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A música faz do mundo um lugar melhor
A música torna a vida mais lúdica. Deixa tudo mais mágico. Viver com uma trilha sonora é mais divertido. As canções nos confortam, nos lembram momentos, acompanham nossos dias.
Sempre gostei de música. Não sei porque, não faço ideia do motivo, não sei dizer quando começou. Só sei que não consigo conceber a minha vida sem música. Não tive alguém que me inspirasse a seguir esse caminho quando estava entrando na adolescência, não me espelhei em ninguém. Meus pais nunca se obtiveram a essa paixão, mas ela não é uma característica marcante em nossa família.
Sou pai de um menino de 6 anos, o Matias. Desde 2008, ele faz parte dos meus dias. Assim como a música. E, pouco a pouco, foi descobrindo os sons, a magia e a força das canções. Lembro que, quando ele era apenas um bebê, o pegava no colo e o embalava cantarolando a melodia de “In My Life”, dos Beatles. Lembro de um dia em que ele chorava sem parar e eu e sua mãe, sem saber o que fazer, o colocamos na sala e ligamos um som, que o acalmou na hora. Detalhe: não era nada soft, era Cachorro Grande em alto e bom som mesmo.
Acostumei o Matias a dormir no carro, em sua cadeirinha. Sou pai sozinho, não vivo com a mãe do meu pequeno, então desenvolvi meus próprios métodos de carinho, de atenção e aconchego. Teve uma fase em que ele pegava no sono ouvindo continuamente “Gimme All Your Lovin’”, aquela do ZZ Top com a introdução de bateria. Depois, passou um tempo entrando em transe junto comigo com o Time Out, disco lançado pelo Dave Brubeck Quartet em 1959.
E, desde que nasceu, foi descobrindo o rock. E, é claro, criando caracterizações para defini-lo. Na sua cabeça, o rock se divide em dois grandes grupos: rock feliz e rock brabo. O feliz é formado por nomes como Beatles, Stones, Pink Floyd e outros. O brabo, por Black Sabbath, Iron Maiden, Metallica e por aí. Simples, objetivo e autoexplicativo, como tem que ser.
Seus comentários são sempre uma delícia. Certa vez coloquei uma versão ao vivo de “Stairway to Heaven” para ouvir enquanto ele brincava com outra coisa. Do nada, o Matias me olhou e soltou essa: “Bom esse guitarrista, hein? A música dele evolui”. Eu, é claro, abri um largo sorriso cheio de orgulho.
Tudo isso pra dizer que não consigo imaginar a vida sem música. A minha, a do meu filho, a de todo mundo. Tudo fica mais completo, as coisas fazem mais sentido. Gosto de rock. E de jazz. E de blues. E de pop. Tudo que meus ouvidos acham bom. E aprendo sempre com as canções.
Um dia vou lançar um box com a trilha da minha vida. Terá vários discos e muitas histórias. Até lá, vou encontrando novas canções em cada esquina, a cada momento.
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