nas próximas semanas, devem ser anunciadas informações relativas à programação nacional e às operadoras que irão disponibilizar o novo canal.
A mudança foi anunciada oficialmente na última segunda-feira. Decorre da iniciativa do grupo Abril, licenciado para operar a MTV no Brasil até 2018, de devolver a marca ao conglomerado de mídia americano Viacom (responsável por canais como Nickelodeon e VH1), que passa a ser o responsável pela operação da MTV – agora sem o Brasil atrelado ao nome.
— O foco que a emissora já tinha em programação nacional está mantido — diz Raul Costa, vice-presidente sênior e gerente-geral da Viacom Brasil.
— Teremos um total anual de 350 horas de conteúdo nacional diversificado, e os programas estrangeiros serão dublados com opção de áudio original. Mais adiante, devemos colocar a opção de legendas em português.
A diminuição do espaço dedicado à musica, motor da MTV em sua origem, é irreversível. A nova grade será composta por reality shows, séries de ficção e de animação, programas de esporte radicais e versões nacionais de atrações como Guy Code (artistas, celebridades e especialistas discutem os códigos de conduta do universo masculino) e Pranked (pegadinhas com câmera escondida). Programas americanos como Teen Mom, Young & Married e Awkward serão dublados. Mas a música estará presente, afirma Costa:
— A música faz parte do DNA da marca. Mas o consumo de música mudou. Exibiremos videoclipes e atrações como WordStage (shows realizados em diferentes parte do mundo), que terá versão com artistas brasileiros. Fizemos uma ampla pesquisa de tendência. Nosso público está na faixa de nove a 30 anos, busca conteúdo em diferentes plataformas.
A equipe do novo canal deverá ser enxuta, cerca de 40 profissionais. Ainda está em negociação entre Abril e Viacom o uso pelo novo canal das imagens de arquivo da MTV Brasil. A Abril não se pronunciou ainda sobre o assunto, que envolve a continuidade de sua operação com TV na faixa UHF que ficará vaga. Informações de bastidores indicam que está em produção um programa especial de despedida, no dia 30 de setembro, com VJs atuais e veteranos comandando a exibição de melhores momentos e videoclipes que marcaram os 23 anos da MTV Brasil.
A aposta da MTV na TV paga é respaldada no crescimento do serviço no país. De acordo com a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, entre janeiro e maio de 2013 mais de 800 mil pessoas começaram a contar com TV por assinatura no país, ampliando os 17 milhões de assinantes registrados em 2012 – o crescimento esperado do setor nos próximos meses é de 15%.
Fonte: Zero Hora
"que passa a ser o responsável pela operação da MTV – agora sem o Brasil atrelado ao nome" = enlatados americanos com uma legenda pros brasileiros.
ResponderExcluir"envolve a continuidade de sua operação com TV na faixa UHF que ficará vaga" = igrejas evangélicas. Quem tem dinheiro hoje pra colocar no mercado televisivo, que tá em crise total, só são eles.
Pro telespectador que curte rock e for atrás da MTV na a cabo, acho que num muda muita coisa. Mas a coisa fica feia pra música nacional. Som Livre e Sony pelas contratações recentes já dão o tom de pra onde a música caminha ... e sem a MTV como plataforma, como antigamente, nem sei o que vai dar. Toda aquela vitrine de VMA, clipes, concursos, patrocínios ... não tem mais.
O Furo MTV atualmente está muito bom. Eu pelo menos sentirei falta rs.
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