Para começar, uma pergunta que até hoje faz parte da maioria dos metalheads brasileiros: o que aconteceria se o Sepultura não tivesse se separado em 1996?
Para responder, é preciso contextualizar o momento que a banda vivia na época. Em 20 de fevereiro de 1996 o Sepultura lançou o seu sexto disco, Roots, e mergulhou de forma profunda no caminho que havia iniciado três anos antes, com Chaos A.D. (1993). As batidas primais e a intensificação das influências brasileiras tornaram a música do Sepultura, que sempre foi singular, em algo pra lá de único. A faixa de abertura e primeiro single, “Roots Bloody Roots”, deixou meio mundo boquiaberto com a sua sonoridade agressiva, pesada e turbinada por uma batida crua e influenciadíssima pela cultura tupiniquim. Um clássico instantâneo e também apenas a ponta do iceberg, que se revelaria em sua plenitude em composições como “Attitude”, “Cut-Throat”, “Ratamahatta” e “Breed Apart”, que apresentavam uma nova maneira de fazer heavy metal.
Roots foi aclamado pela crítica. Os ritmos e andamentos incomuns ao metal foram saudados como uma grande inovação. Veículos tradicionais e fora da mídia especializada no gênero, como o jornal norte-americano Los Angeles Times, saudaram o álbum com frases de efeito como “a mistura entre o metal denso e pesado do Sepultura e a música brasileira criou um efeito intoxicante”. O The New Times declarou que “o Sepultura reinventou a roda em Roots. Misturando o metal a instrumentos nativos de seu país, a banda ressuscitou um gênero que apresenta sinais de cansaço, relembrando o que o Led Zeppelin fez ao rock. Mas enquanto o Led uniou o rock inglês a batidas africanas, o banda brasileira utilizou elementos do seu próprio país. Buscando inspiração no passado, o Sepultura mostrou o caminho que o metal deve seguir no futuro”.
No jornalismo especializado, a aclamação foi semelhante. O renomado escritor canadense Martin Popoff colocou Roots na décima-primeira posição em sua lista com os melhores discos de metal de todos os tempos, presente no livro The Collector’s Guide to Heavy Metal. Nas palavras de Popoff, “Roots é um espetacular álbum de metal e hardcore futurista, uma obra-prima, concebido por uma banda com um coração enorme e uma inteligência ainda maior". A revista inglesa Kerrang! colocou Roots na segunda posição em sua lista Os 100 Discos que Você Precisa Ouvir Antes de Morrer, atrás apenas de In Utero, do Nirvana. A Q Magazine incluiu Roots em sua lista Os 50 Álbuns Mais Pesados de Todos os Tempos. A Rolling Stone Brasil colocou o álbum na posição 57 em sua lista com os melhores discos brasileiros já feitos.
O sucesso de crítica se repetiu também com o público. Roots alcançou a posição número 27 na Billboard e ficou em quarto lugar na parada britânica. O disco vendeu muito em todo o mundo, alcançando a marca de 500 mil cópias nos Estados Unidos em 2005, 100 mil na França em 1997 e 100 mil na Inglaterra em 2001.
O Sepultura estava no topo do mundo com Roots, subindo com velocidade e não dando sinais de que iria parar. A criatividade da banda e as composições de Max Cavalera - dez das dezesseis faixas eram assinadas pelo vocalista - jogaram todos os holofotes do mundo para o grupo. A influência de Roots foi sentida de forma profunda no groove metal e no ainda nascente nu metal, tornando o disco referência para ambos os estilos. No entanto, não ficou restrita a eles. Outros gêneros como o thrash, o death e até mesmo o black metal foram influenciados pela música da banda, e isso ficou claro com o passar dos anos. Roots influenciou o metal como um todo.
Com um público cada vez mais crescente, fazendo shows em todo o planeta e recebendo elogios de músicos que antes eram ídolos, como Ozzy Osbourne, o Sepultura acabou se despedaçando quando o trio Andres Kisser, Paulo Jr. e Igor Cavalera, insatisfeito com o trabalho da empresária Gloria Cavalera, esposa de Max, tomou a decisão de demitir a americana do cargo, alegando que ela dava mais destaque para o vocalista do que para os demais integrantes. Um caso clássico de ciúmes puro e simples, intensificado pelas esposas dos músicos, como ficou claro anos mais tarde. Max, que no período atravessava uma fase complicada devido à morte de Dana Wells, seu enteado e filho de Gloria, ficou enraivecido com o trio e decidiu deixar o grupo, formando o Soulfly em 1997.
Mas e se nada disso tivesse ocorrido e a banda continuasse junto, o que teria acontecido? Até onde o Sepultura poderia ter chegado? É correto supor que, com o sucesso alcançado pelo caminho iniciado em Chaos A.D. e aprofundado em Roots, a banda intensificaria as experiências com sons e batidas tribais brasileiras, gravando mais alguns discos nessa linha. Foi o que Max, o principal compositor do grupo, fez nos três primeiros álbuns do Soulfly - Soulfly (1998), Primitive (2000) e 3 (2002). Com a presença dos demais integrantes, as ideias de Max ao invés de virem ao mundo como vieram nesses discos, teriam o toque pessoal da guitarra de Kisser e das batidas sem igual de Igor, criando algo que certamente seria único e diferente de tudo o que estava sendo feito na época. A criatividade crescente do grupo, incentivada pela aceitação crítica e popular de sua música, daria segurança para a banda criar mais dois ou três discos nessa linha, explorando até o limite o caminho que estavam seguindo nos dos últimos discos com Max e tornando-se um dos maiores nomes do metal em todo o planeta.
Não é exagero - pelo contrário, soa bastante plausível - supor que o Sepultura teria gravado, ainda durante a década de 1990, um disco que poderia ser classificado como uma espécie de “seu Black Album”, onde tornaria a já azeitada união de elementos distintos ouvida em Chaos A.D. e Roots ainda mais audível para o grande público. Isso faria a banda estourar de vez em todo o planeta, transformando o grupo em um dos mais populares do metal na década, rivalizando inclusive com Metallica, Pantera e outros gigantes do período - fato que, na época de Roots, não estava tão distante assim de acontecer. Se já era possível visitar o interior do País de Gales e encontrar uma pequena ponte com o nome da banda pichado - como relatado por Herbert Viana em uma entrevista -, esse hipotético Black Album dos mineiros faria com que Max e companhia se transformassem em alguns dos músicos mais conhecidos da época. A relação próximo que o quarteto possuía com nomes como Ozzy e outras lendas tornaria esse caminho ainda mais fácil.
É provável que, com a chegada da década de 2000 e o crescimento gradual da demanda por rock clássico e o retorno de bandas veteranas, o Sepultura, que já havia ido até onde poderia ir com os seus experimentos étnicos, fizesse um retorno gradual ao death e thrash de álbuns como Beneath the Remains (1989) e Arise (1991), criando uma música que traria elementos destes dois gêneros somada à características dos demais estilos que o grupo explorou durante a década de 1990, como o groove, o nu metal e o toque brasileiro sempre presente. Isso consolidaria uma sonoridade que, além de extremamente particular, também seria muito popular entre os fãs e bastante influente.
Já maduros, rodados e experientes, os integrantes do Sepultura - que manteria a sua formação clássica - possuiriam status de verdadeiros ícones e lendas da música em todo o planeta, algo semelhante ao que é atribuído a nomes como James Hetfield e Dimebag Darrell, por exemplo. Com reconhecimento e estabilidade, a banda seguiria gravando grandes álbuns, intensificando, com a idade, os aspectos extremos de sua música, algo semelhante ao que podemos ouvir em Enslaved (2012), o sensacional penúltimo disco do Soulfly, que mostra Max flertando com o death e o black metal.
A conclusão é que, caso não tivesse se separado, o Sepultura seguiria crescendo e seria uma das maiores bandas de metal de todos os tempos - algo que realmente é, mas em escala muito maior. Popular, influente e original ao extremo, o quarteto mineiro possuiria a força de um Slayer mesclada a popularidade de um Metallica, e se tornaria um dos maiores nomes da história do metal, em todos os sentidos.
Uma pena que o vôo foi abortado logo depois da decolagem e o destino jamais foi revelado.
Por Ricardo Seelig
Honestamente, acho que os mesmos que hoje são saudosistas daquele Sepultura, hoje estariam reclamando dos caminhos que a banda seguiria. As experimentações sonoras continuariam sendo feitas e o grupo se distanciaria cada vez mais do seu passado. Aí, os nostálgicos de hoje estariam se perguntando porque o Sepultura não se livrava do Max e arrumava um vocalista diferente (risos). Reclamar é esporte popular. No Metal, então, eleva-se à enésima potência.
ResponderExcluirA ojeriza ao novo e à mudança é algo a ser estudo no público heavy metal brasileiro mesmo.
ResponderExcluirUm conto vivo desse "O Que Aconteceria Se" eu acho do Sonic Youth. Foi uma banda maravilhosa pros anos 80 e 90, mas mesmo estando juntos virou uma banda sem pé nem cabeça. Cada disco, com a melhor das intenções, sempre começava Gerson Brenner e acabava meio Lars Grael, ou seja, sem pé nem cabeça.
ResponderExcluirA banda acabou e em 2013 os 3 líderes fundadores lançaram albuns solos. Somam 36 músicas. E vc consegue achar desse saldo um aproveitamento de 7/36 = 20%
O Sonic Youth pra mim é o exemplo de continuar junto e não ter mais nada em comum pra fluir nos discos (diferenças estéticas e criativas), mas existem outros que se juntam só pra grana, como Faith no More e Pixies (lançando disco agora, mas ficou 10 anos ETERNOS fazendo turnê).
Essa coisa aí é complexa nas bandas.
Um bom tema seria:
► "O Que Aconteceria Se" ... o grunge não tivesse desacelerado o Thrash Metal no Black Album e Symphony of Destruction
► "O Que Aconteceria Se" ... o Nirvana não tivesse DESTRUÍDO o império do Michael Jackson e de um Pop hiperproduzido e megalomaníaco botando pra rodar o rock de novo, mas bem simples nos charts
O pessoal fala muito mal dos anos 90 e acham que seria um tema bom.
Sintomático pra mim é o Disco Roots ser absolutamente festejado no mundo inteiro e ainda ter pecha de ruim em nosso país...inclusive na data de lançamento creio que a imprensa especializada aqui não gostou não....
ResponderExcluirSobre o comentário do Yo...virou um mantra os anos 90 serem ruins...essa é a maior BOBAGEM que alguém pode falar... foram anos de bandas e discos absolutamente SENSACIONAIS !!!!! dá pra ficar citando eternamente albuns e bandas do período que são ótimos !!!!
Eu desisti do jornalismo sobre heavy metal brasileiro.
ResponderExcluirAcho massa eles detonando o Nirvana no Whiplash e nenhum dos ASNOS de lá lembra que nenhum metaleiro deu conta de matar o Michael Jackson (que nunca mais retomou os charts e fôlego depois de 1991), além de conseguir fazer o rock voltar aos charts.
ResponderExcluirEnquanto isso, Paul Mccartney, Ozzy Osbourne e James Hatfield se declaram em elogios aos caras.
Paul McCartney Says Nirvana Is A ‘Great Band’ & He Wants To Play With Them Again.
Ozzy Osbourne: Nirvana e Green Day entre as bandas favoritas.
As dez melhores por James Hetfield: Nirvana no top10.
Irônico é que os deveriam ser inimigos deles até pq ganham ou perdem dinheiro com essas disputas no espaço simbólico e mítico do rock, são os primeiros a referendar e até a elogiar. Enquanto isso, os fanzecos aqui alimentam umas intrigas surreais e infantis.
Yo, isso é a propaganda negativa que a Rock Brigade e, principalmente, a Roadie Crew fez da banda. Os caras odeiam o Nirvana porque eles jogaram a pá de cal em cima da cena glam, e moldaram uma geração com essa mentira. Tem uma edição da Classic Rock que acaba com essa teoria espatafúrdica.
ResponderExcluirÉ complicado responder a uma pergunta como essa (a do título), porque Max Cavalera é muito "inquieto".
ResponderExcluirAcho que em termos de popularidade, seria igual ao que era na época, ou maior, de fato. Principalmente lá fora.
Agora se seguiria gravando grandes álbuns, eu tenho minhas dúvidas. Manter uma formação não significa produzir sempre com alta qualidade. O Metallica lançou com a mesma formação "...And Justice for All" (agradou aos fãs), "Black Album" (agradou a todo mundo) e a dupla "Load/Reload" (agradou a ninguém), que são três resultados bem diferentes entre si. Quem garante que no final de década de 90 não viria um "Load", em vez de um "Black Album"?
De qualquer forma, gostei da ideia desta nova seção. Ela vai render ótimas discussões.
Valeu, Francisco. E se eu te contar que gosto do Load e Reload? (rs)
ResponderExcluirConsidero ambos bons discos de hard rock.
ResponderExcluirRicardo, parabéns pelo texto e pela "nova seção", excelente!
ResponderExcluir"O que aconteceria se Ozzy Osbourne nunca tivesse saído do Black Sabbath?"
Ótima ideia, Ricardo. Gostei bastante da matéria. Concordo com ela, creio que seria muito provável todas as suposições feitas, eu mesmo sempre fui por esse caminho quando me fazia a mesma pergunta.
ResponderExcluirUma coisa que nunca superei foi esse sentimento de lamentar essa ruptura do Sepultura, justamente por acreditar que a banda cresceria cada vez mais (embora, claro, seja impossível afirmar isso com certeza). Acho que, no fim, todos perdemos com esse acontecimento.
Não me considero uma "viúva" do Max, tanto é que comprei o Against no lançamento, ou seja, continuei acreditando na banda sem ele. Mas, sinceramente, Sepultura sem ele caiu muito. Não há um só disco da fase Derrick que gosto realmente, embora eles sempre lancem o "melhor album da fase Derrick" desde o Roorback, segundo a crítica rsrs. No entando faço questão sempre de conferir os lançamentos, nem que seja uma vez.
Sobre o Metallica, tb gosto de Load e Reload. O "problema" desses albuns é estar escrito Metallica na capa.
Terminei de ler a biografia do Max ontem e a conclusão que tive é que o Sepultura foi destruído pelas esposas. Misturaram família com trabalho e vaidade e deu no que deu. O bom de ler biografia é que vc fica com vontade de ouvir novamente os álbuns e sobre o Roots só tenho uma coisa a dizer: que álbum sensacional. O que tinha tudo pra dar errado foi de fato a reinvenção da roda e até a participação do chato do Carlinhos Brown ficou boa. A banda vinha atravessando um processo de evolução e reinvenção a cada trabalho e se tivessem continuado nessa levada, chegariam ao topo fácil. Só resta lamentar o fato da única banda brasileira que de fato chegou lá ter terminado assim
ResponderExcluirE quanto ao Load e ao Reload, estou com o Ricardo: adoro os dois, músicas como Fuel, Ain´t my bitch, Hero of The Day, Roonie e outras não podem ser consideradas ruins. Só sendo muito cabeça fechada pra não ver isso
ResponderExcluirAmigos, eu até gosto de algumas músicas da dupla Load/Reload. São realmente bons discos, se não compararmos com os anteriores da banda, e eu exagerei na comparação, realmente.
ResponderExcluirO que quis dizer foi que os fãs do Metallica (fãs só da fase antiga, fãs incondicionais, fãs só do Black Album e simpatizantes) se surpreenderam negativamente com esses lançamentos. Se teve alguém que disse "caramba, esses álbuns são excelentes!", foram pouquíssimos. Não há como não ser exigente com o Metallica.
Eu espero ter esclarecido. Valeu!
É curioso, pq a dupla Load/Reload surgiu pro mundo há mais de 15 anos! Eu entendo que os fãs mais velhos devem ter se decepcionado, ou estranhado muito. Só que uma grande parcela dos fãs do Metallica nem tiveram que lidar com isso (tudo bem que o que veio depois tb não ajudou muito rs). Eu tenho 30 anos, e o Load foi o meu primeiro Metallica, pois tinha 13 anos em 96. Minha primeira decepção com o Metallica foi o Kill 'em All, pois eu não acreditei que o James cantava daquele jeito hehehe. Enfim, acho que tem muita relação com a história de cada um mesmo. Mas compreendi om que vc disse.
ResponderExcluirSobre o Sepultura: acho curioso que tretaram com a Gloria alegando que o Max aparecia mais. Na boa, poderia ser qualquer empresário ali, que o Max continuaria sendo o centro das atenções. Era simplesmente impossível ele não ser.
Eu acho que Load um saco. Muito, muito chato. Músicas sem sal, sem pegada e que não chegam a ligar nenhum. O Reload é bem melhor, tem músicas bem legais como Fuel, The Memory Remains, Devil's Dance e Low Man's Lyric, por exemplo. Aliás, o Metallica conseguiu a façanha de lançar um álbum de sobras melhor que o de originais. Vai entender... =D
ResponderExcluirAliás, parece que a banda também não gosta muito do Load já que quase nunca toca algo dele, coisa que não acontece com o Reload.
E se o Max não saísse do Sepultura é bem provável que a banda chegasse ao nível de Tom Jobim e Jorge Ben na questão de reconhecimento como expoente da música brasileira lá fora.
Particularmente tenho as minhas dúvidas se realmente o Sepultura continuaria a produzir bons álbuns.
ResponderExcluirEu vejo pelo Soulfly. O Max nos primeiros álbuns do Soulfly tentou a todo instante emular um novo Roots, mas falhou e no máximo são discos medianos. Não acredito que ele daria muito espaço para o Andreas, que convenhamos, é muito melhor letrista do que o Max e seus "fucks". Além disso, o ego dele estava lá em cima na época e o Andreas não iria aceitar esse controle enorme que o Max viria a manter.
Porém, concordo que seriam mais conhecidos do que atualmente são e estariam em um patamar maior de fama. Mas seria aquela banda que "só inventa" além do próprio clima interno (que já era difícil) não se manter por muito tempo. O que eu acredito que fosse ocorrer era o Max demitir o Paulo Júnior.
O Max é muito instável para se manter como banda. No Soulfly é basicamente ele o chefe e quem não está satisfeito pede as contas. O Andreas e o Igor não iriam aceitar isso por muito tempo.
Ah, e o Cavalera Conspiracy com certeza não existiria.
Acho difícil prever o que o Sepultura faria se o Max não tivesse saído do grupo. O cara é muito inquieto, pode ser que a banda tivesse virado uma espécie de Limp Bizkit, ou quem sabe tivessem aderido ao movimento retrô que tomou o Thrash nacional de assalto na década passada. Enfim, o que interessa mesmo é que a banda é magnífica. Beneath The Remains é o meu disco de Metal brasileiro preferido e um dos mais animais que já ouvi na vida.
ResponderExcluirEngraçado é que cresci no final de 80 e durante toda decada de 90, lembro bem da real dos bangers em relação ao Roots. rapaz eu moleque de 12 ou 13 anos amava (amo)aquele disco e os cara odiando, as revistas falando mal do Max. Olhando hoje aquele disco estava inteiramente certo, seja com o metal nacional, o internacional, ou mesmo com a música brasileira!
ResponderExcluirEnfim, texto legal cara... sabe o que seria interessante, o Rubin juntar esses caras todos e fazer um disco do Sepultura.
Certamente eles iriam seguir a fórmula do Roots, até mesmo pela influência da gravadora, já que este foi o que mais vendeu. Imagino o primeiro álbum do Soulfly com a criatividade de Iggor e Andreas.
ResponderExcluirEstou em 2023 e li agora a matéria, Excelente! Eu conheci Sepultura em 1989 e em 1991 os vi ao vivo no Rock in Rio. Era algo diferenciado. Arise tinha sido lançado e a banda ao vivo era impressionante. Realmente, Roots foi algo primoroso, um disco diferenciado. Sepultura, sem dúvida alguma foi a melhor e mais inovadora banda de Heavy Metal desses anos. Maiden e Metallica, por exemplo, viveram anos tenebrosos e sem criatividade no período. Sepultura teria sido maior mesmo! Abçs Xará.
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